Brunna: Amor, amor - Sussurrou enquanto balançava o ombro da esposa adormecida ao seu lado.
Ludmilla: O que foi? - Resmungou.
Brunna: Acho que a bolsa estourou - Foi necessário apenas isso, para que a mulher pulasse da cama.
Ludmilla: Vamos para o hospital imediatamente!
Enquanto trocavam de roupa, Brunna ligou para a Mia pedindo para ela ir até sua casa e pegar os filhos, já que não poderia levá-los junto.
Léo: Tá tudo bem, mamãe? - Eles estavam no andar de baixo apenas esperando a Mia.
Brunna: Tá sim, filho - Pressionou os dentes para inibir o grito que veio junto com a contração.
Léo: Tem certeza? - Ela assentiu com a cabeça.
Brunna: Cadê a minha mãe que não chega logo? - Sussurrou para a esposa com uma expressão de dor.
Ludmilla: Aguenta firme, amor - Ela ficou surpresa com a tranquilidade que ela estava.
Mia e Jorge chegaram na casa.
Mia: Vão logo, depois que avisarmos a todos, vamos lá para o hospital - Avisou dando um beijo em seu rosto.
Brunna: Vamos logo, Ludmilla! - Pressionou a barriga ao sentir outra contração.
Elas foram imediatamente para o hospital e a obstetra as atendeu na mesma hora.
Médica: À dilatação tá pequena ainda, precisamos esperar mais um tempinho - A médica informou após checar a dilatação.
Brunna: Vai demorar muito? - Respirava fundo para ver se parava de doer um pouco.
Médica: Vamos torcer que não - Sorriu para a mulher - Segure a mão dela, isso da segurança - Disse para a Ludmilla e ela fez.
No momento da contração ela apertou sua mão tão forte, que ela sentiu seus olhos lacrimejando.
Ludmilla: Calma, amor, vai dar tudo certo - A cariciou o cabelo dela com a mão livre.
Médica: Converse com ela para distraí-la das dores. Dentro de minutos eu volto para checar a dilatação novamente - A média informou e saiu do quarto.
Brunna: Eu não sei se vou conseguir - Inspirou profundamente e deu um grito contido ao sentir a contração.
Ludmilla: É lógico que você vai - Por mais que seus dedos já estivessem dormentes, ela nunca deixaria de dar o apoio para ela - Na vez do Léo e da Nina, você falou a mesma coisa, e agora eles tão aí.
Brunna: Meu corpo não é o mesmo daquela época - Fechou os olhos com força.
Ludmilla: Seu corpo é ainda mais forte - Beijou a testa dela - Você já teve dois filhos, já sofreu um grande acidente... acho que você consegue lidar com mais um parto, né?
Brunna: Eu espero que sim - Pôs a mão na barriga - Isso dói demais!
Ludmilla: Se eu pudesse transferiria toda essa sua dor para mim - A olhava com compaixão.
Brunna: Mas não pode - Gritou com a contração - Você acha que Benjamin vai ser um bom nome para o nosso bebê?
Ludmilla: Eu tenho certeza que sim - Sorriu - Você vai ver que ele vai ter cara de Benjamin.
Brunna: Ninguém tem cara de nome - A expressão de dor seguia em seu rosto - A gente só se acostuma.
Ludmilla: Eu não consigo te imaginar com outro nome.
Brunna: Carolina.
Ludmilla: Você é uma exceção - A fala fez a esposa dar uma pequena risada.
Brunna: Não me faz rir, sua filha da mãe! Parece que o bebê vai sair a qualquer momento - Pôs a mão na barriga - Você viu os outros partos?
Ludmilla: É lógico que sim, meu amor - Entrelaçou os dedos aos dela, talvez a dor na hora da apertada não fosse tanta - Eu fui o primeiro a segurar a Nina inclusive.
Brunna: Por que não fui eu? - Questionou.
Ludmilla: Você tava exausta. O parto levou bastante tempo - Revelou - Mas eu fiquei o tempo todo do seu lado. Hoje não vai ser diferente.
Brunna: Você confia nessa obstetra?
Ludmilla: Totalmente. Foi ela quem fez o parto da Nina e do Léo - Ela apertou sua mão novamente devido a contração - Fique tranquila!
A médica foi lá mais algumas vezes checar a dilatação, até que chegou a hora em que a Brunna estava pronta.
Médica: Podem preparar a sala, já tá quase na hora - Ela falou para a equipe de enfermeiros.
Brunna: Eu não sei se to preparada - Olhou assustada para Ludmilla.
Ludmilla: Vai dar tudo certo, meu bem - Beijou a testa dela - Relaxa, vai ficar tudo bem com você e com o nosso filhinho.
Quando tudo já estava pronto, eles a levaram até a sala. Posicionaram ela na maca e então todos foram para suas posições.
Médica: Quando vier a próxima contração, você empurra com força, ok? - A obstetra falou para a mulher e ela assentiu com a cabeça.
Sua respiração estava acelerada. Quando sentiu a contração, fez força apertando a mão da esposa e soltando um grito de dor.
Médica: Muito bem, continue assim - A incentivou.
Ela fez isso mais algumas vezes, até que parou.
Médica: Brunna, você tem que continuar. Eu já posso ver a cabeça do seu bebê. Vamos,
A Mulher estava com o olhar direcionado a esposa, mas não era o olhar de sempre. Ela tinha os olhos opacos e distantes. Parecia que estava em outro mundo.
Ludmilla: Amor, Você consegue, nosso bebê já tá vindo - Ela estava assustada com o que podia acontecer.
Brunna: Eu... - Falou com a voz fraca, mas não conseguiu continuar.
Ludmilla: Brunna, você precisa ser forte. - Ela deu um mínimo sorriso para a esposa e então desmaiou. - O que tá acontecendo? - Perguntou assustada.
Médica: Não temos tempo! Preparem tudo para a cesariana! - A obstetra gritou para a equipe - A senhora autoriza a cesariana?
Ludmilla: Claro - Estava em choque com o que acontecera.
O coração de sua esposa havia acelerado e em questão de segundos ela desmaiou. Parecia um pesadelo.
Ludmilla: Tá tudo bem com ela?
Médica: Espero que sim - Disse.
Tudo já estava preparado e então se iniciou a cesariana. Um tempo depois, enquanto observava a esposa com lágrimas nos olhos, preocupada com seu estado, a Morena pôde ouvir o fino choro ecoando por toda a sala. Seu terceiro filho já estava no mundo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quase Tudo Perdido...
RomanceVocês sabem que sou dessas de que quando quer deixar vocês curiosos, eu deixo né? Então sem Spoiler kkkkkkkk. FIC INTERSEXUAL