Capítulo 3

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Finalmente sábado, corujas voavam por todo Salao comunal deixando o correio durante o café da manha dos alunos, muitos recebia saquinhos repletos de sicles e galeões enviados por suas famílias, mas Maya apenas receberá uma caixa de cookies enviados como de costume pelos Waltz. Maya e Catarine, sua irmã, herdaram toda fortuna de seu tio, mas não era de costume de sua irmã ficar lhe enviando dinheiro ou cartas semanalmente, geralmente recebia toda quantia que precisará no inicio do semestre, mas caso fosse necessário bastava escrever para sua irmã que esta com certeza não a deixaria faltar nada.

Após Catarine herdar toda responsabilidade de cuidar da empresa da famílias e prover o melhor para a sua irmã caçula, as responsabilidades acabaram as distanciando bastante, pois a vida havia a sugado demais e com isso Maya se sentia muito sozinha na maior parte do tempo, até mesmo quando estava na companhia de sua irmã e seu cunhado, não conseguia sentir que fazia parte daquilo ali, era como se estivesse sempre sobrando, observando de fora e não tivesse mais lugar para ela ali. Ela sabia que era amada e amava incondicionalmente sua irmã, mas a sensação de vazio e solidão eram constante em sua vida a muito tempo e com o distanciamento entre elas, esse sentimento se intensificou.

O café da manhã estava servido e como de costume Farkle comia de tudo que havia disposto sob a mesa, mas em compensação Maya parecia não estar com apetite nenhum e dispensou a refeição.

-Tem certeza que vai ficar só na agua? não vai comer nada? Você já não dormiu muito bem essa noite.- Pandora dava mais uma colherada em seu pudim.

-O que houve? Sonhos estranhos novamente?- Farkle questionava mesmo tendo notado as olheiras que a amiga carregava abaixo dos olhos, como se não tivesse pregado o olho.

-Sim. Dessa vez eu só senti, estava tudo muito escuro, mas eu sentia um calafrio, uma dor forte e uma secura e uma sede muito forte.  Ainda estou até agora com um pouco da sensação de sede.- respondeu estendendo a taça de agua que estava em sua mão

-Esses sonhos ficam cada vez mais estranhos. Antes eram só sonhos, depois vieram as visões, os desmaios e por conseguinte, as sensações e hematomas. Não da pra você viver se sentindo torturada, morrendo de sede... qual o próximo passo? Morreu no sonho tu morre também? - Farkle dava uma dentada em uma salsicha empanada.

-Cruzes Farkle!- Pandora repreendeu o garoto - Pior que as aulas de adivinhação não trouxeram grandes ajuda até agora.

-Será que eu deveria falar com a Sra. Cassandra mais diretamente? Sei la, ver se ela sabe me dizer algo mais diretamente?

-Ta doida né?- Farkle parecia incrédulo com o questionamento da amiga

-Acho valido você conversar, mas não falar detalhadamente. Fala mais como uma curiosidade, perguntando se é possível existir bruxos com esse tipo de... poder? dessa forma e extensão -Pandora

-Ta mais pra maldição ultimamente, fora que nunca me ajudaram a nada. -Maya

-Ah para, ajudou a gente em alguma situações sim. Você conseguiu prever que eu seria atacado por aqueles garotos no segundo ano e me ajudar.- Farkle respondeu fazendo Maya apenas dar de ombros e virar todo o cálice de agua de uma vez.

Os alunos caminhavam relativamente todos juntos pela ponte que ligava a estrada a Hogmades. Pandora caminhava junto de Regulus e alguns metros de distância Maya caminhava sozinha chutando os próprios pés e espraguejando mentalmente Farkle por ter pego detenção e a deixado sozinha.

Assim que chegaram a cidade os alunos se dispersaram, devido a ameaça recente do trem havia professores por toda a cidade e em qualquer lugar que os alunos pudessem ir. Maya andava pelos corredores da loja com a lista que Farkle havia feito para que a amiga não esquecesse de seus doces: " Tortinha de abóbora, Bolo de Caldeirão, Feijõezinhos magicos, Sapos de chocolate, Bombons explosivos e Varinhas de alcaçuz "

EntrelinhasWhere stories live. Discover now