cinquenta e nove

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PEDRO TÓFANI, point of viewSão Paulo, Brasil

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PEDRO TÓFANI, point of view
São Paulo, Brasil

eu estava deitado na minha cama, assistindo algum vídeo aleatório no youtube

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eu estava deitado na minha cama, assistindo algum vídeo aleatório no youtube.

na real, eu nem prestava atenção no que passava.

minha cabeça estava no meu menino, que provavelmente chorou até dormir.

eu estava deitado, distraído olhando pra televisão, quando escutei a campainha tocar. estranhei porque eu não estava esperando ninguém. eu levantei com meu roupão arrastando pelo chão e fui atender a porta.

— joão? – perguntei assustado, vendo o moreno parado na minha frente com uma carinha de choro. 

— muito tarde? – balancei a cabeça e abri espaço para que ele entrasse. assim ele fez.

joão não estava me tratando mal, mas aquela não era a forma que ele costumava me tratar. ele estava diferente, estava acanhado. 

— então... – eu comecei. 

eu pretendia perguntar o porquê ele estava ali aquela hora, mas ele começou a se aproximar lentamente de mim, levando sua mão até meu rosto e fazendo um carinho gostoso ali, o que me acalmou no mesmo instante. joão deixou um beijinho na minha bochecha, levou a outra mão na minha cintura e me puxou, deixando nossos corpos colados.

— joão, eu...

— não fala nada. – ele disse baixinho e colou nossos lábios em um selinho.

quando apenas roçar nossos lábios não era o suficiente, nos aprofundamos num beijo. eu o empurrei no sofá, fazendo ele se sentar e eu ficar em seu colo, logo voltamos a nos beijar de maneira intensa. quando o ar fazia falta em nossos pulmões, joão direcionava seus beijos para o meu pescoço, fazendo-me arfar e me entregar ao seus toques.

— quer me mostrar a música? – ele perguntou em um sussurro, deixando um beijinho próximo da minha orelha. 

— esquece isso. – falei e tentei beijá-lo novamente, mas joão levou uma de suas mãos até o meu pescoço, segurou firme, sorriu cínico e disse:

— vai me deixar na curiosidade, coração?

— eu te odeio. – falei suspirando e saí de seu colo. fui até meu quarto e peguei meu violão, voltando rapidamente pra sala. — senta aí, vou cantar pra você.

— que chique! um show particular. – ele disse e eu ri.

respirei fundo e comecei a tocar os primeiros acordes do violão.

Tudo vale a pena quando você vem
Eu conto os dias e as horas só pra te encontrar
Você já sabe é você que tem
Aquele abraço que me leva pra qualquer lugar

Meu dia à dia cê domina bem
Gasto meu tempo só pensando em como te agradar
Já deixei claro que é você quem tem
Aquele abraço que me leva pra qualquer lugar

Talvez eu esteja perdendo a cabeça
E você faz questão de me tirar do chão

Talvez você seja tudo que faltava
Tudo que eu até então pensava ser em vão

Nunca me entreguei tão fácil assim
Sempre tentei não me deixar levar, mas quando vi
Você chegar, se aproximar e sorrir
Foi aí então que eu percebi que eu

Te quero pra mim, quero pra mim assim
Quero pra mim, quero pra mim assim
Quero pra mim, quero pra mim assim
Eu te quero pra mim

— a música é linda. – joão diz assim que eu termino.

— eu escrevi pra você.

— era exatamente o que eu queria ouvir, obrigado. – ele suspirou aliviado.

— achou que era pra outra pessoa? 

— sim, eu tenho medo. – ele diz baixinho

— medo de que? 

— de você achar alguém melhor. – joão desvia o olhar.

apoiei meu violão no chão e fui em sua direção, me sentei em seu colo e o fiz olhar para mim.

— demorei tempo demais para me permitir gostar de você, e eu acho que todo esse sentimento que eu deixei de lado durante anos veio tudo de uma vez. sei lá, eu sei que eu te amo. – falei e joão murmurou um "obrigado, Deus", e eu ri baixinho, logo o encarando. joão franziu o cenho. — eu estou esperando.

— esperando o que, coração?

— você me pedir em namoro pra gente fazer coisas lindas nesse sofá. – respondi e gargalhei alto ao ver seus olhos se arregalarem.

— pedro! eu não te conheci desse jeito. – eu ri mais. joão segurou minha cintura, olhou no fundo de meus olhos e disse: — namora comigo? 

eu estava brincando, mas ele estava falando sério. 

foda-se, eu quero ser dele.

— quero. aceito. sim. – falei no automático e ouvi uma risada deixar sua garganta. joão apertou ainda mais minha cintura e me deitou no sofá, deitando por cima de mim.

— então você vai dar pra mim porque está feliz, ou porque a gente namora? – ele perguntou olhando em meus olhos.

— para de enrolar e me beija logo! – mandei irritado e ele riu, rapidamente me envolvendo em um beijo quente.

— para de enrolar e me beija logo! – mandei irritado e ele riu, rapidamente me envolvendo em um beijo quente

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𝐅𝐀𝐊𝐄 𝐍𝐄𝐖𝐒, au pejãoWhere stories live. Discover now