trinta e sete

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JOÃO VITOR point of viewSão Paulo – Brasil

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JOÃO VITOR point of view
São Paulo – Brasil

Eu estava sentado no meu estúdio quando recebi algumas mensagens de Pedro

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Eu estava sentado no meu estúdio quando recebi algumas mensagens de Pedro. Não consegui entender muito bem, mas percebi que ele estava passando mal.

Me troquei rapidamente — já que estava de pijama — pedi um Uber e assim que chegou, eu rezei para que não tivesse trânsito. Assim que cheguei em frente ao prédio de Pedro, um dos porteiros tentou barrar minha entrada, porque aparentemente Pedro não tinha autorizado. Mostrei as mensagens para o porteiro e o mesmo concordou que eu entrasse, mas apenas se ele subisse comigo. Logicamente eu aceitei e quando chegamos em frente à porta de seu apartamento, a vimos destrancada com Pedro caído no chão.

Ligamos para a emergência e em poucos minutos estávamos no hospital.

(...)

— Acompanhantes de Pedro Tófani? – ouvi uma voz grave e olhei para cima: era um enfermeiro.

— Aqui. – eu e o porteiro falamos ao mesmo tempo.

— O paciente passa bem! Já está acordado no quarto e tudo mais. – o enfermeiro suspirou. — Eu conversei com ele e aparentemente houve uma crise de ansiedade extremamente forte. Pedro já foi medicado, mas vou encaminhá-lo para uma consulta com psicólogo. – ele me entregou alguns papéis. — Ele já tomou alta,  esperem aqui.

Depois de alguns minutos, Pedro finalmente apareceu. Levamos ele para casa e durante todo o caminho ele estava quieto, assim que chegamos o porteiro se despediu e quando eu fechei a porta, encontrei Pedro deitado no sofá.

— Não prefere deitar na cama? – perguntei baixinho assim que me agachei em sua frente: Pedro apenas negou com a cabeça. — Quer que eu vá embora?

— Não me deixa sozinho, por favor. – ele respondeu baixo.

— Não vou, Pedro. – eu sentei no chão e comecei a fazer carinho em seu cabelo e seu rosto.

— Deita aqui comigo. – ele pediu.

— Eu vou acabar te esmagando, não cabe nós dois aí. – eu respondi.

— Cabe sim, é só abrir o sofá.

— Levanta rapidinho pra eu abrir, então.

— Preguiça. – ele resmungou e eu ri.

Coloquei meus braços em sua nuca e suas pernas, levantando Tófani do sofá e o colocando na poltrona. Abri o sofá e coloquei-o deitado do jeito que estava. Assim que deitei em sua frente, Pedro deitou em meu braço e se aconchegou em mim.

— Vou ficar mal acostumado. – ele disse quando comecei a fazer cafuné em seus cabelos.

— Eu posso lidar com isso. – respondi e ouvi ele suspirar. — Quer conversar sobre o que aconteceu pra você passar mal? – perguntei.

— Agora não. – ele respondeu após um tempo.

— Sabe que vai ter que passar por consultas com psicólogos, não sabe?

— Sei, provavelmente vão me indicar um psiquiatra.

— Está bem com isso? – perguntei e Pedro apenas concordou com a cabeça.

— Eu tomava remédios para ansiedade, mas interrompi o tratamento, eu achava que já estava bem.

— Não pode parar de tomar remédio assim e do nada.

— Eu sei, me arrependo de ter feito isso.

— Eu acredito em você. – falei e senti Pedro colocar a mão em minha cintura, fazendo um carinho ali.

— Obrigado por ter me ajudado.

— Você sabe que quando precisar de ajuda, é só mandar mensagem que eu venho correndo.

— Eu sei, obrigado de verdade.

— Não foi nada, Pedro.

Ficamos em silêncio por um tempo, mas o celular de Pedro começou a apitar diversas vezes, avisando que estava chegando mensagens. Levantei e entreguei seu celular.

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𝐅𝐀𝐊𝐄 𝐍𝐄𝐖𝐒, au pejãoWhere stories live. Discover now