Marque Minha Pele | Larry Stylinson A.B.O

Prólogo

Louis acordou satisfeito consigo mesmo. Mesmo que suas costas estivessem doendo como o inferno, e que ele tenha passado frio durante a noite, ainda assim ele estava satisfeito.

Acontece que finalmente, ele estava em uma casa que era sua.

Bem, era alugada. Mas ainda assim era dele, se ele pagasse o aluguel.

A coisa é: finalmente ele morava sozinho. Ele almejou isso durante a adolescência inteira, e quando finalmente terminou o ensino médio, a primeira coisa que fez foi procurar um emprego que o fizesse ser independente.

Não o levem a mal, isso não era ingratidão. Mas Louis era como um passarinho, e ele queria voar. E isso não era possível com sua madrasta o tempo todo o privando de fazer tudo, justificando com o fato dele ser ômega.

Uma verdadeira preconceituosa.

Então finalmente, depois de três meses recebendo um salário consideravelmente bom, ele alugou um apartamento próximo do café em que ele trabalhava.

Mesmo que ele ainda não tivesse móveis, e isso era o motivo de sua dor nas costas (dormir em cima de uma montanha de cobertores não era nada confortável), ainda assim, ele estava satisfeito.

E agora, o próximo passo. Uma tatuagem.

Ele sempre quis saber como era a sensação de ter uma tatuagem, e pra sua sorte, na esquina do seu apartamento havia um estúdio de tatuagem. E era pra lá que ele estava indo.

- Tem certeza, cara? - Niall, seu amigo de infância quis se certificar, antes que os dois entrassem no estúdio. O loiro também era um ômega, e os dois sempre estudaram juntos. - Sabe, acho que ao invés de fazer a tatuagem você deveria comprar uma cama.

- Posso aguentar mais um mês de dor nas costas. - Louis deu de ombros, finalmente abrindo a porta do lugar, e entrando no local, que tinha paredes pintadas de vermelho, e vários papéis desenhados na parede, demostrações de tatuagens pra se fazer. - Olá, eu tenho um horário marcado. - Ele disse ao atendente, que sorriu assentindo, estendendo a mão para cumprimentá-lo, enquanto Niall observava tudo ao seu redor.

- Eai cara. - O atendente moreno falou, sorrindo pequeno, estendendo a mão pra Niall também, que o cumprimentou rapidamente. Também era um ômega, e o loiro estranhou um ômega trabalhando num local como esse. - Então, o Harry que vai te tatuar, beleza?

- Uh, tudo bem. - Louis assentiu, porque realmente não tinha importância pra ele, desde que a tatuagem ficasse bonita.

- É só aguardar, já já ele chega. - O moreno deu de ombros, e Louis revirou os olhos internamente. Ele odiava atrasos, mas concordou e se sentou ao lado de Niall, que ainda tinha um olhar relutante.

- Tem certeza mesmo?

- É só uma tatuagem, fica tranquilo. - Louis sussurrou, repreendendo Niall com o olhar, ele virou a cabeça ao ouvir o barulho da porta ser aberta, e um alfa alto de cabeça baixa entrar apressado, passando direto por eles e indo pra uma sala que ficava no fim do corredor.

- Você pode ir, Louis. - Zayn falou, acenando com a mão e indicando a direção. - Seu amigo vai ter que esperar aqui, tudo bem?

Louis concordou com a cabeça. Ele deu um último olhar a Niall, que mordia os lábios em nervosismo como se ele que fosse ser tatuado.

O ômega caminhou em direção a sala, passando pela porta hesitante, e o alfa estava de costas, higienizando a maca com um pano embebido em álcool.

- Oi. - Louis murmurou, colocando suas mãos em seus bolsos.

- Oi. Vai ser a tatuagem do Pac Man então? - Ele ouviu a voz rouca pela primeira vez, sentindo seu corpo fraquejar, porque ele tinha uma queda por vozes roucas.

- É. Bobo demais? - Louis perguntou, e o alfa de cabelos cacheados negou com a cabeça, ainda de costas para o menor.

Harry se virou, com um sorriso no rosto, e olhou o cliente pela primeira vez.

E Louis congelou quando os olhos verdes pousaram nos seus. Seu corpo começou a suar, e uma sensação de revirar de estômago o fez sentir náuseas. Seu coração acelerou, e ele sentiu sua boca ficar seca. Seus caninos cresceram consideravelmente, o incomodando, e ele sentiu uma tontura, se segurando no batente da porta.

- Você tá bem? - O alfa perguntou, se aproximando do ômega, que deu um passo pra trás, ofegante.

Louis estendeu as mãos, vendo como elas tremiam.

- Desculpe. - O ômega pediu, se virando e correndo pra fora da sala, saindo do estúdio sem dizer nada, deixando pra trás o tatuador confuso, e Niall correu atrás dele, preocupado.

- O que houve Lou? - o loiro perguntou, segurando nos ombros do ômega, que estava ofegante e pálido.

- Eu acho que... Eu tive a porra de um imprinting.

-

Oi :)