CAPÍTULO DEZENOVE

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PARTE TRÊS

AYLA

 

Não era para tomar o rumo que está agora. O tempo passou tão rápido que, eu nem me lembrei corretamente de quando a matei. Tudo foi como um piscar de olhos e notavelmente não me caso de fazer isso, estou imparável, as vezes paro sobre o meu colchão e coloco a cabeça no travesseiro e penso em parar, mas...

PORRA

PORRA

PORRA

Fica uma voz bem baixinha, que não sai de mim, vem ao meu lado ou na frente não importa o lugar, mas ela vem em minha direção. É como se fosse um diálogo, e ela sempre me pede para não parar, em todos os tempos em que a escuto ela sempre me faz querer fazer isso mais e mais. Sem fim.

E desde que matei Ruby tenho sentido, nada em relação a isso. Para mim isso é normal, e nem acho a minha falta de uma tal de compaixão fora do comum, pois para mim isso é simplesmente normal. Eu só estava com vontade de matar elas e eu matei só isso. Eu quis matar elas, eu quis estuprá-las, quis e quero fazer mais ainda.

Estou totalmente fora de controle, quero testar coisas novas, e já estou preparando o plano para que eu realize esses desejos estranhos que estou começando a ter, e que para mim são totalmente excitantes. Quero testar e vou testar hoje mesmo com Ayla.

Eu e ela nos aproximamos instantaneamente depois da morte de Lazúli. Como eu disse os dias foram bem rápidos, um mês se passou depois que a matei, e foi bem estranho. Todos ficavam lembrando dela até a própria Ayla. Quase todos da cidade falavam dela, em todo lugar. Dava para ouvir alguns fuxicos, era bem estressante.

Em todo lugar tinha ela.

Nos postes, nas ruas, mas mercearias, nos programas de rádio, nas pessoas. Em todo o lugar possível menos na televisão. Nossa cidade não tem, um programa de TV então não me preocupei muito. Mas é extremamente estressante ver ela em quase todos os lugares perto de mim ou aonde eu vou.

Mas uma pessoas têm me feito esquecer ela. Foi Ayla. Nesse mês que se passou depois que eu matei Lazúli, eu e ela ficamos se visitando. As vezes eu ia na sua casa e as vezes na biblioteca. Raras vezes eu a chamava para minha casa, íamos mais para a casa dela.

Eu não queria levar ela para lá, eu só queria levá-la no dia em que eu iria  prender ela. E hoje é o dia. Quero prende-la e testar algo que nesse mês que se passou e meses, dias passados, que eu tenho pensado muito. Muito até demais.

ESTOU

ANSIOSO

POR HOJE.

Acabei de fechar a cafeteria, e hoje foi um dia bem cheio. Parece que eu iria fazer hora extra. Um monte de pessoas foram hoje para lá. Isso me deixa feliz e para minha felicidade Ayla foi na cafeteria, ela disse que queria ter certeza de que eu não iria, dar um bolo nela hoje.

POXA

É CLARO

QUE NÃO VOU,

QUERO ME DIVERTIR COM

VOCÊ!

E por isso estou o mais rápido que posso hoje. E estou totalmente feliz porque deu o horário de fechar a cafeteria, senão eu iria ficar lá o tempo todo nunca vi ela tão lotada como hoje. Parece que só porque quero testar algo novo tudo vem contra mim, de uma forma grande e avassaladora.

Mas, que pena eu vou fazer isso.

Chego em casa e saio do carro como um doido. Tenho que fazer todos o preparativos, possíveis para esse dia dar certo. Abro a porta e me assusto. Não sei oque aconteceu nessa casa, sinceramente está uma merda. Tem um monte de coisas jogadas, parece até aqueles filmes de terror, um completo lar de um maluco.

OBSESSÃO [+18]Where stories live. Discover now