19-Perseguida

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Temos de considerar criminoso todo e qualquer incitamento à intolerância e à perseguição.

Karl Popper 

"Não dá para imaginar como será minha vida daqui para frente, depois de tanta luta, tanta dor, o reencontrei novamente, de uma coisa eu tenho certeza continuarei o amando com a mesma intensidade do dia em que o encontrei naquele verão em Paris"

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"Não dá para imaginar como será minha vida daqui para frente, depois de tanta luta, tanta dor, o reencontrei novamente, de uma coisa eu tenho certeza continuarei o amando com a mesma intensidade do dia em que o encontrei naquele verão em Paris"

- fim - assim eu terminei a leitura para o público.

- Ô mas já?- deixando uma sensação de melancolia.

- agradeço a todos por me ter recebido tão bem-. me despedir com leve acenar de cabeça, as palmas veio logo em seguida.

- trabalho terminado- recebo uma taça de champanhe da minha amiga.

- foram dias intensos e emocionantes.

- seria muita audácia minha incluir esclarecedora!- nesse caso ela quis dizer que devo esquecer o Caio Moretti, já que agora ele é casado e provavelmente está em sua lua de mel.

- devemos cancelar o contrato?

- ficou louca? você acha que vou deixar você pagar meio milhão?

- não pensa nos sentimentos da sua amiga - fiz uma carinha triste, qui na minha cabeça a faria mudar de ideia.

- é por isso que estamos aqui nesse lugar, que mais parece que foi cuspido de um livro de contos de fadas- fez cara de nojo - e com os nossos celulares desligados.
A senhorita vai entrar naquela editora de cabeça erguida.

- não sei se consigo!

- pode apostar, você consegue- sorrio agradecida, é tão bom quando você tem alguém que te apoia que torce por você-

- obrigada por acreditar em mim- lhe dou um abraço.

Pessoas entravam e saíam da livraria, mas meu olhar vai direto para aquela fachada de vidro, aquela boina, aqueles olhos azuis as palavras "só minha" me fazem engolir em seco, deixo a taça cair e estilhaçar no chão o líquido banha o piso de madeira.

- Laura tudo bem?

- desculpe escorregou, desculpa eu preciso....- uma onda de adrenalina me toma, não sei da onde veio toda essa coragem só sei que corri em direção aquele homem.

A rua estreita continha poucas pessoas, meus olhos percorreu o local ele tinha sumido.

- amiga o que tá acontecendo?

- nada.

- como nada? você tá parecendo uma louca correndo assim pela rua, podia ser atropelada- preocupação um instinto que a Paula sempre teve comigo.

- eu pensei ter visto alguém.

- o Caio?- menti balançando a cabeça - amiga ele se casou, esquece ele, não vale a pena se machucar.- eu mentia muito bem ou ela não percebia minha cara de pavor

Uma Segunda Chance Where stories live. Discover now