Capitulo 14

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       — Convenhamos que esta é uma oportunidade perfeita querida.—era a milesima vez que a esposa do general e a senhora Jones falavam a mesma coisa.— Lorde Frederick é um excelente partido,em sua idade querida é um privilegio.— esta foi a dose que faltava para que eu explodiasse.

           — Calem a boca as duas!se o adimiram tanto então que casem-se com ele.— o espanto foi evidente em seus rostos palidos com um toque de ruge exagerado nas bochechas.

           — Querida!aquele filho de satanas a corrompeu,falei a Bill que esta não seria uma boa ideia,mater aquele selvagem do lado de dentro destes muros,ele não deveria nem mesmo estar solto depois de tudo que fez,dos prejuizos que causou.— eu precisava sair dali, não supotava mas ouvir uma so palavra,parecia que a senhora jones havia se tornado uma versão de Miranda a esposa do general,a cada dia se tornava mas insistente em convencer-me a aceitar lorde Frederick, não podia esconder que conforme os dias passavam mas vontade eu tinha de sair montada em um cavalo em alta velocidade onde deixaria tudo e todos para trás e viveria o que meu ser tanto anciava,anciava por bidizzil mesmo ele não tendo prometido um futuro ao seu lado,o que ele tinha para oferecer?nada alem de amor, não tinha um sobrenome considerado importante nem mesmo era reconhecido como cidadão, seria algo alem da loucura criar expectativas quando parecia que o mundo inteiro estava contra nos,seria como remar com um graveto contra a correnteza,seria uma questão de tempo para que fosse tragada pelas aguas.

           — Não preciso ficar aqui ouvindo suas tolices!— falei e sai pisando duro em direção a porta e dali em uma corrida que nem mesmo eu sabia onde me levaria,a todo custo precisava evita-lo,lorde Frederick agora para mim era como um monstro saído dos meus piores pesadelos,e eu não podia dizer nada pôs minha familia dependia de cada atitude medida minha,corri como se minha vida dependesse daquilo e quando dei a volta pelo hospital indigena e me dirigi a abertura no muro vi que ela ja não existia,madeira nova havia sido posta e haviam concertado.

             — não pensou que eu a deixaria permanecer em seus encontros com aquele indio!preciso preservar minha noiva não acha?ou melhor o que sobrou dela,pensa que não sei que se deitou com aquele selvagem,uma pena não ter conhecido um homem de verdade antes,o que faço questão de resolver em nossa lua de mel.— a fumaça que ele soltou enquanto fumava veio em minha direçao e me enojou ate a alma.

 
             — Nunca colocará suas mãos imundas em mim,eu simplesmente não entendo como alguem se desloca ate aqui para forçar um casamento com alguem que nem mesmo conhece,pode ter a moça que quiser,porque eu?— eu tremia a cada palavra proferida.

                — Não tenho tempo para explicações mas detalhadas, simplesmente preciso da dona do dote mas famoso da Inglaterra,Lady Elsie Griffiths,que desperdicio manter tanto dinheiro inutilizado quando se pode fazer maravilhas quando se tem uma fortuna nas mãos.— falou ele com um ar de desdém.— considera-se um meio para se chegar a um fim,se for uma boa garota poderemos viver muito bem,confesso que eu pretendia fazer tudo do modo correto mas você dificultou as coisas ao ser amante daquele animal.

              — Quer meu...meu dote?seu desgraçado jamais farei o que....— ele segurou seu pulso com violência apertando com certa força.

             — Fará tudo o que eu disser ou uma carta minha será o suficiente para acabar com sua família,e não esqueça do seu querido selvagem,da próxima vez não serei tão compassivo.— foi aí que tudo se encaixou,fora ele quem havia feito tamanha crueldade com bidizzil.

            — foi você!— ela ainda segurava meu pulso quando o acusei.

            — Devo dizer que os rapazes fizeram melhor do que o esperado.— seu sorriso de orelha a orelha foi transformado em surpresa quando em puxão consegui soltar uma das minhas mãos e lhe acertei uma bofetada na face.— maldita vagabunda!— com um mão puxou meu cabelo para trás a ponto que meu pescoço ficou totalmente amostra,se aproximando sussurrou.— vai pagar por mas esse atrevimento.— com um empurrão me deixou ali,eu não tinha muitas opções,nunca em minha vida havia me sentido tão impotente,parecia encurralada e totalmente perdida,essa era a sensação que agora tomava conta de mim quando caminhava em direção a escola agora abandonada,escondendo as lágrimas abri a porta de madeira e entrei,tudo parecia do mesmo jeito,com certeza eu sentiria saudades daquele lugar,quando me  sentei atrás da mesa e comecei a desenhar como não fazia a tanto tempo,foi quando Miguelito entrou correndo.

         — Milady!os soldados o levarão preso.— meu coração já acelerado agora parecia que iria sair pela boca.

        — Quem?— perguntei me levantando.

        — Bedizill!soldados estiveram no acampamento o procurando,um dos fazendeiros nas proximidades o denunciou por roubo de gado.

        — Onde ele está?— sabia que do jeito que estava não iria muito longe.

       — Nas montanhas sagradas!— eu não fazia ideia onde ficava este lugar,só sabia que precisava ir até lá,era ciente de que tais crimes levavam a forca, Bedizill já havia sido acusado outras vezes o que seria um grande problema.— pode me levar até lá?— perguntei a Miguelito.

        — Milady!por hora é perigoso de mas, não para Milady mas sim para ele.— até o menino parecia ter mas juízo que eu naquele momento.— a noite é possível?— eu não desistiria,precisava vê-lo.

        — Sim!precisaríamos de montaria já que a pé é um longo caminho, há também o perigo de comanches já que as montanhas sagradas ficam na divisa dos territórios.

        — Preciso arriscar!me leve até lá e o que lhe peço, encontro você fora dos portões a meia noite quando todos já tiverem dormido.— assim combinamos,mesmo eu não fazendo ideia de como roubaria um cavalo de dentro do estábulo,muito menos como passaria com ele pelos soldados que montavam guarda.
                   
    

     

Paixão Selvagem (Livro 3) Série Os Griffiths Onde histórias criam vida. Descubra agora