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O silêncio predominara o ambiente por
alguns minutos, os mesmo onde Marília
se permitiu admirar a beleza angelical de
Maiara. 0 silêncio fora interrompido pela
voz roupa da garota de olhos claros.

- Você acha que a mamãe vai demorar?
Maiara perguntou, bocejando novamente.
Marília já havia perdido as contas de
quantas vezes vira maiara bocejar somente nos últimos dez minutos.

-Ela já deve estar chegando. Por que
não descansa um pouguinho? Teve um
dia exaustivo e ainda tem algumas boas
horas para ele acabar.-marilia disse
serenamente.

- Porque a mamāe me põe para dormir e se
deita comigo. -- maiara explicou. - Ela me
conta histórias igual o papai fazia.

- Ela já deve estar vindo. - Marília disse,
levando sua mão até os cabelos de maiara e acariciando.

- Você pode me pôr para dormir igual a
mamãe faz?- Pediu com a voz fraca, seus
olhos quase se fechando ja tamanho era seu Sono.

- Claro.- Marília disse. - Eu só, bem, não
sei como ela faz isso. --Confessou um pouco
embaraçada.

- Deita aqui comigo. - maiara instruiu e
Marília a olhou receosa, mas os olhinhos
vermelhos pelo sono a fizeram acatar seu
pedido.

Marilia subiu gentilmente na cama e se
deitou ao lado maiara, vendo a garota se
mover e se deitar sobre seu peito.

- Hoje eu vi um montão de gente, lila.
- maiada disse, tendo os seus olhos já
fechados.

- Por isso está tão cansada, imagino. -
Maiara moveu a cabeça em positivo.

- Pode me contar uma história? - Ela
pediu baixinho e marília levou uma mão ao cabelo dela, acariciando seu couro cabeludo lentamente e sorriu diante do pedido.

- Era uma vez uma linda princesa...

Quando almira retornou ao quarto seu
sorriso se abriu de uma forma terna, pois
se deparou com maiara dormindo sobre
Marília. Ela deduziu que maiara lhe pedira
que contasse uma história. Oh, como ela
amava histórias!

O mais bonito de tudo era que Marília
também dormia pacificamente, tendo um
braço sobre as costas de maiara, como se a
protegesse dos males do mundo.

A mulher sentiu-se apenada por ter que
acordar Marília, deduziu que a menina havia dormido pouco, única e inteiramente por ter passado a noite no hospital com ela e maiara.

-Querida... - A mulher chamou, balançando
seu corpo delicadamente. Marilia deu
um salto, acordando assustada: Olhos
arregalados e coração disparado.

- Oh, céus. Eu sinto muito. - Marília se
aprontou em dizer. -- Ela queria que eu...

- Contasse uma história.- almira completou
sorrindo. - Eu sei, não se preocupe.

Obrigada por isso. - Disse tranquilizando
Camila.- Só te acordei porque suponho que
queira comer algo e que precise voltar para a suas aulas práticas, - Os olhos de marília se esbugalharam e ela verificou seu relógio de pulso, se desvencilhando cuidadosamente de maiara e descendo da cama.

- Obrigada por ter me acordado. Preciso
realmente ir. - Marília disse, bocejando.

Ainda se sentia muito cansada, mas o que
poderia fazer?

- Obrigada você por ter cuidado dela para
mim. Ela odeia ficar sozinha.

- Imagino. Ela disse que hoje viu várias
pessoas. -Marília comentou, vendo almira
assentir.

-Sim. Opsiquiatra, a psicóloga, a imprensa,
vários médicos diferentes. Por isso eu adiei
de ver o fisioterapeuta, que no cas0 agora e
você, - almira disse com um sorriso fraternal.

- Imagino que todos estejam querendo vê-la.

- Ela não liga, mas quando a imprensa
perguntou se ela se sentia preparada para
voltar para a vida, incluindo a vida amorosa,, bem, ela começou a chorar.

- Perguntaram isso? - Marília se
sobresaltou. - Como se atreveram? Eles não
sabem que ela...

- Oh, querida, eles sabem, mas esses ratos
fazem de tudo por audiência. Eu proibí
a entrada deles aqui após isso. - Marília
assentiu, já mais calma.

- Eu saio em quatro horas. - marilia
informou um pouco constrangida pelo que
se atreveria a dizer. -Quero que a senhora
va para a casa hoje, coma bem, tome um
relaxante banho e descanse. Ficarei com ela.

- De maneira alguma. - almira disse séria. -
Sei o quanto está cansada, querida.

- Mas pelo menos eu dormi algo. Amanhā
começamos a fisioterapia, ela precisará de
todo o seu apoio, se dormir estará cem por
cento.- Marília disse.

- Mas você é a fisioterapeuta, também
precisará estar cem por cento. -- almira
rebateu.

- E estarei. Dormirei pela madrugada aqui
enquanto ela também dorme.-- marilia
explicou.E caso eu não esteja cem por
cento, de qualquer forma, eu nāo estarei
sozinha, terei o acompanhamento do senhor murilo.- almira suspirou e olhou para a filha.

- Tem certeza? - Indagou. - Digo, você já fez
demais por ela e..

- Tenho. -- Se antecedeu em dizer, vendo
Almira lhe fitar.

-Qualquer coisa, por menor que seja, você
me liga. - Ela disse, vendo um sorriso se
abrir no rosto de marília.

- Vou precisar do número do seu telefone.
Três batidas na porta, que já estava aberta,
fizeram as duas olharem na direção do som.

- Senhora almira? - Avoz de murilo
perguntou apenas por perguntar, afinal
sabia quem era a mulher.

- Pois não?

- Eu gostaria de falar com a senhora sobre a fisioterapia, - almira franziu o cenho.

- Já conversei com Ruppert e com Marília.
Tudo já está acertado.

- Senhora, eu sei que você adora Marília. -
Ele começou, se aproximando, falando como se a garota não estivesse ali, - Mas comigo teremos m avanço mais rápido e eficiente.

- almira assentiu e sorriu.

- Oh, fico muito feliz em saber que auxiliará Marília então, - Ela disse, vendo o homem entortar a boca em desaprovação.

- Eu quis dizer que sugiro que eu seja o
fisioterapeuta principal. - Ele foi direto,
fazendo Marília suspirar e colocar suas mãos no jaleco.

- Bem, acredito que eu não pago uma
parcela astronômica por mês para este
hospital para o senhor me sugerir algo,
quando claramente o chefe do hospital já me certificou de que Marilia é capaz.

- Ela é, porém..

- Ela ser capaz já éo suficiente para mim.
Obrigada.- Ela disse séria. - Nos vemos
amanhãe, como eu disse, que bom que
estará lá para auxiliar Marília.

- almira, nos vemos mais tarde. -Marília
disse um tanto constrangida por murilo,
vendo a mulher assentir. Os olhos castanhos se direcionaram para maiara e ela sorriu ao ver a expressão serena em seu rosto.

Caminhou até a garota e se inclinou,
deixando um beijo em sua testa, fazendo
Almira sorrir.

Definitivamente Marília cuidaria bem
de sua filha na fisioterapia, mas algo em
seu interior dizia que aquele cuidado
ultrapassava a barreira do profissionalismo e almira, absolutamente, gostava daquilo.

Em Um Piscar de olhos....[mailila]Onde histórias criam vida. Descubra agora