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Exausta. Era assim que marilia se sentia;
Murilo havia abusado de seu poder e feito
Marília trabalhar muito mais do que o
normal, incluindo ter que buscar café do
outro lado do hospital para ele várias vezes.

Ela sabia que isso aconteceria, pois o senhor murilo não estava lidando muito bem com o fato de ela, ainda não estando formada, pegar um caso tão raro e importante quanto o de maiara.

Maoara era um milagre da
medicina e, apesar do pouco tempo que
estava acordada, seu nome já se destacava
nas principais manchetes por todo o país.

Juntamente com seu nome, se destacava
o nome de todos os médicos e envolvidos
no tratamento, obviamente o sobrenome
Mendonça ficaria conhecido dentre o cenário da saúde e, certamente, murilo gostaria de seu nome estar junto.

Marília fez o favor de deixar o homem ainda naquela lista, não por ele obviamente, senăo por maiara, mas o homem não parecia satisfeito com isso, afinal tantos anos de carreira não serviram para tirá-lo do cargo de auxiliar em uma manchete importante, ele se sentia humilhado provavelmente.

A menor tomou um banho rápido no próprio hospital e se dirigiu ao quarto de maiara.

Almira a recebeu com a mesma gentileza
de sempre e disse que já havia deixado na
recepção a autorização para ela passar a
noite com maiara, explicou também que
sobre a mesinha havia seu número anotado em um papel.

Marília o anotou em seu
celular por garantia, ela era desastrada
havia tempo suficiente para saber que um
pedaço de papel poderia ser facilmente
destruído de várias formas.

Maiara não queria que sua māe fosse, mas
quando Marília explicou que almira precisava dormir em uma cama confortável e comer algo saudável maiara  acabou por concordar com marília.

-Hey, mai, minha irmā tem algumas
bonecas em minha casa. Ela não mora aqui, mas as vezes vem me visitar. Gostaria que eu trouxesse para brincarmos?-

Maiara fez uma careta e negou.

- Eu não gosto de bornecas. - Marília riu e
assentiu

- Para ser sincera eu também nunca gostei.
- maiara assentiu sem sequer olhar para
Marília.-Hey, o que você tem?

- Nada.-maiara disse baixando seus olhos
para suas mãos.

- Eo que está gerando essa carinha triste,
então?-maiada começou a piscar rápido
demais para Marília considerar algo
normal. -maiara, você está bem? - Os
olhos não pararam de piscar, tendo maiara
os pressionando fortemente no momento
seguintee então Marília segurou sua mão.-
Eu vou chamar um médico, espere.

-lila..maiara disse, segurando sua mão
apressadamente, fazendo a menor lhe fitar
novamente - Não!

- Então respire. Tudo bem? Sente alguma
dor? Algo fora do comum? - Marília
perguntou, subindo na cama e embalando
Maiara em seus braços. Maiara negou
lentamente, começando a parar de piscar tão rápido. Marilia ficou acariciando suas costas até a garota voltar ao normal.

- Desculpe. - maiara pediu baixinho,
afundando seu rosto na curva do pescoço de marília.

- Não tem por que se desculpar, anjinho. -
Marília disse calmamente.- Eu vou precisar
comunicar o médico sobre isso, de qualquer forma, tudo bem para você?

- Não, por favor. - maiara pediu,
começando um choro baixinho. -- Não me
deixa sozinha.

- Shhh, tudo bem. Näo vou sair do seu
lado. Esperarei alguma enfermeira vir para a ronda noturna então, mas se algo mais estranho acontecer eu precisarei ir, tudo bem? - maiara assentiu, virando seu rosto na direção de marília, prestando atenção em cada detalhe.

-Eu não sou normal? - A garota perguntou
subitamente, fazendo Marília olhar na
direção de seu próprio ombro, que era onde o rosto de maiara estava.

- Por que está me perguntando isso?-
Maiara enrubesceue Marília notou os olhos
voltarem a piscar muito rápido, deixando
a sensação de preocupação inundar seu
ser novamente. Marilia decidiu se virar e
apertar o botão ao lado da cama, que era
usado somente para urgências. Depois se
desculparia por isso, mas precisava de
alguém ali.

