Beethoven

363 31 0
                                    

Recomendo escutar música clássica enquanto lê esse aqui, já vou avisando

------------------------------------------------------------

Agatha e S/n tinham brigado há algumas horas.
S/n tinha se trancado no quarto e não tinha dito uma palavra ou emitido um barulho desde então.
Agatha sabia que estava errada e levou um tempo até engolir o próprio orgulho e ir se desculpar.

Agatha bate na porta, mas não tem resposta

- S/n! - ela chama - Por favor, me escuta
Ela parece muito nervosa, estralando os dedos preocupada. Ela bate na porta, mas o quarto permanece em silêncio
- O que você quer que eu faça? Me deixa entrar, S/a - ela pede, se esforçando para não se irritar, ela já estava engolindo o próprio ego e ainda estava sendo ignorada, os dois fatores não deixam a garota muito calma

- Eu não acredito que você pode ser tão infantil assim! - Agatha grita, batendo com os punhos na porta. Ela continua batendo, mas decide parar quando não obtem resposta alguma.

Depois de minutos em silêncio, a música "The tempest III" de Beethoven começa a tocar e Agatha sabe que essa é a música que S/n toca quando precisa liberar a raiva, já que a música é rápida e longa.

- É a música dela, daqui a pouco ela se acalma - Agatha diz para si mesma e espera dois minutos, quando a música não para ela abre a porta com um chute e entra no quarto. No seu interior, S/n está tocando piano e com uma expressão séria e focada

- Oi... - a de cabelos curtos disse, com um ar de desculpas. - Me desculpa, eu errei

Ela tenta ficar cara a cara com a pianista
- Pelo amor de Deus, S/n! Eu sinto muito, ok? Por favor, fala comigo - Ela pede, agora, com um ar de desespero, quase chorando

- A música tem sete minutos, fala comigo quando acabar - S/n diz enquanto toca, sem errar uma nota sequer, ainda totalmente focada

- Ok... Ok! Se é assim - Agatha fica quieta e se senta na cama, apenas olhando e escutando a música. Depois de alguns minutos, a música termina. Agatha ainda impressionada pela habilidade da garota, mesmo que já tenha a ouvido tocar antes
- Acabou? Posso falar agora? - Agatha pergunta, S/n se vira para ela. - Desculpa por eu ter te tratado daquele jeito, S/a. Eu fui babaca pra caralho

S/n respiran fundo antes de falar se sentindo mais calma - Tu entendeu por que eu fiquei puta?

- Aham, eu entendi... - ela fica cabisbaixa - E sinto muito
- Posso... Posso te dar um abraço? - Agatha pede, depois de alguns segundos em silêncio
- Se você quiser levar um soco, sim. Eu ainda to brava com você - S/n retruca
- Eita, calma ai, estressadinha - Agatha brinca, tentanto aliviar o clima
- Agatha, eu só quero que você entenda que não é porque o Veríssimo te protege que você pode fazer tudo o que quiser. Eu sempre vou estar do seu lado, mas você tem que entender que o risco é muito mais alto pra mim - ela diz, se aproximando de Agatha e se sentando na cama ao lado dela

- Eu entendo... De verdade. E eu sinto muito por ser tão idiota - Agatha engole o orgulho e sorri levemente - Eu sei que cê tá brava, mas, me dá um abraço
- Tá, vem aqui - S/n abraça Agatha, apertando bastante e dando um beijinho rápido no pescoço dela. Agatha se surpreende, mas depois, se acalma e solta uma risadinha.
- Me desculpa, eu não devia ter gritado com você... - S/n se pronuncia
- Ah, isso não importa! Eu estava errada, você podia até ter gritado mais, sabe.
- Eu sei que eu to certa, eu só devia ter te explicado com calma ao invés de gritar - ela faz uma pausa - Cê é a minha melhor amiga, eu não sei o que eu faria sem você

A ocultista sorri e não quer desfazer o abraço

- Não me solta ainda não, só mais um pouquinho - Agatha pede
- Tá carente, fia? - S/n zomba, aperta Agatha e dá um beijinho na bochecha dela
- Sim, eu tô carente. Algum problema?
As duas sorrirem, Agatha com a cabeça no pescoço da S/cabelo

One shots - Agatha Volkomenn (Em Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora