ROCKY; woosan

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Eu não entendo, mas eu te amo.

[...]

O novo assistente de Choi San, Hyungjae, era perfeito.

Ele era excelente em tudo que fazia. As camisas de San eram sempre perfeitamente passadas, as tarefas que ele dava eram concluídas com perfeição e sua agenda estava mais bem estruturada do que nunca. Mas, a visão dele ainda irritava San em um grau doentio. Ele já deveria estar acostumado com o homem elegante e educado. Hyunjae estava sendo seu assistente por quase dois meses agora. Ele era excelente em seu trabalho. San não tinha do que reclamar, racionalmente.

Irracionalmente, tudo em Hyunjae o deixava com raiva, até mesmo sua atitude obediente e seu cabelo castanho. A princípio, San pensou que fosse apenas frustração sexual. Exceto, que no momento em que seu novo assistente se ofereceu para ligar para um dos nomes na sua agenda, San quase arrancou sua cabeça. Ele não queria um contato da sua agenda de sexo. Wooyoung teria pensado melhor antes de sugerir isso. Wooyoung teria revirado os olhos e feito algum comentário insolente sobre seu tesão antes de ficar de joelhos e envolver seus lindos lábios em torno de seu pau...

San beliscou a ponte de seu nariz. Ele realmente precisava transar. Fazia dois meses desde que ele fez sexo, desde a última vez que ele esteve com Wooyoung, algo completamente inédito para ele. Sua mão direita não estava mais dando conta, e o zumbido constante da frustração sexual sob sua pele estava interferindo seriamente em seu foco no trabalho. Principalmente em seus treinos e sua disciplina.

Mas, isso era um um problema facilmente solucionável. Supostamente.

Exceto que ele não queria qualquer buraco ao redor de seu pau. Ele já havia tentado, semanas atrás quando saiu da empresa de Bangchan no fatídico dia em que viu Wooyoung pela última vez, quando teimosamente deixou seus pensamentos invasivos vencerem e saiu da academia com a desculpa falsa de que precisava discutir algo com um dos líderes da Bang's Enterprise. San só se deu conta de que estava mesmo fazendo aquele teatro para outros fins quando as portas da empresa já estavam diante de si. E depois de vê-lo, San não sabia exatamente o que fazer para apagar o sorriso brilhante destinado a outra pessoa da sua mente. Então, ele decidiu que se tinha tomado aquela decisão e estava ignorando as consequências até então, ele poderia muito bem voltar ao que era antes de se deixar envolver por aquela obsessão pelo fisioterapeuta. E usar um dos homens com quem saia quando precisava para aquilo. No momento, pareceu uma ótima ideia ligar para um deles.

Xion era um homem atraente.

Fisicamente, o corpo de San o achava atraente, mas no momento em que ele subiu em seu colo e tentou beijá-lo, San o impediu. Ele tinha ideia do porquê.

San simplesmente não queria transar com Xion, beijá-lo ou tocá-lo. Ele o mandou embora, sentindo-se ainda mais frustrado e irritado do que antes. San nunca tinha sido tão seletivo. Sua alta libido normalmente fazia com que ele nem se importasse muito com a aparência física de seus parceiros sexuais: gordo ou magro, loiro ou moreno, isso não fazia diferença para ele. Sexo era apenas sexo. Um corpo quente era um corpo quente.

Até agora, aparentemente.

Mas, novamente, agora ele estava fazendo tantas coisas que nunca tinha feito antes. Sentindo coisas que jurou nunca ser capaz de sentir. Sentimentos grosseiros e fracos que afastou por tantos anos. Que sua casca grossa era feita para repelir.

Pressionando os lábios, San fechou os olhos e absorveu o silêncio que pairava na sala. Na sua mente, uma imagem ganhou foco e estampou bem quem ele queria de verdade. Wooyoung estava sentado em sua mesa de trabalho, olhando para o computador, digitando rápido. Suas sobrancelhas estavam franzidas em concentração, e ele estava mastigando o lábio inferior pensativamente. Ele parecia bonito. A lembrança de quando ele trabalhava para San de meses atrás pintou sua mente e ele deixou-se beber da visão do seu fisioterapeuta. De alguma forma, a visão chata de Wooyoung digitando era muito mais excitante do que a visão do corpo nu de Xion.