- O moço da TV falou de vida amorosa,
que era normal na minha idade, mas eu..

- Os olhos não paravam de piscar e Marília
começou a balançar lentamente as duas,
como se estivesse ninando a garota. - Eu não sou normal? - A voz saiu baixa e triste.

Marília não pôde responder àquela pergunta, pois o quarto fora invadido por toda uma equipe de médicos, com equipamentos prontos para uso. Marilia sorriu sem graça e desceu da cama.

- Então, eu precisava de alguém aqui. -
Marília começou sua explicação, um pouco
envergonhada. - Mas eu não podia sair do
quarto então eu... oh, céus, sinto muito. -
Ela disse enrubescendo. Algumas pessoas
reviraram os olhos e saíram, mas um médico, ficou.

- Pois não?- Ele perguntou gerntilmente.

- Estávamos conversando e, de repente, ela
começou a piscar muito rápido e às vezes
pressionava os olhos fortemente. Eu fiquei
preocupada, isso não é normal. --marilia
disse.

- Era para tentar parar. -- maiara disse e
então o médico se aproximou da cama.

- Tentar para o quê?- 0 doutor perguntou,
acendendo sua pequena lanterna nos olhos da garota.- Siga meu dedo com os olhos.- Ele pediu e maiara o fez.

- De piscar. - maiara replicou. - Eu apertei
os olhos fortemente para tentar parar de
piscar.

- Sentiu algo? Tontura, dor, mal-estar? Algo
diferente?- maiara pareceu pensar e logo
assentiu.

- As minhas bochechas arderam. -O médico
assentiu, olhando para Marília.

- Sobre o que falavam?

-lila, não!- maiara pediu com
veemëncia, enrubescendo; seus olhos
começaram a repetir o mesmo de alguns
minutos antes ao piscarem rapidamente.

Maiara apertou fortemente eles e negou
com a cabeça. - Não param Argh!-maiara
disse.

-Vou levá-la para uma ressonância e
precisarei que você toque neste mesmo
assunto com ela quando estivermos lá. - Ele
disse, fazendo Marília assentir.

- Devo ligar para a mae dela?- Marília
perguntou aflita, cruzando os braços. O
doutor apenas sorriu e negou.

-Se for o que eu estou pensando então não
tem com o que se preocupar. - Ele disse
calmamente,- Vamos fazer a ressonäncia,
hm? Depois disso se o resultado for algo
negativo você chama a mae dela, mas eu
acredito que não será necessário. - Marília
assentiu, vendo o homem acariciar seu
braço sem malícia, apenas a confortando.

Hey, princesa... - marília chamou assim
que o médico saiu, se debruçando sobre a
cama.- Vamos fazer um exame rápido em
você, tudo bem? Eu vou estar lá com voce.

- Vai doer?- maiara perguntou assustada.

- Não. O médico só vai tirar uma foto do seu cérebro.- Ela disse, sentindo os dedos de maiara se entrelaçarem nos seus.

-Igual o moço da TV?- Perguntou
curiosamente e Marília negou com a cabeça.

- De jeito nenhum. O moço da TV é um
homem bobo. Não quero que pense que você tem algum problema ou que é anormal, tudo bem?

- Mas eu não sou igual a maioria da minha
idade. Eu deveria ser,- Ela disse, sentindo
Marília acariciar seu rosto.

- Vou contar um segredo. - Ela disse
baixinho. - Ninguém é igual ninguém. Não
quero que se sinta triste com o que ele disse, tudo bem?

- Você promete que não liga?- Marília
sorriu e assentiu.

- De dedinho. - Marília respondeu,
entrelaçando seu dedo mindinho com o de
Maiara.

Então eu deixo o médico tirar foto do meu
cérebro.-maiara disse sorrindo, fazendo
Marília sorrir também, porém internamente ela sentia um medo avassalador.

Mesmo com o médico achando não ser algo
preocupante, Marília só se acalmaria quando soubesse do que se tratava aquele piscar de olhos.

Em Um Piscar de olhos....[mailila]Onde histórias criam vida. Descubra agora