Chapter Three - Malas decisiones.

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17:56 Qua., 31 de maio

~•~

Pov: Park Roseanne.

Senti minha cabeça latejar ao sair do sono em que estava, demorei para abrir meus olhos por estar com a cabeça pesada de tanta dor. Uma dor insuportável, doi da parte de trás até a parte da frente, sentia as veias da testa pulsarem fortemente e meu corpo estar dolorido como se eu tivesse levado uma pisa.

Engoli em seco sentindo a minha garganta e lábios secos, eu preciso de água.

Abri meus olhos e vi tudo embaçado, mal enchergava alguma coisa, além da ardência nos olhos que eu sentia por ter luz branca e forte ali.

Apertei meus olhos e me movimentei naquela... Imagino que cama, dali, mesmo dura ainda havia algo que deixava ela menos insuportável que o próprio chão. Voltei a abrir os olhos e olhei para o teto que era feito de terra... Mas que porra é essa?

Me sentei de imediato na cama e senti minha visão escurecer e uma tontura insuportável chegar com força.

Fechei os olhos e coloquei minha mão em meu rosto coçando meus olhos até a tontura passar, voltei a abrir meus olhos e olhei ao redor.

Estava tipo em uma cela mas feito de terra, como se eu tivesse embaixo da terra, no subterrâneo de algum lugar.

Perto da parede em frente a cama havia uma privada e uma pia que estavam ambos podres, haviam manchas de sangue nelas e até mesmo manchas de cocô, meu Deus o que deram para a pessoa ter se cagado desse jeito?

Voltei a olhar ao redor e vi que havia algumas "celas" como a minha na parede da frente, me levantei e fui até a grade.

A cela em frente a minha estava vazia, mas a do lado direito dela havia uma pessoa.

Conseguia ver o tenis adidas azul em um pé pequeno, nada mais que isso.

- Ei - chamei, o que recebi foi que o pé sumiu de minha visão por ela talvez ter se encolhido. Aquilo era uma mulher, um homem não teria um pé tão pequeno - Ei, onde estamos? - perguntei novamente não tendo respostas.

Suspirei e tentei abrir a grade, mas desistir ao vê-la trancada com cadeados e correntes.

- ME TIRA DAQUI - gritei, mas ouvi apenas sons de reprovação vindo da pessoa a frente e mais um que suspeito estar ao meu lado - SOCORRO, ME TIRA DAQUI SEU FILHO DA PUTA - bati na grade, bufei ao não aparecer ninguém.

Continuei gritando e me esperneando até perder a voz ali, o que durou muito, muito tempo.

Me sentei exausta e encostei na grade ao me dar por vencida.

A vontade de chorar chegou, eu quero a minha mãe, eu quero a minha casa.

Deitei minha cabeça em minhas pernas e deixei o choro esvair, eu só quero estar em um pesadelo.

Foi uma péssima ideia eu ter ido sozinha, eu deveria ter esperado, por quê eu não fiquei? Por que eu não fui pra sala da Bora?

Mamãe deve estar preocupada... Merda eles devem estar muito preocupados.

Mais eu chorava, mais eu sentia vontade de derramar as lágrimas, eu sentia raiva, medo, angústia.

Eu sentia uma péssima mistura de todos os sentimentos ruins que existe nessa merda de mundo e na minha cabeça. Meu coração dói só por imaginar como minha mãe deve estar.

O que ele quer comigo? Eu vou morrer aqui dentro juntamente a essas meninas?

Eu quero ir embora, eu quero a minha mãe.

Presas no inferno Where stories live. Discover now