Chapter One - 14ª víctima

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07:34 Qua., 31 de maio.

Coreia do Sul - Busan

~•~

Pov: Park Roseanne

- Hoje dia 31 de maio temos a má notícia de que a décima terceira vítima está nas mãos do maníaco do sequestro. - Suspirei pesadamente ao ouvir o jornal da televisão, soltei a colher de sucrilhos no prato e cocei minha testa.

A jornalista estava com suas roupas de trabalho, blaser e calça social. Mesmo tentando esconder, ela ainda transparência um pouco de preocupação.

- Lalisa Manoban de também 17 anos foi dada como desaparecia pela sua mãe hoje cedo depois de 5 dias longe de casa. A mãe diz que não foi a delegacia antes porque achava que sua filha estava na casa de sua amiga, Lee Miyeon. O policial Kim concluiu que foi o mesmo sequestrador das outras vítimas após um vídeo de um homem, até agora não identificado, todo encapuzado puxando ela pra dentro da mesma van que pegou as outras garotas. Porém, dessa vez o veículo foi encontrada no ferro velho que é apenas alguns km afastado da escola de todas as vítimas. Estão procurando provas para concretizarem que é mesmo o maníaco do sequestro que atacou novamente - concluiu sua notícia, olhou para atrás da câmera e era como se estivesse dando bronca em alguém com apenas o olhar.

Fiz um som de negação com a boca e tirei meus olhos da mini televisão que havia ali no balcão da cozinha.

Mais uma? Onde ele está colocando todas essas meninas? Ele vai parar algum dia? Quem será a próxima? O que ele está fazendo com elas? Elas estão vivas?

Respirei fundo, tantas perguntas e nenhuma resposta, isso me assusta.

Olhei para minha mãe e ela estava com o famoso pano de prato no ombro enquanto prestava atenção na notícia, sua feição estava evidentemente preocupada e assustada, quem não ficaria?

- Merda, e esses policiais não encontraram nada sobre o sequestrador ainda? - Chun, meu irmão mais velho foi quem perguntou entrando pela porta da cozinha, minha mãe suspirou pesadamente e negou apenas com um movimento com a cabeça.

- Outra menina de 17 anos e é a filha da louca da Vick - falei - ela trabalha no mercado do vô da Bora.

- Conhece ela? - Chun voltou a perguntar, neguei.

- Só de vista na verdade, é lá da escola - dei de ombros.

- Hoje faz exatamente 1 ano que a primeira vítima foi pega, sua família está devastada, a mãe de Kim Jisoo está no hospital a semanas internada por pura preocupação e medo de que nunca mais veja sua filha - a jornalista voltou a dizer. 1 ano, 365 dias, imagina o desespero dessa família...

No total são 13 vítimas desde que tudo isso começou, será que elas ainda estão vivas? Espero do fundo do meu coração que sim, mas sei que isso é quase impossível.

É o mesmo cara? Ele tá tendo ajuda? Onde ele tá colocando as garotas?

Isso tudo tá me enlouquecendo.

- Vai e volta com seu irmão da escola - meu pai disse já com sua maleta na sua mão direita, veio até mim e beijou minha cabeça, encarou meus olhos - e nada de sair de casa - fiz uma careta.

- Mas pai... Eu vou no shopping com a Bora hoje - reclamei, ele negou de imediato.

- Nada de sair de casa - Continuou com a voz séria, revirei meus olhos e olhei para minha mãe que levantou uma de suas sombrancelhas.

- Se seu pai disse, tá dito - disse simples me fazendo bufar ao não tê-la ao meu lado.

Voltei a olhar para meu pai que sorriu vitorioso, fiz uma careta pra ele que riu negando.

Presas no inferno Onde as histórias ganham vida. Descobre agora