Enchanted

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Quem é vivo sempre aparece, né?
Vou tentar postar mais um hj (segunda) mas não prometo
Aproveitem <3
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Sexta, 21:28p.m

Aqui estou eu, sentada em volta de várias pessoas, forçando risadas e sorrisos. Eu implorava internamente por socorro, esperando algum motivo para ir para casa, até meu celular tocar.

- Ah, é uma amiga minha, eu combinei de sair com ela. Vou ter que ir - digo, forcando uma expressão triste, mesmo que fosse apenas o telemarketing ligando
- Mas já vai? a amiga que eu falei tá quase chegando, não dá pra esperar ela? Só pra vocês se conhecerem - Lina, uma das garotas ali presentes, se pronunciou
- Infelizmente não dá, a gente combinou as - olho o relógio discretamente - 22:00 e é meio longe, então...
- Bom, até a próxima, a gente combina outro dia - Ela se levanta e me acompanha até a porta.

Ao abrir a porta, nos deparamos com uma garota que fez meus olhos brilharem, ela tinha cabelos negros e curtos, olhos escuros e roupa quase completamente preta, se não fosse pela blusa vermelha escondida pela jaqueta.

- Agatha! - Lina exclama e abraça a garota - S/a, ela acabou de chegar, fica 10 minutos, só pra uma taça de vinho... - pediu
- Dez minutos, então - aceitei e me virei para Agatha - S/n, é um prazer
- Agatha, o prazer é meu - ela sorriu, mostrando os dentes alinhados e caninos pontudos.

Dez minutos se passaram, estavamos na sala bebendo o vinho tinto de Lina. Eu já não sentia a vontade de ir embora, focava apenas nos toques leves -e acidentais- dos braços de Agatha em meu corpo, mas havia dito que precisava ir, não podia fingir que não havia acontecido.
Termino a taça e a coloco na mesa de centro, Lina olha pra mim implorando para ficar mais.

- Eu realmente preciso ir agora, não posso me atrasar - falo, ajeitando a barra do vestido ao me levantar
- Tudo bem, combinamos de sair de novo - Lina diz e se levanta
- Lina, eu já tô de saída também, obrigada pelo vinho - Agatha se levanta também

Me despeço do resto das pessoas e vou junto de Lina e Agatha até a porta, onde me despeço de Lina e Agatha com um abraço e vou para o meu carro.

Cerca de uma semana depois, eu estava em um bar com Lina e seu grupo de amigos, dessa vez, o clima estava mais agradável, todos conversando e sendo extremamente sinceros pelas bebidas.

Sinto um toque repentino na minha mão, que noto ser um guardanapo perfeitamente dobrado, com uma caneta do lado, o que me faz achar que seja um bilhete

"A gente já se conheceu? Tipo, antes da casa da Lina, você é familiar
- Agatha"

Escrevo "Acho que não" e devolvo discretamente para a garota.
Ela mandava novamente e eu respondia, mantivemos isso por um tempo, apenas comentando o quão bêbadas as pessoas estavam ou sobre nossas vidas.

Quando se aproximava da meia noite, eu me levanto
- Obrigada pela noite, gente, mas eu preciso ir - falo, pegando a minha bolsa
- Por que? - alguem pergunta
- Eu tô sem carro e mais tarde vai ser impossível achar um uber - explico, pegando o celular para chamar um carro
- Que isso, fica. Eu te levo pra casa - Agatha se oferece
- Sério? Obrigada! - respondo e me sento onde estava - Você não vai me sequestrar não, né? - sussurro para ela que responde com uma risada e nega com a cabeça.

Nem eu nem Agatha tínhamos bebido, então quando todos estavam se dividindo para pegar uber juntos ou dormir nas casas uns dos outros, eu mandei o meu endereço para Agatha e seguimos até minha casa.

Durante o caminho, permanecemos em silêncio, olhando uma para a outra vez ou outra e eu senti um rubor crescer em minhas bochechas sempre que notava seu olhar sobre mim ou que ela notava que eu a encarava.

Cheguei em casa e me joguei na cama, pensando apenas em seu nome e se ela teria alguém. Mas troquei esses pensamentos por algo mais agradável.

