Sermão da fantasia

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Sou face lívida de homem,

Por baixo dessa carne existe um ideal,

Que cavalga em incertezas,

Respira devaneios,

Se embriaga em desejos.


Sou a gota que escorre a janela

em noite de chuva,

Sou águas turvas.

Dirão, és doido,

E assim serei.

Dirão és santo,

E me farei demônio.


Sou o vigário,vigiado pelas vigências

Vis das volupias viscerais.

Atormentado,ansiando arrancar 

as amarras vãs dos meus vinculos

Irreais.


Um viciado,fadado 

as facetas frias das minhas

Vontades ideais.






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