LOVER- joão neves
Madalena Félix, mais conhecida infelizmente pelo sobrenome e os seus irmãos extremamente talentosos no mundo do futebol, mas apesar disso Lena nunca se importou com isso pelo orgulho que tinha nos irmãos. Lena toma a grande decisã...
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COLOQUEI O CACHECOL a volta do pescoço e fui até a sala onde o meu mano esperava sentado no sofá já a minha espera.
— Finalmente! — ele suspirou e levantou-se tirando as chaves da mesinha e abrindo a porta da entrada.
— Nem demorei muito tempo desta vez. — ele riu como se o que eu tivesse dito fosse muito engraçado, e era, porque eu admito que tinha demorado muito tempo.
— Nem vou comentar.
Eu ri da resposta dele e seguimos pelo elevador até ao estacionamento, onde entramos dentro do carro e saímos a caminho do estádio da luz. Aproveitei para retocar o batom de novo e ajeitar o meu cabelo, e depois aproveitei a música e as conversas animadas do meu irmão até ao nosso destino.
— Mano, deixa-me aqui que eu vou comprar uma coisinha a loja e vou-me encontrar com as meninas lá. — eu disse e ele deixou-me numa das entradas da luz e seguiu caminho sem fazer perguntas. Caminhei para dentro das lojas e fui diretamente para a loja, onde comprei um cachecol novo, dos personalizados que eu obviamente escolhi o meu 87. Aproveitei para ir a casa de banho e sai de lá toda felizinha até ao sítio onde ia ter com as meninas.
Esperei durante uns minutos a frente da estátua do rei Eusébio, até ver as minhas duas morenas caminhar até mim. Quase que corri até elas e envolvi as mesmas num abraço bastante apertado.
— Tinha imensas saudades vossas! — eu disse e elas riram e comentaram o mesmo.
Entramos dentro do estádio e fomos atrás dos lugares ao lado do meu irmão e dos amigos, onde sempre ficávamos, a Maria ignorou ao máximo a presença do Hugo e o mesmo olhava para ela com um olhar triste. E eu estava triste pelos dois mas preferi ficar caladinha no meu sítio.
Obviamente que fui buscar um dos meus cachorros quentes do estádio que eu tanto amo e voltei para o meu lugar para esperar pelo o jogo difícil que tínhamos pela frente, começei logo a roer as minhas unhas pelo nervosismo. Odiava jogos difíceis e não gostava nada do que a equipa do Porto se tinha tornado.
— Caralho eu vou ter um ataque. — murmurei e a Rodrigo riu ao meu lado.
— Basta eles jogarem bem, Lena. — ela disse e eu concordei.
— Vai correr tudo bem. — o meu irmão deu-me a mão e só então notou o nome que eu tinha nas costas a camisola que o João me tinha presenciado no aniversário e fechou a cara. — A sério, Lena? — perguntou e eu ergui as sobrancelhas a perguntar um como assim, e ele apenas virou a cara para a frente e eu dei de ombros.
Observei os jogadores entrarem e todos tinham a cara trancada, isto vai ser difícil. O jogo começou e jogávamos muito bem, logo aos oito minutos ouve um autogolo do guarda redes Diogo Costa e nós todos pulamos feitos loucos enquanto o estádio todo celebrava o 1-0.
A nossa felicidade demorou pouco tempo para acabar quando o Porto marcou o golo do empate, mandei a merda todos os jogadores da equipa adversária de tanta raiva. Eles conseguiram marcar mais um trazendo a tristeza para o estádio inteiro, eu estava quase para chorar mas mesmo assim ainda tive tempo para mandar o árbitro para o caramba depois de ter dado cartão amarelo ao António. O jogo acabou por terminar com uma derrota para nós e o nosso grupo não podia estar mais triste.
Sai do estádio cabisbaixa e fiquei ainda mais triste quando olhei para a carinha do António e do João. O Tony já era consolado pela namorada e o Neves apenas observava também com um olhar triste. Aproximei-me dele e abracei-o de surpresa, o mesmo retribui e eu apertei-o mais contra mim.
— Tenho a certeza que vão recuperar, Jhonny. — eu disse no ouvido dele e ele apenas murmurou um "hum hum".
— Obrigado pelo abraço. — ele murmurou no meu ouvido também.
— Eu sei que é um momento triste mas eu queria mostrar-te uma coisa. — eu disse assim que nos afastamos e virei-me de costas para ele observar a camisola que ele me tinha dado de aniversário. — Então gostaste? — voltei-me de novo de frente para ele e ele voltou a abraçar-me.
— Óbvio que gostei!
No meio daquele momento triste eu aproveitei para pensar em todos aqueles jogadores que sofreram em campo. Enquanto ainda estávamos no meio da tempestade eu tinha a certeza que o bom tempo estava por vir. E a felicidade dos benfiquistas também...
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capítulo triste
odiei está época do jornada para o 38 eles andavam tão tristinhos
