Chapter eight - otro día en la oscuridad

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Semanas mais tarde...

Pov: Park Yoo-chun

~•~

Olhei para minha mãe e derrubei meus ombros ao vê-la com os olhos vermelhos e cheio de lágrimas, ela olhava para a televisão mas estava mais perdida do que prestando atenção em algo.

Engoli em seco e olhei para minhas mãos.

Se eu tivesse ficado mais no pé de Rosé, se eu tivesse ido na sala dela pra levar ela até a outra sala ela ainda estaria aqui, ela não teria ido embora sozinha e ele não teria pego ela.

Eu não consegui fazer a única coisa que meus pais me mandaram fazer, nunca me senti tão inútil.

Não saber onde ela está e ver o quão minha mãe está abatida por isso me machuca demais, me quebra por dentro.

Me machuca a saudade, o medo, tudo é pesado demais pra mim, imagina como tá sendo pra ela...

Meu pai tá sendo muito forte, desde que minha irmã sumiu ele tá fazendo de tudo juntamente a polícia para encontrá-la, sei o desespero que ele sente porque eu sinto exatamente o mesmo.

Já minha mãe tá em um estado depressivo onde eu, meu pai e minha tia temos que fazer coisas básicas, ele da banho nela e eu e minha tia fazemos o restante já que ele fica praticamente o dia inteiro na delegacia junto com o policial Jung Wei e a Kim Hyujin cuidando do caso.

Não tá fácil pra mim mas eu tô sendo forte pela minha mãe, eu tô tentando não demonstrar o tamanho do peso da culpa que me corroe dia após dia que minha irmã não é encontrada.

Eu tô tentando manter a fé mesmo depois dessas malditas semanas sem saber nada dela, eu tô tentando não perder a esperanças de que vamos conseguir tirar ela de onde quer que ela esteja.

- Ei Chun - Ouvi minha tia me chamar - o almoço está pronto, vem - olhei para minha mãe e suspirei.

- E ela? - voltei a olhar para a tia, ela derrubou seus ombros e soltou um suspiro cansado.

- Eu vou dar comida dela aqui - sorriu - vem antes que esfrie - se virou e voltou para a cozinha, me levantei e fiquei em frente ao corpo de minha mãe.

- Você vai comer bem hoje? - ela como sempre me olhou com os olhos vazios.

Encarou meus olhos e vi eles se encherem d'água, mas diferente de todas as outra vezes ela sorriu, um sorriso triste, mas ela reagiu o que é algo.

Trouxe sua mão até meu rosto e fez um carinho nele, sorri sentindo minha garganta arder ao sentir o toque dela.

- Eu te amo mãe - Falei baixinho, ela sorriu mais uma vez e juntou nossas testas, fechou os olhos e respirou fundo.

- Eu também te amo filho - Voltou a abrir seus lindos olhos - vai comer - Assenti e me levantei em um pulo.

- Por quê não vem comer na cozinha? - ela negou.

- Eu como aqui - Assenti e fui fazer o que ela mandou, ela reagiu.

Meu coração não tá tão pesado quanto antes.

- Ela reagiu tia - Falei animado, minha tia me olhou e sorriu largamente, não é a primeira vez que ela reage a algo, mas eu sempre fico extasiado quando acontece - isso é bom né?

- Sim, isso é ótimo - Sorriu - Bom, vou dar comida pra ela na sala, põe a sua e se junta a nós lá, pode ser? - Assenti.

- Ok, pode deixar - a vi sair dali me deixando sozinho.

Presas no inferno Onde as histórias ganham vida. Descobre agora