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Ela sabia que havia algo estranho rolando era perceptivo no ar, Rowenna deveria apenas ignorar como havia feito com todas perguntas incompletas que sua mente a havia lhe dado.

Mas diferente de todas as vezes, ela queria ir atrás de um objetivo, a menina precisava entender o que vinha acontecendo.

Durante sua infância toda, ela teve muitas perguntas respondidas de forma desajeitada e até mesmo boba, respostas que nunca a agradavam e nunca de fato pareciam a resposta.

Vienna por sua vez aceitava as coisas de boa como se isto fosse apenas uma consequência da vida, para ela o que foi dito era aquilo e pronto. Diferente de sua gêmea que buscava a verdade junto a curiosidade.

A curiosidade agora era mais alta não só pois era algo diferente, mas sim também por que se tratava de Amélie.

Bárbara sempre fora alguém que demonstrava seus sentimentos e nunca tinha medo de mostrá-los, isso ensinou para as meninas que deixar com que seus sentimentos se sobressaiam não te faz fraco.

Já Amélie sempre escondia tudo que sentia para si, deixando tudo na escuridão e desabando no vazio, mas nunca caindo no mesmo.

Eram raras as vezes em que uma emoção de Amélie se sobressaia, geralmente raiva ou a tristeza.

Rowenna queria saber mais sobre tudo, ela queria poder compreender a situação.

Mas aí tu diz: recorre ao milovier....

Nem tudo é assim que funciona, até mesmo as respostas de Olivier e Milo soavam estranhas.

Perguntas como : como vocês se conheceram? Por que se separaram?

Para elas isso parecia uma grande ameaça, mas para as meninas eram perguntas bobas, até mesmo Olivier e Milo quando questionados arregalaram os olhos e inventavam histórias.

Histórias que quase nunca era igual a do outro, se questionados juntos, haveria aquela troca de olhar e então eles iriam evitar a pergunta.

Desta vez ela está sentada ao lado de sua mãe em um sofá confortável, um filme qualquer se passa na TV, ela não se surpreenderia se o filme que passe fosse O diabo veste Prada, já havia perdido as contas de quantas vezes Vienna havia assistido aquele filme.

Ela se deita no colo da mãe propositalmente, buscando a atenção da mais velha, ela rapidamente consegue isto de bom grado.

Mas isso não quer dizer que ela conseguirá respostas.

E de fato não conseguiu, Amélie com certeza se esquivou das perguntas como o Diabo foge da cruz isso não era novidade.

— Mamãe, o que lhe aborrece? — A menina questiona seu semblante sério.

— Nada me aborrece, Dakota. — Ela deu de ombros fingindo normalidade, mas sabia que no momento ela estava se sentindo culpada por mentir.

A menina se levanta do colo da mulher o carinho se esvaindo rapidamente, a irritação começando a consumi-la, Rowenna odiava que evitassem a situação, omitir nunca seria a solução para ela.

— Sabe que omitir a situação não irá ajudar de nada certo? — A menina diz com uma sensatez que a Amélie desconhecia.

Rowenna tinha maturidade que um adulto deveria ter e não que uma criança pequena deveria ter.

— Porque você tem que ser tão insistente, Enna? — Amélie ergue somente um pouco da voz, o suficiente para que se arrependa.

A mulher de cabelos castanhos escuros se levanta e olha para filha que parecesse em choque, as lágrimas assumem o canto dos olhos de Amélie.

As gêmeas Florence - BarbelieWhere stories live. Discover now