Capitulo - 10

1K 73 14
                                    


Meu pesadelo

Amanda Leth Salvatore

Eu me encontrava na sala de pintura, eu pintava quando ficava nervosa, ou quando não estava nada bem, até as coisas indo bem eu pintava. A sala de pintura era escondida, nos fundos e bem no porão, deixava essa parte separada para que minha mãe nem desconfiasse, já que tinha outros quartos separados, o quarto de instrumentos e o quarto com meus livros.

Se a minha mãe soubesse que pintava e desenhava escondido ela queimaria tudo sem nem pensar.

Ela sempre falava que era a pior perda de tempo, martelava as palavras que eu estava me distraindo com besteiras, eu sempre me sentia bem pintando, na verdade eu amo pintar e desenhar. Das memórias de quando eu era pequena eu me lembro que via uma mulher sentada em frente a um quadro pintado, tinha cabelos longos cacheados e uma pele igual a minha.

Mas nunca chegava as outras partes desse breve flash.

Ela sempre aparecia aleatoriamente nos meus pensamentos, eu lutava para lembrar de mais alguma coisa, mas nunca passava disso.

Meus pais adotivos sempre me proibiam de procurar pelos meus pais biológicos, mas sempre acabava em briga pelo pequeno motivo de tocar nesse assunto. Até que parei de perguntar e deixei para lá, esperava completar meus 18 para procurar por eles eu mesma.

Eu sempre pintava animais, paisagens e o céu, o que eu mais pintava, diferentes formas. Da lua, estrelas ou o pôr do sol.

Amava meus desenhos, desenhava muita coisa, flores, animais e até mesmo objetos, mais sempre estava focada em desenhar animes, tipo, Naruto, One Piece, Kimetsu no Yaiaba e outros, mais eu sempre amei Naruto, com aquele jeito ninja fica difícil desistir.

Nunca desistir, apesar de fazer tudo depois dos meus 18, vai ser tarde, um pouco, mais vou me liberta da segurança insuportável dos meus pais adotivos e vou fazer o que eu bem quiser.

Apesar que já era um castigo ouvir ordens, regras que somente eles mesmo ditavam, não sabia se era por ser eles mesmo ou se era por eu ser diferente e depois ter se arrependido de ter me adotado, isso fazia meu peito doer, já chorei bastante sobre todas as coisas que aconteciam, mesmo chorando fui obrigada a engolir lágrima por lágrima. Meu pai dizia que choro era a pura demonstração de fraqueza, ele sempre me chamou de fraca e fazia questão de dizer isso na minha cara. Helena sempre me desprezava pelos meus erros na ginástica e na dança, fora o canto e o instrumento, ela nunca entendeu nada sobre as coisas mas deixava claro que sabia o que estava errado.

Me assusto com o celular tocando.

Me levanto limpando minhas mãos na toalha que já estava suja de tinta, vejo que é Fábio meu professor de dança.

Logo atendo levando o celular para meu ouvido.

Oi meu baby. - Falou o professor.

Oi profi, você está bem? Por que me ligou?. - Pergunto preocupada.

Eu só liguei pra avisar que seu violino acabou de chegar. - Respondeu me avisando.

Ótimo, estou indo buscar, já estava com saudades de tocar ele. - Falo animada.

- Estou te esperando para entregar.

Já chego aí, tchau. - Respondo apressando os passos.

Tchau,beijos. - Falou ele.

Desliguei e fui correndo para meu quarto, me olhei no espelho e estava toda suja de tinta, fui para o banheiro me livrar de todas aquelas cores.

Entrei para debaixo do chuveiro e tomei um banho tirando todas as cores de tintas que estavam no meu rosto, braços e pernas. Terminando fui em direção ao meu closet e procurei por uma roupa simples, então peguei um short curto azul escuro e uma camisa manga longa cinza, calcei um tênis e fui ao banheiro escovar meus dentes, peguei hidratante labial passando em meus lábios e arrumo meu cabelo.

𝑷𝒓𝒐𝒕𝒆𝒈𝒊𝒅𝒂 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝑺𝒕𝒂𝒍𝒌𝒆𝒓 Onde histórias criam vida. Descubra agora