Animal Instinct (Aomine Daiki X Leitora) Longfic

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Fiore [Nome], 3 anos atrás...

"Eles são muito idiotas!" esbravejei, me sentando ao lado de Daiki com um balde de pipoca. Já estávamos juntos há um ano e eu cursava o terceiro ano da escola, enquanto ele estava no segundo. Wakamatsu havia se tornado o capitão do time quando Imayoshi se formou.

Meu time havia vencido a Winter Cup Feminina e a Serin tinha levado o troféu da masculina.

Aquele dia, chorei e gritei muito. Completamente feliz por tudo o que conquistaram. Neste ano, não estava mais participando como jogadora, apenas auxiliava a sensei no treinamento das garotas e, ocasionalmente, treinava com a Seirin e o time masculino da Tōō, principalmente com minha pantera de estimação, que ainda tendia a fugir dos treinos para dormir no telhado da escola.

"Calma, [Nome]." Wakamatsu falou mais distante.

"Calma é o caralho, Kōsuke! Isso não é basquete." grunhi. "Nem mesmo o estilo de rua dos Estados Unidos é assim. Estão apenas debochando dos garotos."

"Eles estão indo longe demais." Daiki começou a explicar a situação e o porquê da minha indignação. "Não é incomum jogadores de basquete de rua provocarem os adversários. É quase uma habilidade. É legal se você acerta. Mas é só o que estão fazendo. É óbvio que estão se sentindo superiores."

Então Nash havia se tornado esse tipo de jogador. Nunca duvidei quando vi suas habilidades nos Estados Unidos.

Meu Deus, eu e Ishikawa havíamos vencido ele e Silver quando éramos mais novas.

Conforme o jogo avançava, trucidei as pipocas com meus dentes e punhos. Sabia que aquilo era em parte nossa culpa e do que havia acontecido há anos atrás.

"O que foi?" a pergunta de Aomine me tirou dos meus pensamentos, me trazendo de volta para o tempo presente.

"Esse jogo. Me dá vontade de estar em quadra e acertar a cabeça daquele capitão com a bola o mais forte possível."

"Sinto o mesmo." ele passou um de seus braços por minha cintura, me abraçando forte.

"Eca." Wakamatsu soltou e eu revirei os olhos.

"Você só não está assim com Arisu, porque ela está no clube."

"Como esperado, foi uma vitória esmagadora do Jaguadarte!" o narrador anunciou na tv e eu cerrei a mandíbula. 86 a 6 era uma humilhação que nossos amigos jamais esqueceriam. Só me restava rezar para que não desistissem do basquete depois daquilo.

Kasamatsu se aproximou de Nash, estendendo a mão e o narrador correu até o lado deles.

"Quer dizer algo para os fãs?" ele colocou o microfone em frente ao capitão loiro do time visitante.

"Bom, esse jogo me fez ter certeza de algo. Me dá vontade de vomitar vê-los jogando." Nash se pronunciou. Primeiro, meus olhos se arregalaram em surpresa, depois, acabei jogando o pote, já praticamente vazio, longe.

"BABACA!"

"Todos aqui..." voltou a falar, rindo. "Não, todos neste país que fingem jogar basquete..." respirei fundo, enquanto Daiki me abraçou ainda mais forte, deitando o rosto em meu pescoço. Senti o corpo dele começar a tremer levemente. O azulado estava com tanta raiva quanto eu sentia naquele momento. "Por favor, desistam de jogar ou morram." dessa vez, quem fez menção de levantar foi o azulado e eu o contive. "No Japão, vocês não lutam sumô contra macacos, não é? Foi o que houve aqui. Jogamos basquete contra macacos que se acham jogadores. Se quero dizer algo? Primeiro, percebam que são macacos. E macacos não tem direito de jogar basquete." o loiro terminou de falar e cuspiu na mão de Kasamatsu, virando as costas e saindo.