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Tainá Medeiros 🍑

Tainá – Pronto, meu amor, tá lindo. – Digo após terminar de arrumar o Kaique.

Kaique – Obrigado, mamãe. – Agradece com um sorriso lindo no rosto e eu te pergunto, como não agarrar essa criança?

Tainá – Meu Deus, tu é muito fofo. – Aperto suas bochechas e dou um cheiro nele que gargalha. – Agora vamos, a gente tem muita coisa pra fazer hoje. – Ele me dá a mãozinha e caminhamos até o carro. Ponho ele na cadeirinha e sento no banco do motorista.

Kaique – Mamãe, põe música. – Pede e eu ponho cabelinho, eu e o Kaique amamos.

Começo a dirigir com calma pelas ruas do RJ, que saudade que eu tava. Me mudei pra são Paulo quando Kaique fez três meses, tinha ganhado uma bolsa de estudos e eu não poderia desperdiçar essa oportunidade.

A Lara, minha melhor amiga, foi junto comigo. Ela trabalhava pela internet, então enquanto eu estudava, ela cuidava do Kaique.

No começo não foi fácil, sempre morei na rocinha junto com a Lara e a mãe dela, já que os meus pais me abandonaram quando eu ainda era um bebezinho de colo, até hoje não sei o porquê disso.

Nunca tive muitos amigos lá na rocinha, o Kaio, Gabriel e Lara eram os mais próximos, minha amizade com a Lara ainda continua, mas com os meninos eu acabei perdendo o contato, só falo as vezes com a mãe do Kaio, a tia Joana. Ela é um amor de pessoa.

Mas no final do ano passado conclui minha faculdade de moda, graças a Deus, e finalmente consegui voltar pro Rio. Eu já tenho uma loja de roupa online, ela faz bastante sucesso, várias blogueiras usam a minha marca, mas tô querendo abrir uma loja física, e várias clientes minhas já estão pedindo.

[...]

Estaciono o carro no estacionamento do shopping e pego o Kaique no colo. Vim comprar umas roupas pra nós dois, em São Paulo fazia muito frio e aqui no rio faz calor, então a gente só tava com roupa de inverno.

Eu sei que eu tenho minha loja e tals, mas tava querendo comprar uns tênis e langerie pra mim, tô precisando, tudo bem que eu não namoro, mas nunca se sabe quando vou precisar de uma roupa intima mais bonita né.

Kaique – Mãe eu quero essa blusa. – Ele diz quando entramos na loja da Nike e aponta pra uma blusa preta só com o símbolo.

Tainá – Então pega uma, aí a gente prova pra ver se fica boa. – Ele pega e eu aproveito pra pegar uma pra mim também.

Pegamos mais algumas coisas e fomos pro provador, no final saímos com dois tênis pra cada, várias blusas e eu peguei dois conjuntos de academia, são super confortáveis e lindos.

Paguei tudo e demos mais uma volta no shopping, ainda comprei mais algumas roupas e uns biquínis, depois fomos pra praça de alimentação e pedimos um hambúrguer. O Kaique não é muito de comer essas coisas, mas de vez em quando eu libero, tadinho, tem sempre uma alimentação super saudável.

Kaique – Mamãe, vamo no cinema? – Pergunta com uma carinha de pidão enquanto saímos da praça de alimentação.

Tainá – Vish, filho, nem vai dar pra ir hoje, mas a gente pode vir outro dia, tudo bem? – Pergunto alisando seus cachinhos e ele concorda, percebo que ele não ficou chateado, então o guio até o estacionamento.

Tento ao máximo ser uma mãe compreensiva e estabelecer uma relação boa com o meu filho, se eu vejo que ele ficou chateado com alguma decisão minha eu explico o porque da minha decisão, e sempre funciona.

[...]

Saio do banho encontrando Kaique deitado na minha cama assistindo um desenho na tv enquanto toma leite com Nescau na mamadeira. Dei um banhozinho nele assim que chegamos em casa e já fiz o leite dele, já já ele dorme.

Tainá – Ta gostoso, filho? – Pergunto me referindo ao Nescau que ele tomava enquanto mexia na própria orelha, é uma mania que ele tem desde bebê. Ele apenas faz um jóia com a mão e eu sorrio.

Passo um hidratante no corpo e troco de roupa pondo um baby Doll bem confortável, odeio coisa apertada pra dormir. Penteio meus cabelos, passo um óleo e ponho a touca de cetim, Kaique sempre ri de mim quando uso ela.

Desligo a tv e deito ao lado do meu pretinho que logo vem pros meus braços pondo o rostinho no meu pescoço e a mão no peito. A criança parou de mamar, mas o vício da mãozinha não acaba.

Ele termina o Nescau e me entrega a mamadeira, ponho do ladinho da cama, em cima da mesa. Agarro mais ainda meu pretinho e faço um carinho no seu cabelo.

Kaique – Boa noite, mamãe. – Diz beijando meu rosto.

Tainá – Boa noite, meu amor. – Ficamos em silêncio só trocando carinho e poucos minutos depois nós dois dormimos.

•••

Minha perdição - morro Where stories live. Discover now