O celestial gosto da liberdade

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Escrito por: Mi_stosf 

Notas Iniciais: Oi, olha eu aqui voltando com a continuação de um universo muito rico que eu não fazia ideia que podia explorar tanto. Sejam bem-vindos à continuação de A miscelânea de se estar sob outra pele. Se você não leu Miscelânea é melhor dar uma passada por lá, antes de vir aqui, pois se não tudo vai ficar confuso, aqui o link: https://www.wattpad.com/story/331408251-a-miscel%C3%A2nea-de-se-estar-sob-outra-pele-yoonmin

Tenham uma boa leitura.

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Jimin inspirava e expirava profunda e lentamente, tentando pôr ordem em seus pensamentos, quase como se eles fossem imprescindíveis para a sua respiração voltar ao normal. Na verdade, para qualquer coisa voltar ao normal.

Mesmo que tivesse acabado de acordar, ainda parecia que não dormia há dias, quase como se nunca tivesse o feito.

Mas...

Como ele poderia?

Havia sangue em suas mãos. Sangue do seu algoz, porém, ainda assim, sangue.

O líquido que manchava tudo o que tocava e deixava marcas enraizadas na alma daqueles que o derramam.

Jungkook não havia morrido. Jimin nem acreditava que ele pudesse, mas ele podia se machucar, e o Park fez isso a ele.

Mesmo estando seguro no pequeno apartamento de Yoongi e Namjoon, ele não conseguia relaxar. A luta de poder que ele e Jungkook haviam travado povoava seus sonhos como uma cicatriz profunda em seus pensamentos.

Ele se lembrava de ver um tom denso de azul por toda parte, quase como se estivesse na parte mais profunda de algum oceano, onde não havia nada além da imensidão de água tão nebulosa que não era possível enxergar nada.

A magia para ele era exatamente da mesma forma. Quando ela se apossava de todo o seu ser, era impossível ver outra coisa que não ela. Jimin não era nada comparado à magia e à força que ela detinha por si mesma.

Era como tentar comparar o tamanho de uma partícula de poeira à grandiosidade do céu: não poderia ser nem sequer contemplado, quem diria medido ou quantificado.

Porém, mesmo sendo imensurável, era poderosa o suficiente para implodir alguém se esse ser não tomasse cuidado e fosse fortemente ganancioso para achar que qualquer um seria capaz de dominá-la.

Esse havia sido o maior erro de Jungkook em sua batalha com Jimin: sua falta de humildade perante sua própria magia e seu próprio poder. Ele se esquecera do quanto era ínfimo perto daquilo que formava sua alma.

Um feiticeiro era apenas uma carcaça oca sem seus poderes, apenas um mero mortal, e foi por isso que ele esqueceu que, se outro ser lhe retirasse seus poderes, ele seria apenas um homem fraco que sabia declamar palavras em uma língua morta que não significariam nada se aquilo que as transformava em um feitiço fosse arrancado dele.

Seis meses antes

Quando o Park ficou para trás e encarou Jungkook, tinha duas certezas. A primeira era que, se pudesse, faria aquele homem pagar por todos os seus crimes com própria a vida, mas aquela não era uma decisão sensata, pois, se Jimin o matasse, como Taehyung ficaria?

A segunda era que tudo seria resolvido com a magia, fosse a que havia dentro dele ou aquela que cercava a todos os que estavam presos por e com o feiticeiro nas celas daquele local.

Ele precisava agir corretamente e devolver as almas que haviam sido roubadas para os seres a quem elas verdadeiramente pertenciam, algo que poderia ser muito difícil, considerando que ele era apenas um possuidor de almas que nunca havia estudado nada além daquilo que o ajudaria em sua função.

A indubitável força do desmesurável renascer | YoonminWhere stories live. Discover now