Capítulo 4: 4 - Reflexões e Devaneios

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Notas da Autora:

Vou dizer que estou gostando de escrever capítulos grandes, mas não me xinguem se eu começar a demorar entre uma postagem e outra.

Infelizmente, bloqueio criativo é mais presente na minha vida do que eu gostaria que fosse.

Para não perder o costume, contém erros que serão editados depois.

Espero que gostem do capítulo de hoje e Boa leitura!

Contagem de palavras: 3696

"Ah, pronto...

Lá ele mil vezes."

*



—Minha esposa me odeia e eu sou um péssimo pai.

—Quem te disse isso? -parecia curiosa.

—Ninguém. Não precisa ser um gênio para descobrir, basta observar os olhares e o dia-a-dia dentro de casa. -Suspira, enquanto entrelaça uma mão na outra.

—Talvez não seja verdade, Sr. Afton.

—É esse "talvez" que me mata, querida.

§

Quando o osso do pescoço estalou entre seus dedos longos, a melodia animada e calma de Video Killed The Radio Star (The Buggles) soou por seus ouvidos atentos, acompanhada do momento em que a alma deixou o corpo sem vida nos braços do enlouquecido. Enquanto o mesmo atingia seu próprio prazer e orgasmo.

Sentindo-se orgulhoso do que havia feito, ele joga o corpo para o lado como se não fosse nada, enquanto desmanchava-se em risadas limpando o pênis, agora flácido. Não havia sangue sobre os bancos de couro além de sêmen, o que deixaria o trabalho ainda mais fácil. Foi mais simples do que ele imaginava, quando a prostituta entrou em seu carro achando que tiraria uma ótima nota de seus bolsos recheados.

A morena não fazia ideia de que estava prestes a entrar na carruagem da morte, que portava um potente motor V8 supercharched com trezentos e noventa cavalos de força, com uma roupagem roxa da carroceria e de nome Mustang, popularmente conhecido. Um gosto peculiar, eu diria.

House of the Rising Sun (The Animals) tocou no rádio depois de longos minutos em que o homem apreciava sua primeira obra de arte, o fazendo sentir-se ainda mais poderoso e fora da lei. Como se cometer um assassinato já não fosse o suficiente. Acendendo seu charuto Cohiba Talismán, o homem alto, magro, mas em forma, deu partida em seu automóvel em busca de um bom lugar para descartar o corpo posto no banco de trás.

Deu um jeito de jogá-la em um matagal qualquer, mas que fosse isolado o suficiente para não causar alvoroço nas proximidades. Precisou andar de meias, enquanto seus pés estavam envoltos de sacolas plásticas sobre o solo úmido para não deixar pegadas tão evidentes caso o corpo fosse encontrado dali algum tempo, anos ou dias, até mesmo horas. Vai saber.

Ele não era nem um pouco idiota até onde sei, muito menos burro e até mesmo sua porra que estava espirrada entre as coxas da mulher ele limpou. Ele já planejava aquilo de alguma forma, mantendo produtos de limpeza escondidos em seu carro, os quais ele usou para limpar a cena do crime.

Quando as pernas da mulher já estavam escondidas sob alguns arbustos selvagens, ele voltou para o carro, arrastando alguns galhos com folhas por cima das possíveis pegadas em ziguezague para apaga-las. O automóvel estava sobre o asfalto, não causaria nenhuma marca de pneus, ao menos que o dono dos olhos prateados saísse cantando pneus. Ele não era idiota, como sabemos.

Meu Segundo EmpregoWhere stories live. Discover now