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-Quando uma pessoa sofre um acidente,
sua primeira reação é fechar os olhos. -
O médico começou a explicação de forma
mansa.- Ela provavelmente fez isso no
acidente. O cérebro de maiara reteve essa
informação, então quando o corpo dela acha que ela está em perigo, ele automaticamente faz seus olhos tremerem daquela forma.

- Mas isso não pode se tornar nada
perigoso?- Marília perguntou temerosa.

- Não, é apenas uma espécie de pequena
sequela.- Ele respondeu. - Afeta sua área
emocional, então é bem provável que
quando ela se sinta envergonhada, com
medo, raiva, enciumada ou fora de sua zona de conforto, isso aconteça.

- Oh, graças a Deus. -- marilia disse mais
aliviada.

-As vezes pode ser que isso não aconteça,
mas provavelmente vai acontecer com
bastante frequência. - Ele disse. - Não
apresenta nenhum perigo para a saúde, ela
só vai precisar aprender a lidar com isso.

- Certo. Muito, muito obrigada Doutor. De
verdade. Eu nem dormi de preocupação.
- Marília disse cruzando os braços, afinal
estava um pouco frio aquela hora da
madrugada.

-Você realmente se preocupa com ela, hm?
- Ele disse sorrindo de forma terna e marília assentiu.

- Sim. Ela é especial. - Marilia respondeu.

- Tudo bem, senhorita. Agora vá descansar,
amanhă vocês terão um longo dia. -marilia
assentiu e desejou um boa noite para o
médico antes de entrar e fechar a porta.

- Me conta uma história? - maiara
perguntou bocejando assim que viu a menor e marilia assentiu, pegando sua blusa de moletom ea colocando, pois estava frio.

A menor, ao ver maiara dar leves batidas
na cama indicando que ela deveria voltar
para lá, subiu na cama e sentiu maiara se
aconchegar no calor de seu corpo.

- Frio?- Marília perguntou ao ver os
pelinhos de seu braço eriçados e maiara
assentiu. Na mesma hora Marília retirou
o moletom que havia acabado de vestir e
colocou em maiara, voltando a se deitar e
sentir maiara se acomodar em seu corpo
novamente.- Melhorou?

- Sim. - maiara disse baixinho. Marilia
assentiu e começou a acariciar as costas de
Maiara, iniciando outra história. Em poucos minutos maiara já dormia. Marilia suspirou e se permitiu olhar para ela.

A garota era tão linda, tão doce; de forma alguma merecia ter perdido tanto tempo de vida. Amenor dormiu algum tempo depois, sentindo a respiraçāo quentinha e ritmada de maiara tocar a pele de seu pescoço.

[...]

- Mari?- A voz de almira fez Marilia abrir
os olhos lentamente, apenas para ver o
sorriso da mulher. Seus olhos analisaram
o próprio corpo: Estava enganchado ao de
Maiara. A maior tinha uma perna entre as
de marília e seu rosto estava afundado em
seu pescoço. Um braço de maiara abraçava
Marília possessivamente enquanto os de
Marília se mantinham, um sobre as cOstas da maior e o outro em sua cintura.

- Bom dia, dona almira. - Ela disse se
espreguiçando. - Que horas são?

- Bom dia, querida. São oito da manhă. - Ela
respondeu gentilmente, enquanto marília se esquivava vagarosamente de maiara para não acordá-la. - O doutor me disse o que houve pela noite. Você não deve ter dormido nada.

- Não se preocupe comigo, - Marília
replicou. -0 importante é que ela está bem.

- Sim. Ela deu muito trabalho?

- De forma, alguma. Maiara é um amor.
Respondeu sinceramente. -Eu vou dar uma
passada em casa apenas para pegar umn
uniforme limpo e comer algo. Uma da tarde passo aqui para irmos juntas para a fisio, tudo bem?

- Claro. Obrigada por ter cuidado dela
para mim, de verdade. Eu não tenho o
apoio de ninguem e isso... - almira disse,
limpando a garganta antes de prosseguir.
- Definitivamente, significa mais do que
imagina para mim.

