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— Pai! Espere!

O mais velho respirou fundo antes de parar de andar.

— Por quê está aqui?

— Eu vejo o jornal. — ela sabia que o mais velho estava mentindo.

— Está mentindo. Por quê está aqui hoje? Quem te chamou? — Dominic engoliu a seco. — Pai.

— Herman. — ele a encarou sério. — Seu amigo Louis Herman.

Tianyi ficava com mais raiva a cada minuto.

— Ele está preocupado com essa aproximação com aquele menino. E eu também!

— Pai, eu só o ajudo a estudar! Minerva me pediu para ajudá-lo com astronomia e ele se tornou uma boa companhia pra mim. Eu me sinto um peso para todos os meus amigos, principalmente com Luna. Estar aqui sem a Claire me faz pensar nela e no meu avô o tempo todo e Malfoy está tão sobrecarregado quanto eu. Talvez até mais. — ela desviou o olhar. Não queria chorar. — Draco é um ótimo amigo e tem me feito companhia aqui. Ele me defendeu de uns garotos e até foi suspenso por isso! Não é justo que o julgue por causa do pai se são pessoas diferentes.

Dominic sentiu pena da filha. Ele sabia que a perda de Claire estava a consumindo por dentro e que a morte do avô estava dilacerando o coração dela.

— Ele não teve escolha quando se juntou aos comensais. Era isso ou ele e os pais morreriam. Eu não o julgo. Faria o mesmo se tivesse que proteger a minha família. — ela limpou uma lágrima rapidamente.

— Minha querida, — o mais velho abraçou a filha. — ele pode ser uma boa companhia, mas precisa ter cuidado. Os Malfoy não são confiáveis.

— Eu sei me cuidar.

— Eu sei que sabe. — ele se afastou.

— Você não recebeu minhas cartas? — ele negou.  — Draco está sofrendo com isso tudo... A mãe dele, principalmente.

— Onde quer chegar?

— Não acha que pode tirar a magia de Lucius e prendê-lo com algum feitiço na mansão dele? Narcisa está péssima sozinha.

— Não posso tirar a magia de alguém assim.

— E se ele concordar?

— Se ele concordar seria outra história, mas... eu duvido que ele aceitaria.

— Pode analisar as possibilidades? — o homem respirou fundo. — Por favor, pai.

— Vou ver o que posso fazer. — a garota sorriu e o abraçou mais uma vez. — Preciso ir. Te vejo amanhã?

— Provavelmente. Obrigada, pai.

— Até mais, filha.

Tianyi perdeu o pai de vista e correu para o corredor onde deixou Malfoy esperando. Ela estava menos tensa e um pouco feliz pelo pai analisar a situação de Lucius. Quando chegou no corredor, ele estava vazio.

Hozier suspirou, chateada pelo garoto ter ido embora. Ela foi até a sala comunal da Sonserina depressa e procurou por Goyle.

— Ei! — ela chamou. — Draco está aqui?

O garoto negou. — Ele saiu quase agora. Acho que foi para casa.

Tianyi ficou sem saber o que fazer. Draco certamente estava magoado e teria ido para fora da escola para aparatar para a mansão. Ela foi para o quarto e passou a mão sobre o colar de safiras, pensando em como faria para ver o garoto. Ela abriu a janela e esperou que sua coruja aparecesse para entregar uma carta para sua mãe.

𝑪𝒐𝒏𝒔𝒕𝒆𝒍𝒍𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏𝒔 𝑨𝒃𝒐𝒗𝒆 𝑼𝒔 • 𝐷𝑟𝑎𝑐𝑜 𝑀𝑎𝑙𝑓𝑜𝑦Onde as histórias ganham vida. Descobre agora