27- o 38 é real

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ERA QUASE INACREDITÁVEL para mim que estávamos a noventa minutos de sermos campeões nacionais, senti-me assim a semana toda estávamos tão próximos de concretizar o sonho de todos os benfiquistas e eu acreditava na nossa equipa

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ERA QUASE INACREDITÁVEL para mim que estávamos a noventa minutos de sermos campeões nacionais, senti-me assim a semana toda estávamos tão próximos de concretizar o sonho de todos os benfiquistas e eu acreditava na nossa equipa. Neste momento eu cantava em plenos pulmões juntamente com vários adeptos de todas as idades a frente da catedral da luz, "Benfica dá-me o 38" era ouvido em todos os lados.

O Hugo dançava animado com o Edgar no meio das pessoas e a Rodrigo ria enquanto os gravava, a Maria também os observava a rir e a Carol estava com o braço enrolado ao meu enquanto falava ao telefone com o António que neste momento estava a caminho do estádio juntamente com a equipa e estava muito nervoso, estávamos todos.

E eu? Eu estava pensativa, a tentar pensar no melhor possível, mas também a pensar no pior, afastei esses pensamentos da minha cabeça e apenas pensei na equipa que tínhamos construído ao longo da época, unida, amiga, e estava na hora de mostrar aos outros o prémio que receberíamos depois desta época incrível.

— Vamos entrar. — o Edgar fez-se ouvir nos meus ouvidos e seguimos até aos seguranças.

— Tenho de ligar ao Tiaguinho. — o Hugo disse pegando no telefone, dei um sorriso ao ouvir o nome de um dos meus melhores amigos do Seixal. O meu irmão demorou poucos minutos na chamada e logo desligou. — Ele já lá está dentro. — ele disse e nós concordamos. Seguimos para dentro do estádio e encontramos o nosso lugar onde um moreno estava sentado.
Os meninos e as meninas cumprimentaram-se e eu observei até chegar a minha vez.

— Félix. — ele disse enquanto me dava um abraço.

— Já não te via a tanto tempo, Gouveia. — eu disse e ele balançou a cabeça em concordância.

Sentámo-nos todos eu fiquei entre o Hugo e a Rodrigo, cantamos todos as músicas que davam no estádio enquanto observávamos os jogadores a aquecer. O António e o João estavam nos onze, e nós comemoramos todos assim que vimos essa notícia. Depois de devorar um dos meus famosos cachorros quentes o apito foi ouvido o que deu ao início do jogo.

Suei frio logo a partir do início do jogo, toda a gente naquele estádio estava mega nervosa juntamente comigo e com os meus amigos.

— Golo! Caneco! — ouvi o Edgar gritar acordando-me dos meus pensamentos e saltando do meu lugar juntamente com os meus amigos.

— És o maior, Gonçalito! — gritei ao ver o moreno fazer a sua comemoração e os companheiros de equipa saltarem para cima dele.

O jogo continuou, o Gonçalo tinha marcado com apenas sete minutos de jogo. Olhamos todos atentos aos vinte sete minutos, Rafa corria pelo campo como uma flecha e não demorou muito para aos vinte e oito colocar a bola dentro da baliza.

— Dois - Zero Porra. — a Rodrigo exaltou-se fazendo-me rir por ela não se emocionar muito em jogos de futebol.

— Rafael Alexandre no seu melhor. — ouvi o Hugo a dizer ao meu lado e eu concordei. O jogo continuou com a mesma pontuação até a pausa para o intervalo, mas a equipa estava com fome de golo.

LOVER: joão nevesOnde histórias criam vida. Descubra agora