CAPÍTULO 13

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Música recomendada para escutar durante a leitura: right were you left me - Taylor Swift.
Boa leitura, amores!

 Boa leitura, amores!

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— 𝐏𝐞𝐜𝐚𝐝𝐨;

Eu andava sobre um morro. A grama ainda molhada do sereno que caiu e podia ver que o sol se escondia atrás das nuvens de um dia nublado. O vento batia contra os meus cabelos os balançando com força e fazendo com que algumas mechas atrapalhassem minha visão enquanto conseguia ouvir um som próximo a mim semelhante a de água corrente.

Quando alcançei o topo do pequeno morro, descobri o porquê achava aquele caminho tão reconhecível. Pude ver o riacho descendo com pressa lomba a baixo, o lago bem ao fundo atrás de uma torre construída à moda antiga.

Meu corpo teve calafrios. Não sei se era por conta do frio — até porque usava um casaco, só que estava com um short — ou talvez o motivo seja que eu estava parada aqui prestes a caminhar pra entrar naquela torre mais uma vez sem saber o que me esperava lá.

A torre não é um lugar ruim pra mim, ao contrário disso, ela é histórica em minhas memórias. A monarquia absoluta ainda existia quando eu e Caim tomamos este lugar como somente nosso. Mas não vínhamos pra cá frequentemente, e é isso que me preocupa de o porquê eu estar aqui olhando para a torre agora.

Usávamos a torre como um refúgio para ajudar um ao outro. Quando as coisas não iam bem pra algum de nós dois, um viria para cá e avisaria o outro através da conexão da marca. Passávamos semanas só aqui nesse lugar, principalmente porque a maioria das vezes que vim para cá foi porque Caim perdeu seu autocontrole  massacrando pessoas e precisava da minha ajuda para recuperar a sanidade.

Eu apenas recorria a esse local quando não estava bem psicolicamente, ou seja, raras são as vezes. Sempre aguentei tudo que podia ao máximo independente da dor que tinha passado. Acontece que existe um limite e eu só sabia que havia ultrapassado ele quando meus poderes causavam problemas para os humanos, então eu me isolava aqui junto de Caim e ele me apoiava na recuperação da minha sanidade.

Eu desçi o morro seguindo a trilha próxima ao riacho e sabia que tinha chovido porque ele estava volumoso, contando que o solo estava mais úmido do que costuma. Quando cheguei à porta agarrei a maçaneta com cautela pois não sabia o que iria encontrar assim que pissasse meus pés lá.

As várias velas acessas para iluminar o interior assim como a pequena janela superior aberta trazendo a luz do dia. E então eu o vi enquanto ainda andava em passos lentos. Ele estava sentado à mesa cuidando de suas espigas de milho. A porta atrás de mim se fechou em um barulho alto e Caim me olhou com normalidade, levantou-se e foi até a geladeira pegando uma garrafa de cerveja.

Eu continuei o observando esperando alguma atitude drástica ou fora do normal, mas àquela altura não conseguia mais distinguir nada. Minha visão turva tomada por lágrimas que se formavam dificultava o ato de compreender o que via. Ele abriu a cerveja e bebeu um gole como se fosse mais um dia normal da vida. A vida que ele não tem agora. Meus passos eram curtos deixando claro que estava na defensiva.

𝗠𝗜𝗡𝗛𝗔 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗔; dean winchester.Onde histórias criam vida. Descubra agora