Capítulo 3-parecia um aviso

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AUTORA:

itálico= morte

negrito itálico= parsel(língua das cobras)

5 de setembro de 1942.

O rosto vermelho e porco de Vernon Dursley sorriu para ele. Seu forte aperto sufocando a vida do jovem Harry, a outra mão segurando uma cabeça cheia de cabelos ruivos.

"Bruxas precisam ser queimadas!" Ele gritou, arrastando alegremente as duas crianças para uma pilha de madeira. "Você assiste, rapaz, o que nós, pessoas normais, vamos fazer com você maluco."

Harry caiu no chão molhado, a frieza da grama agarrada à pele, e olhou para os rostos na pira.

Ginny. Hermione. Ron. Sírius. Luna. Mãe. Papai. Remus. Tonks. Neville. Decano. Seamus. Colin. Olho Louco. Até Edviges foi colocada em um poste de madeira, a vermelhidão de seu sangue ainda escorria por sua frente nevada.

"NÃO!" Harry gritou, tentando avançar, mas seus braços estavam muito lentos e seu corpo não se movia de onde estava – parado e entorpecido.

Ele assistiu em vão enquanto Petúnia trazia um pedaço de fogo, um grupo de trouxas sem rosto aplaudindo ao fundo, e acendia fogo no fundo da pira.

"POR FAVOR! PARE!" Seus gritos não eram ouvidos, e era tão difícil falar enquanto a fumaça negra o sufocava.

Os sons de riso de Vernon, Petúnia e Dudley subiram acima dos gritos de seus amigos e familiares.

"NÃO! PARE."

Sentou-se, encharcado de suor, e piscou cansado na escuridão. Harry demorou alguns instantes para perceber que tinha sido um sonho, e que seus amigos e familiares não estavam realmente sendo queimados vivos pelos Dursley. Lançando um Tempus, Harry viu que eram 5h49 e decidiu que não havia razão para tentar adormecer novamente. Ainda grogue, ele foi até o banheiro.

"Oh, desculpe", murmurou, quase entrando em uma figura.

"Tudo bem", respondeu Hector Lestrange, "Ei, você está bem? Você parece muito pálido de novo."

"Pesadelos", Harry disse baixinho, sem querer entrar em detalhes para o garoto que o assustou mais do que Tom. Não havia nada em particular sobre Hector Lestrange que o fizesse parecer assim... alarmante. Ele era o oposto de Bellatrix, até mesmo em personalidade. O menino estava quieto, retraído, com cabelos lisos, loiros, tão curtos que não passavam das orelhas. Mas sua aura... a magia que o rodeia. Parecia errado, errado. Como se houvesse algo podre escondido dentro dele, pronto e esperando para atacar sempre que Harry baixasse a guarda. Lestrange tinha sido perfeitamente educado com Harry nos últimos dias, e por isso se sentiu mal por evitar o menino.

"Eu entendo", Lestrange segurou firme em seu copo de água, antes de retornar ao dormitório e deixar Harry sozinho no banheiro de mármore. Ele espirrou água no rosto, tentando se refrescar, antes de entrar no chuveiro e passar uns bons vinte minutos só pensando. Pensando na Morte, no Tom, nas Horcruxes, no Dumbledore, no Grindelwald, nos Peverells. Foi bom para Harry ter tempo para pensar, e refletir, sobre o que exatamente ele precisava fazer. Ele até tirou uma página do livro de Hermione e compilou uma lista.

Era um sábado, então não havia necessidade de Harry acordar tão cedo (mesmo que ele tivesse muito trabalho a fazer) e certamente não havia necessidade de Tom estar acordado tão cedo. Então, quando Harry saiu do banheiro, com os cabelos úmidos e agarrados ao pescoço, ele ficou surpreso ao ver Tom sentado de pé na cama de Harry.

"Tudo bem?" Harry arriscou.

"Você tem que fazer algo por mim", Tom simplesmente respondeu: "Sente-se".

Good night, darlingDonde viven las historias. Descúbrelo ahora