- Não me agradeça. -Marília respondeu. -
Dormiu bem? Se alimentou direito?- almira
riue assentiu.

- Oh, criança, você cuida melhor dos outros
do que de si própria. - A mulher disse
docemente.- Um anjo que nem você precisa se cuidar também.

- Me cuidarei, não se preocupe. - Ela disse,
olhando para maiara antes de se inclinar e
depositar um delicado beijo em seu rosto,
parando por alguns segundos para acariciar seu rosto.- Diga a ela que não demorarei, caso ela pergunte.

- Direi. - almira respondeu em um meio
Sorriso.

- Obrigada. Até mais tarde. - almira disse,
se atrevendo a deixar um beijo sobre a pele da testa da mäe de maiara antes de pegar sua bolsa.

- Está frio lá fora, não trouxe blusa?-
Almira perguntou confusa ao ver os braços
desnudos de marília.

- Trouxe, mas ela está sendo bem usada
neste momento. - Marília respondeu,
sorrindo e deixandoa sala.

Almira  franziu o cenho, mas quando olhou
para sua filha, sorriu. O moletom branco da garota estava em maiara.

Definitivamente um anjo, pensou almira.

[...]

-Por onde esteve, doida?- mateo
perguntou ao ver Marilia se jogar no sofá.

- E aí, doido. - Saudou da forma que tratava
seus dois melhores amigos.- No hospital
com maiara.

- Quem é maiara?

- isa não te contou sobre a menina do
coma? Temos um milagre? - Perguntou
rindo, sentindo suas pernas serem
levantadas unicamente para ele se sentar ali e colocar suas pernas sobre seu colo.

Então é verdade mesmo?- Ele perguntou
surpreso.- Pensei que ela estava brincando.
Quer uma cerveja?

- Não posso beber hoje. Já já tenho que ir
para o hospital para as aulas práticas.

- À noite a gente bebe, então? Amanhä é
sábado. Você não terá aulas práticas.

- Com certeza à noite beberemos. - Ela
respondeu.

- Oh, quase me esqueci. Livia vem esta
noite.- Ele disse, vendo Marília bufar.

- Pensando bem, deixa para bebermos
amanhā, estarei cansada demais esta noite.

- Você está mesmo fugindo de sexo?

- Não. Estou fugindo da livia. - Respondeu
rindo.

-Ela é gostosa e quer ficar contigo, não te
entendo. Você precisa transar sabia? Não
dá para viver para sempre se satisfazendo
apenas com sua māo.

- Na verdade dá. - Marília respondeu, vendo seu amigo lhe olhar sem reação. --

Ela disse que me ama ontem. - Marília
confessou, vendo seu amigo arregalar os olhos.

-0 poder marília. - Ele disse rindo.
-Quem manda ser gostosa. A mina gamou.

- Estou falando sério, mateo. Você sabe que ela é a ex do lucas . Eu jamais olharia para ela com outros olhos.

-0 Lucas  é trouxa, não conta. Transa com
ela para ver qual é a sensação...

-Você sabe que não transo só por transar.

- Por isso está solteira e tendo que usar
a mão para alívio pessoal. - Ele zombou,
levando um tapa no braço.

- Melhor do que transar com várias garotas
diferentes e no final da noite não ter a quem abraçar. - Retrucou.

- Você, por acaso, dormiu abraçada com
alguém essa noite? Eu acho que não, então
estamos quites.

Ele disse com um sorriso vitorioso no rosto,
mas, ao ver um sorrisinho bobo nascer nos
lábios de marilia , franziu o cenho. Marilia
parecia que havia viajado para outro lugar, pois negou com a cabeça, como se tivesse espantado algum pensamento.

- Que cara foi essa, marilia ?- Ele perguntou
desconfiado.

- Nada, mateo. Vou tomar um banho.- Ela
avisou, se levantando rapidamente e
correndo, sabendo que seu amigo correria
atrás dela. Se trancou no banheiro antes de
ser alcançada, fazendo mateo ficar confuso.

Por que caralhos ela havia sorrido daquela
forma?

Em Um Piscar de olhos....[mailila]Onde histórias criam vida. Descubra agora