Uma Segunda Chance

11-Lembranças

Parece que quanto mais me desapego das lembranças angustiantes menos vontade tenho de escrever algo que possa fazer a diferença.

Itarcio A. L.

— Estou linda?

— Perfeita mãe— e essa é a vigésima vez que ela pergunta isso— Tem que se acalmar você faz isso todos os anos

— Eu estou calma.

— Vou pegar uma bebida pra você
— fui até o bar que foi montado perto da piscina especialmente para esta ocasião.

Minha mãe em todo aniversário dela ela comemora com um jantar em família,  mas acaba saindo do controle e tem mais convidados do que realmente teria.

Dona Sofia não parece que está fazendo 55 anos se cuida bastante porque não gosta de cirurgias ou qualquer outro procedimento estético, o momento de beleza dela se baseia em cremes bons, colágeno e bastante vitamina e exercícios assim como eu.

Seus lindos cabelos curtos sedosos são de dar inveja,  o loiro médio Reluz com a luz do ambiente o vestido longo da cor vermelha que moldava sua cintura a deixava elegante.

Ofereço o líquido Rosa a ela.

— Obrigada querido,  o que seria de mim sem você— pronunciou querendo apertar minha bochecha.

— Eu sou bem grandinho mãe —  me esquivei.

— Para uma mãe um filho nunca é crescido demais— olhou sorrindo para mim.

— Tenho mesmo que ficar recebendo os convidados com você?

— É uma tradição e tradições não devem ser quebradas, nunca
—  encostou sua mão em meu peito

— Entendido dona Sofia.

— Amor— chegou me dando um beijo
—  Sofia,  parabéns espero que goste do meu presente— disse sorrindo e entregando a minha mãe ou tentando pelo menos.

— Obrigada querida,  os presentes fica naquela mesa.

— Ô! certo .

— se quiser me esperar sentada lá dentro.