62° Capítulo

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Brunna: Tão grande os meus bebezinhos - Disse sorrindo enquanto observava a filha andando de bicicleta e o filho de patinete - E você? Não anda em nada? - Perguntou se sentando ao lado da esposa.

Ludmilla: O que aconteceu? - Ela não estava mais aguentando a curiosidade.

Brunna: Do que você tá falando? - Perguntou sem entender.

Ludmilla: Não se faça de boba - Ela resmungou - O que aconteceu com o Yuri em Portugal?

Brunna: Ah, é disso que você tá falando - Limpou a garganta e se ajeitou na toalha ficando de frente para a esposa, que seguia olhando para os filhos - Nós conversamos no restaurante e...

Ludmilla: Isso você já falou - Olhou rapidamente para ela demonstrando a expressão séria - Pula para parte da parede.

Brunna: Ah... tá - Ela umedeceu os lábios com a língua - Ele me prendeu contra a parede e ficou tentando me beijar.

Ludmilla: Você deixou? - Perguntou sentindo seu sangue ferver só de imaginar o sobrinho com as mãos em sua esposa tentando beijar sua boca.

Brunna: É lógico que não, Ludmilla! - Se sentiu ofendida - Por mais que eu estivesse bêbada, eu sabia muito bem o que queria! Eu fiquei pedindo para ele parar, mas ele só se afastou mesmo quando eu dei uma joelhada no saco dele.

Ludmilla: Ele tentou algo contra sua vontade? - Virou de frente para ela e acariciou seu rosto.

Brunna: Sim, tentou me beijar. Mas depois ele me pediu desculpa de novo e pôs a culpa na bebida - Revelou seguido de um suspiro.

Ludmilla: Aconteceu mais alguma coisa? - Teve vontade de ir até a Europa, caçar o sobrinho e dar uma bela lição nele.

Brunna: Depois disso ele ficou dando a entender que queria me levar para o quarto dele, mas não passou disso. Eu fui embora sozinha para o meu hotel - Deu um pequeno sorriso e acariciou a perna da esposa - Não quero que fique com raiva dele e nem nada, só achei que você deveria saber por mim.

Ludmilla: Fico feliz que confie em mim, amor - Sorriu e deu um longo selinho nela - Me desculpe por ter ficado brava com você.

Brunna: Eu não terminei a história, você teve o direito de pensar o que queria - Beijou a mão dela - Pelo que entendi ele conseguiu um trabalho em Roma e irá se mudar para lá, então não precisamos nos preocupar com ele - Deu vários selinhos na esposa.

Ludmilla: Quando isso aconteceu? - Acariciou o cabelo dela.

Brunna: Foi no quarto mês que eu estava lá. Não quis te contar para você não ficar pensando besteira ou inventar de aparecer lá mesmo depois daquele susto.

Ludmilla: Eu te amo - Falou com um sorriso no rosto.

Estava aliviada em saber o restante da história. As possibilidades que estava criando em sua mente a estavam atormentando.

Brunna: Eu te amo muito mais.

Elas ficaram mais um tempo ali com filhos e logo decidiram ir pra casa.

Ludmilla: Luane convidou para irmos na casa dela hoje - Falou enquanto estava deitada no sofá juntamente com a esposa.

Brunna: Ah, amor, eu só queria ficar quietinha em casa hoje - Falou manhosa e entrelaçando os dedos aos dela.

Ludmilla: Eu sei, eu também quero muito, mas podíamos fazer esse esforcinho por ela, né? Ela foi tão atenciosa comigo e com as crianças, quando você estava lá em Portugal. Queria retribuir - Acariciou o quadril da esposa.

Brunna: Eu também - Suspirou - A gente teve tão pouco tempo pra ficar juntinhas mesmo. Segunda já volto a trabalhar e vamos voltar à rotina de só nos encontrarmos de noite.

Ludmilla: Vamos fazer esse esforço? - Insistiu falando no ouvido dela.

Brunna: Pergunta de novo - Sentiu seu ventre se contrair quando ouviu a voz dela ali.

Ludmilla: Vamos? - Sussurrou logo dando uma mordida no lóbulo da orelha dela.

Brunna: Pergunta de novo, quem sabe me convença - Grudou seu quadril ao dela passando a perna para trás e apertou os fios castanhos com os dedos, enquanto ela tinha as mãos em sua barriga.

Ludmilla: Para, você não vai me fazer desistir - Ela conhecia bem o joguinho da esposa.

Ela pôs a mão na barra da calça de moletom que a esposa vestia e foi adentrando aos poucos.

Ludmilla: Você vai ir, né? - A pergunta veio em um sussurro logo que os dedos dela tocaram a calcinha dela.

Brunna: Qualquer lugar - Disse ofegante enquanto apertava o próprio seio.

Ludmilla: Então levanta ou a gente vai se atrasar - Tirou a mão de sua calça e deu foi tapinhas em sua barriga.

Brunna: Me diz que você não fez isso - Disse pressionando os dentes um no outro.

Ludmilla: Sim, eu fiz. Você não pode voltar atrás - Deu um beijinho em seu pescoço - Vai tomar um banho que você tá pegando fogo - Se levantou rindo e subiu as escadas correndo.

Brunna: Não acredito que ela fez isso - Resmungou passando a mão no rosto e logo subiu para tomar um banho.

Quando todos estavam prontos, se encontraram na sala.

Nina: Vai demorar muito para o natal ainda? - Perguntou quando já estavam a caminho da casa de Luane.

Brunna: É no final do mês que vem, meu amor - Respondeu.

Nina: Mas já faz tempo que eu dei minha chupeta pro papai Noel - Fez um bico.

Brunna: Filha, a mama já sabe que o papai Noel não existe - Falou segurando o riso.

Léo: Quem contou pra ela? - Perguntou.

Brunna: Eu falei sem querer, mas não é certo ela ficar com essa ilusão, né? - Virou para trás olhando para eles.

Nina: É. Pra quem você deu minha chupeta, Mama? - A pequena ficou curiosa.

Ludmilla: Eu tive que levar para os duendes, já que o papai Noel não existe - Deu de ombros.

Nina: Mas os duendes vivem lá depois do arco-íris - Disse impressionada.

Ludmilla: Eu sei, mas eles atenderam uma mãe em apuros - Fez cara de convencida - Eles me entenderam.

Nina: Isso é muito legal, mama! - A menina sorriu animada.

Brunna e Ludmilla trocaram um olhar cúmplices com sorrisos apaixonados no rosto.

Brunna: Os duendes de Portugal mandaram presentes pra vocês.

Léo: Sério, mamãe? - Perguntou um pouco desconfiado.

Brunna: Sim, filho. Eles disseram que vocês foram ótimas crianças, enquanto eu estava morando lá e resolveram dar uma recompensa.

Léo: E quando chega?

Brunna: Só no Natal.

Nina/Léo: Ahhhhh - Disseram juntos.

Eles foram o restante do caminho todo falando sobre os duendes.

Ludmilla: Por que estão todos aí? - Perguntou curiosa ao ver os carros.

Brunna: Devem ter planejado algo coletivo como sempre fazem - Deu de ombros e desceu do carro.

Elas deram a mão para os filhos e então bateram na porta da casa.

Luane: Até que enfim! - Disse abrindo a porta - Só faltava vocês.

Elas adentraram a casa e tiveram uma grande surpresa ao ver quem estava ali, no sofá.

Quase Tudo Perdido...Onde histórias criam vida. Descubra agora