Algumas semanas depois, sábado, 19:30p.m

A noite estava linda, a lua crescente brilhando junto as estrelas, sem sequer uma nuvem. O clima agradável me fazia querer sair para algum restaurante apenas para ter um momento para mim.
Meu celular toca e me tira desse transe, atendo sem ao menos olhar quem era

- Oi, cê ta bem? - a voz de Agatha soa
- Oi, tô bem sim - respondo, enrolando uma mecha de cabelo no dedo
- Então, eu queria saber se você... - ouço ela suspirar - Você quer sair comigo? Tem um restaurante italiano que acabou de abrir e...
- Claro, eu já estava querendo sair mesmo - digo, mordendo o lábio para conter a animação que me contagiou
- Ótimo, eu passo ai na sua casa em... uma hora e meia? Dá pra se arrumar?
- Combinado, te vejo mais tarde
- Então tá, tchau
- Tchau - falo animada e a linha continua ligada por alguns segundos, quando ela desliga.
Dou uns pulinhos de alegria e corro para me arrumar.

Uma hora e meia depois, eu estava na frente do espelho do meu quarto, pensando se o vestido vermelho era demais e se dava tempo de trocar, mas eu havia pesquisado o lugar e era um tanto chique, então creio que era apropriado.
Ouço uma buzina e vou para fora, pegando a bolsa que estava no sofá durante o caminho.
Ela estava encostada no carro, observando a casa quando eu saio.

- Uau, cê ta linda - ela diz, abrindo a porta do carro
- Obrigada, você também - a elogio, admirando o conjunto social preto que ela usava - não achei que você era capaz de usar roupa social
- Ei! Eu só não curto, mas a ocasião pedia, então... - ela fala e começa a dirigir
- Ocasião? Esse é o nosso primeiro encontro por acaso? A gente já saiu muitas vezes, Volkomenn - provoco, sorrindo ao vê-la corar

O caminho foi rápido, estávamos rindo e cantando algumas músicas que tocavam no rádio. Ela sai do carro e abre a porta pra mim, agradeço e saio , parando para apreciar o lugar.
Entramos e fomos para nossa mesa, que, aparentemente, Agatha havia reservado. Fizemos os pedidos e conversamos enquanto esperávamos, comemos e provavelmente incomodamos um pouco as pessoas ali presentes, mas a maioria nos olhava como se fôssemos um casal apaixonado.

Em algumas horas, o restaurante estava quase vazio e estávamos prontas para ir embora, enquanto andávamos até o carro notei Agatha meio diferente.

Entramos e ela dirige nervosa e para em frente a minha casa. Ela, pela terceira vez na noite, abre a porta do carro para mim.

Nos despedimos e eu caio no sofá, jogando os saltos em qualquer lugar. Naquele momento, eu torcia para que Agatha voltasse e batesse na porta, apenas para que eu pudesse atende e dizer tudo o que queria. Mas dez minutos se passaram e nada, então vou para o quarto e quando já estava de pijama, a campainha toca.
Vou até a porta com o coração acelerado e ajeito o cabelo antes de abrir e ver Agatha.

- Eu queria te falar isso há um tempo, - ela começa coçando a nuca sem olhar para mim - mas eu não tinha coragem e... Enfim, eu espero que isso seja só o início e que você não me veja só como uma amiga - Ela diz nervosa, encarando o chão. Eu seguro seu rosto, fazendo com que ela olhe para mim
- Agatha - a chamo e solto uma risadinha, antes de a beijar.

Ficamos com os lábios colados por alguns segundos, até a morena colocar suas mãos na minha cintura e começar a aprofundar o beijo.
Quando nos separamos, finalizei o beijo com alguns selinhos d colamos nossas testas, aproveitando a companhia uma da outra

- S/a? - ela me chama e eu nos separo para a olhar - Obrigada pela noite, foi encantadora - ela diz sorrindo
- É, foi encantador ter te conhecido - selo nossos lábios rapidamente e rio ao ver ela corar
- Eu queria poder ficar mais, mas meu irmão me mata se eu não voltar então... A gente combina de se ver de novo?
- A gente combina - respondo e sorrio ao observar ela ir até o carro saltitando.

Entro em casa e volto pro quarto, eu fiquei encantada dm conhecê-la

One shots - Agatha Volkomenn (Em Hiatus)Where stories live. Discover now