Nada Separa.

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CAPÍTULO 14

Toni e Cheryl estavam abraçadas na cama, o vento refrescante que adentrava o quarto pela janela servia como ajudante para resfriar os corpos quentes das duas amantes. Cheryl repousava a cabeça sobre os seios de Toni, que por sua vez acariciava os cabelos ruivos de sua esposa.

Nada precisava ser dito naquele momento, depois de passarem horas se amando sem pausas, elas apenas precisam do máximo de contato possível. Aquela viagem havia sido uma benção na vida das duas, e Toni lembraria de agradecer Verônica por todo o resto de sua existência.

- Acho que alguém despertou.

Toni comentou risonha ao ouvir o estômago de Cheryl roncar alto, a latina soltou uma risadinha, escondendo o rosto na curva do pescoço de sua esposa. O cheiro levemente adocicado que a pele de Toni exalava, acalmando todo os seus sentidos, reconfortando-a. Era tão bom estar assim com ela outra vez depois da pior fase do relacionamento delas. Cheryl sentiu medo de verdade ao pensar que poderia perder Toni, ela não sabia mais como viver sem aquela pessoa maravilhosamente encantadora ao seu lado.

- Sexo me dá fome, ainda mais depois de horas, sabe? Já que minha esposa não me deu descanso.

- Ela até tentou, mas a esposa dela ficou roçando essa bunda gostosa nela, foi impossível resistir a tentação.

Para provar seu argumento, Toni estapeou apenas uma vez uma das nádegas de Cheryl, fazendo-a soltar um gritinho surpresa.

- Pare de bater na minha bunda.

- Você não reclamou disso minutos atrás
quando estava rebolando em cima de mim.

Cheryl revirou os olhos, um enorme sorriso em seus lábios e as bochechas um pouco rubras. Toni tinha a enorme facilidade de fazê-la corar, mesmo depois de tanto tempo juntas.

- Deixa de ser tarada. – Cheryl apoiou as mãos no colchão e fez menção de levantar, porém Toni soltou um muxoxo e a segurou com força. – Toni, vamos comer, estou com fome.

- Me comer não foi o suficiente?

Fingiu estar ofendida e Cheryl abriu a boca incrédula, Toni ao notar a expressão da esposa começou a gargalhar, riu tanto que soltou Cheryl sem nem ao menos perceber.

- Você é uma ridícula.

- Mas você não vive sem mim.

Balançou as sobrancelhas e Cheryl sorriu, inclinou-se sobre a esposa e lhe deu um beijo calmo, com direito a mordidinhas nos lábios de ambas.

- Isso é um fato, meu amor.

O coração de Toni acelerou em seu peito, podia não ser muitas palavras, mas o significado delas era enorme.

E as duas sabiam... Nada separaria elas.

•••

Algumas semanas depois...

- Shh... Shh shhh shhh...

Cheryl adentrou o quarto com a pequena Melanie em seus braços, ela estava ninando a pequena para que ela conseguisse dormir. Ela tinha ficado manhosa desde que Toni adoecera, Cheryl não conseguia entender porque sua esposa e a pequena filha tinham uma ligação tão forte a ponto de sentirem o que a outra sente.

A latina caminhou lentamente em direção a sua cama, Toni dormia serenamente enrolada nas cobertas. Cheryl negou com a cabeça, ter sua esposa toda coberta daquela forma só aumentaria ainda mais sua febre. Cheryl sentou-se na beirada lateral da cama, no lado direito onde Toni costuma dormir, olhou para o rosto sereno de sua amada. Toni parecia dormir tão profundamente, Cheryl conseguiu acha-la adorável mesmo com o rosto inchado, grandes bolsas escuras embaixo dos olhos – por conta das noites mal dormidas – e até mesmo ela babando o próprio travesseiro.
Eu sou uma otária por Toni’’, Cheryl pensou, sorrindo abertamente. Ela definitivamente amava aquela mulher. E nada no mundo mudaria aquilo.

ʙᴀʙʏ ᴏɴ ʙᴏᴀʀᴅ - ᴄʜᴏɴɪWhere stories live. Discover now