Carência, aulas e mais carência.

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CAPÍTULO 003

Toni estava concentrada em revisar a letra de uma das suas novas composições, era um pedido especial e o cliente estava realmente ansioso para receber tal música. Mesmo sabendo que é boa no que faz, Toni gostava da perfeição. E ela queria terminar o mais rápido possível e enviar para o produtor de seu cliente.

- Sunshine...

Cheryl chamou manhosa mais uma vez, jogou uma perna por cima dos tornozelos de Toni. A morena desviou o olhar do notebook e olhou para sua esposa inquieta.

- Amor eu estou ocupada, espera mais um pouco.

Falou, devia ser a terceira vez que ela repetia aquela mesma frase Cheryl bufou, não acreditando realmente que Toni deixaria de lhe dar atenção para ficar na frente daquele computador.

- Você tem que me dar atenção, eu sou sua esposa!

Cheryl estava indignada, uma onde profunda de carência havia se abatido sob ela, mas veio justamente na hora errada. Se o assunto no computador não fosse tão importante, Toni já teria largado o notebook e estaria agarrada com sua esposa.

- Será que você não pode esperar mais cinco minutos?

- Eu quero atenção!!!

Ralhou entre dentes, Toni revirou os olhos,
ajeitando o óculos que havia escorregado para a ponta de seu nariz, suspirou e voltou a olhar para a tela do computador.

- E eu quero trabalhar

- Mas amor...

Cheryl choramingou, arrastando-se para longe de Toni, a ruiva virou de costas para a esposa e fungou algumas vezes, encolhendo as pernas contra sua barriga. Toni até tentou manter a concentração na tela do computador, mas ouvir o choro baixo de Cheryl estava desconcentrando-a e deixando-a mal.

- Enfer! - resmungou quase sem voz, fechou a tela de seu notebook e tirou o óculos de grau, depositando as duas coisas sobre o criado mudo ao lado da cama. - Vem cá, amor.

Toni chamou batendo em suas coxas. Cheryl engoliu o choro e virou-se de repente, logo correndo para cima de Toni e deitando a cabeça entre os seios de sua esposa.

- Faz carinho em mim?

Pediu quase implorando, Toni rolou os olhos e depositou um beijo no topo da cabeça de Cheryl. A morena ajeitou a esposa melhor em seu colo e então iniciou um calmo carinho nos cabelos macios de sua amada mulher.

- Já vi que estou ferrada se nosso pequeno vier com esse teu jeito manhoso, vou ter que dar colinho para os dois todos os dias.

Toni falou risonha, Cheryl riu concordando. Era um fato, se o filho delas puxasse o jeito carente e manhoso de Cheryl, Toni teria que se desdobrar para dar colo aos dois.

- Você ama me dar colo, sei que irá amar dar colo a nossa pequena também.

Cheryl falou, referindo-se ao bebe em sua barriga no feminino. Toni bufou, à dias ela batia o pé e discutia com Cheryl sobre o suposto sexo do bebê, ela tinha certeza que era um menino. Ela podia sentir.

- Nosso pequeno.

Toni corrigiu, levando a mão que estava livre para dentro da blusa que Cheryl vestia, iniciando então um carinho delicado na barriga - com um pequeno relevo - de sua esposa.

- Toni, é uma menina. Eu já te disse isso, uma dúzia de vezes.

Se Cheryl estivesse de pé, agora ela estaria com os braços cruzados abaixo dos seios, uma expressão irritada e batendo o pe esquerdo freneticamente contra o chão. Ela sempre fica assim quando alguém lhe contraria.

ʙᴀʙʏ ᴏɴ ʙᴏᴀʀᴅ - ᴄʜᴏɴɪWhere stories live. Discover now