Minha perdição - morro

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Gênio 🤓

Limpo meu óculos pela quinta vez e essa merda ainda continua suja, tô quase tacando na parede, papo reto.

GB – Ih, tá estressado? – Pergunta com uma cara se sonso.

Gênio – Olha, nem vem encher minha cabeça. – Digo pondo o óculos no rosto.

GB – Tu tá precisando é comer buceta, todo estressado, euem. – Diz e eu olho pra ele com raiva. Vê se pode um negócio desses. – Mas é sério, pô.

Gênio – Eu vou é sair daqui, e nem pense em vir atrás de mim. – Digo apontando o dedo pra ele e o palhaço faz uma dancinha esquisita. Acabo não aguentando e gargalho junto com ele.

GB – Vai lá, vou ver se encontro uma mina pra tu. – Diz e eu pego uma pedra pra tacar nele, mas ele é mais rápido e corre.

Cara maluco.

Subo na minha moto e canto pneu até a casa da Lara, ela é minha amiga de infância junto com o GB e a Tainá, inclusive faz mó tempão que eu não vejo essa mina, se mudou pra sp e nunca mais deu as cara.

Estaciono a moto em frente a casa da Lara e já entro, sou de família pô, tem essas noia de educação não.

Gênio – Ô, Lara, tem comida feita? – Pergunto indo até a sala, mas paro assim que vejo um molequinho sentado no chão brincando com uns carrinhos.

De onde essa criança saiu?

Lara – Cadê a educação, em Kaio? – Pergunta chegando na sala com um pano de prato no ombro.

Gênio – De quem é essa criança, maluca? Descobriu que tinha um filho perdido no mundo?

Lara – Claro que não, né seu abestado, ele é filho de uma amiga minha, ela teve que resolver umas coisas e deixou ele comigo. – Diz revirando os olhos e o menino olha pra mim.

Gênio – admiro a coragem da mãe dessa criança de deixar ele contigo. – Digo e ela mostra o dedo.

– Quem é ele, titia? – O moleque pergunta se levantando e indo abraçar a perna da Lara.

Lara – Ele é um amigo da titia, pode chamar ele de gênio. – Diz e o menino me olha curioso. Mó bonitinho o moleque.

– Oi, gênio, eu sou o Kaique. – Vem até mim e estende a mão, eu aperto e ele sorri.

Gênio – É nós Kaique. – Digo e ele volta a brincar com os carrinhos.

Lara – Fica olhando ele enquanto eu termino o almoço. – Fala e volta pra cozinha. Faço o que ela pede e sento ao lado do Kaique, no chão mermo.

Kaique – O senhor gosta de brincar de carrinho? – Pergunta e eu volto minha atenção pra ele que me olha atento.

Gênio – Hoje em dia não brinco, mas antigamente eu tinha uma coleção de carrinho. – Digo e sento ao seu lado.

Kaique – A mamãe compra carrinho quando eu me comporto e tiro nota boa na escola. – Diz e me entrega um carro vermelho com uns detalhes em preto. Bonitão.

Gênio – Ela tá certa, pô, tem que ser educado e ir bem na escola. Tu tira nota boa? – Pergunto e ele me olha.

Kaique – Claro, pô, minha mãe me ajuda nas atividades da escola.– Diz e eu sorrio pela forma que ele falou "pô".

Mó fofinho, meu sonho sempre foi ser pai, tá ligado? Mas só quero realizar esse sonho quando encontrar uma mina maneira, não essas daqui do morro que só ligam pra dinheiro.

Meu maior medo é ser um pai ruim igual o meu genitor foi pra mim.

Continuo brincando com o Kaique até a Lara aparecer na sala chamando nós dois. Corremos pra cozinha e ela olha feio pra gente.

Kaique – O que a senhora fez? – Pergunta tentando espiar o que tem dentro das panelas.

Lara – Macarronada de salsicha. – Diz e o Kaique olha pra ela sorrindo.

Kaique – Eu amo macarronada, o senhor gosta? – Pergunta me olhando.

Gênio – Gosto, pô, mas a do meu pai é a melhor que tem, qualquer dia desses te levo pra experimentar. – Digo e ele sorri.

Kaique – Vou cobrar, em. – Diz e eu gargalho junto com a Lara.

Lara – Agora bora parar de rir e vão lavar as mãos enquanto eu pego os pratos. – Manda e nós dois vamos até a pia.

Pego o Kaique no colo por ele ser pequeno e não alcançar a torneira e o ponho em cima da bancada da pia. Ele agradece e eu faço um jóia com a mão.

Nós dois lavamos as mãos, mas quando vamos sentar na mesa a Lara nos impede.

Lara – Puta merda, esqueci de comprar refrigerante. – Diz com a mão na cabeça.

Gênio – Oia os palavrões, doidona, tem criança no bagulho. – Digo e ela arregala o olho.

Lara – Não pode falar isso que a titia disse, tá bom Kaique? É feio. – Ela diz e ele concorda. – Agora vão vocês dois comprar o refrigerante, já fiz a comida, bora, cuida. – Diz empurrando nós dois até a porta.

Gênio – Cade o dinheiro, pô? – Pergunto e ela me olha com deboche.

Lara – Me poupe né Kaio, já fiz a comida, agora tu paga o refrigerante. – Diz e eu olho pra ela fazendo careta.

Saio de casa com o moleque agarrado na minha mão e paro ao lado da minha moto.

Gênio – Já andou de moto? – Pergunto pro Kaique.

Kaique – Não, a mamãe só anda de carro. – Diz e eu coço a nuca.

Gênio – Então bora andar pela primeira vez, prometo ir devagar. – Subo na moto e pego o Kaique no colo pondo ele no tanque da moto. – Se segura. – Digo e ele faz um joinha com a mão.

Acelero a moto e ele gargalha olhando pra mim e eu sorrio junto. Deixar uma criança feliz é muito fácil, qualquer coisinha eles já tão rindo.

[...]

Estaciono em frente do mercado e desço da moto junto com o Kaique. Ele agarra a minha mão e nós dois entramos no mercado.

Pego uma cestinha e vou até o congelador.

Gênio – Escolhe um refrigerante. – Digo pro Kaique e ele pega uma fanta uva, e eu pego uma coca cola. Vou no outro congelador e pego um pote de sorvete de flocos.

Fomos pro caixa e lá tinha alguns docinhos, também pego pra por no sorvete. Pago tudo e vou pra moto junto com o Kaique.

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Dêem estrelinha, queridos e queridas 💗