۪۫❁۪۪ Capítulo 28 ۪۫❁۪۪

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Não respondi de imediato, e fiquei a observar o cenário lá fora com compenetrada atenção

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Não respondi de imediato, e fiquei a observar o cenário lá fora com compenetrada atenção. Nunca antes ouvira falar de tal lugar. Parecia um fim de mundo que nunca seria de meu conhecimento a não ser sob condições extremamente adversas, como essas que eu vivia. Eu precisava saber onde estávamos. Meu destino inicial era encontrar Natalie e dar segurança à Amélia, mas agora eu estava enfurnado em um lugar que sequer deve constar nos mapas.

Abri a boca para falar, mas antes que qualquer comentário a mais fosse dito, uma porta é escancarada ruidosamente, adentrando no aposento um velho truculento e cabeludo que eu reconheci quase que imediatamente se tratar do velho da espingarda.

- Anne, hoje o comércio foi dos grandes...! - Começou falando com grande entusiasmo em sua voz.

Era difícil ler qualquer sentimento com base em seu rosto, onde só era visível seus olhos cinzentos. Suas palavras morreram quando me viu de pé em frente à janela. Imediatamente seus olhos me pareceram assumir um semblante severo e sua voz tornou-se mais grave, rígida.

- Então você finalmente resolveu desocupar aquele quarto. - Rosnou ele, enquanto pendurava sua espingarda e o pesado sobretudo desgastado em um toco de madeira com algumas extensões que mais parecia uma árvore morta feita manualmente.

Eu ignorei seu cumprimento desfavorável e me aproximei dele com a mão estendida, na esperança de arrefecer a antipatia veemente que ele demonstrava.

- Muito obrigado pela hospitalidade. Chamo-me Louis e...

Ele afastou minha mão com um safanão e passou por mim sem me dirigir um olhar, sentando-se à mesa para se servir de uma garrafa de cerveja que ali estava, como se aguardasse sua chegada.

- Já sei seu nome, e me poupe desse seu falatório requintado. Se quer agradecer alguém, agradeça minha esposa e a mais ninguém. Se não fosse por ela você já seria história.

- Anastácius! - Interviu Anne. O cretino chamado Anastácius pareceu ignorar o descontentamento de sua esposa e bebericou longamente de sua cerveja. Resolvi aproveitar a oportunidade para me localizar.

- Há quanto tempo de viagem estamos do lugar onde nos encontrou?

Passou-se tempo o suficiente para que eu duvidasse que ele iria me responder, mas após ficar satisfeito de degustar a cerveja, ele se voltou para mim.

- Há dois dias de viagem daqui. - Falou ele, retornando a atenção para a garrafa em suas mãos.

Eu fiquei emudecido. Estava a dois dias de viagem do meu objetivo inicial e mal conseguia me manter de pé.

- O que o senhor fazia a dois dias de casa?

Deixei-me levar pela curiosidade. Ele franziu o cenho, visivelmente irritado, e pousou violentamente a garrafa sobre a mesa, de tal forma que eu pensei que esta se partiria em dois.

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