A indubitável força do desmesurável renascer | Yoonmin

A paz só chega quando o fim é verdadeiro

Escrito por: Mi_stosf 

Notas Iniciais: Oie, estou entre vocês com um capítulo que vai mexer nos rumos da estória.

Tenham uma boa leitura.

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Yoongi acordou rodeado pelos braços de Jimin, como se ele estivesse o cercando para que não fugisse ou estivesse o protegendo do mundo que estava do outro lado da porta de seu quarto.

O telepata se sentiu seguro, como se os braços do Park pudessem ser a sua salvação e a força que precisava para enfrentar qualquer coisa. Era uma sensação estranha, amedrontadora e reconfortante, tudo ao mesmo tempo, quase como se ambos fossem parte de um mesmo quebra-cabeça, no qual sempre que estivesse perto de ser resolvido surgiria uma nova peça, alguma não se encaixaria ou outra desapareceria completamente do tabuleiro.

Além disso, existiam tantos fatores, hipóteses e até mesmo equações que pareciam insolúveis em um primeiro momento sobre a história deles. Ou melhor, a história que eles estavam construindo.

Era como um eterno leilão: sempre que um acabava dando um lance, o outro ia lá e dava um maior, como uma interminável disputa, às vezes saudável, às vezes não tão saudável assim.

Porém, ainda que não fosse daquela maneira o tempo todo, Yoongi sabia que nada em sua vida seria apenas uma coisa só o tempo todo. Nada nunca havia sido dessa maneira, sua relação com Jimin era a prova viva disso, até porque, antes de tudo, eles se odiavam profundamente, até chegarem a um lugar comum.

E, por mais que não tivessem começado da maneira mais convencional, o fato de os dois terem ficado presos ao corpo um do outro ajudou-os a entender melhor o que cada um queria.

Não foi fácil, mas só de Yoongi poder acordar e olhar o rosto adormecido de Jimin e ver que ele estava bem apesar de tudo, já era uma grande coisa para ele. O Min se sentia imensamente sortudo por poder presenciar o ex-possuidor de almas recomeçar a sua vida, mesmo que ainda estivesse sendo julgado por todos e sempre andasse em uma linha tênue entre a culpa e a resignação.

Jimin estava tentando se reconstruir e isso dava forças para o telepata fazer o mesmo. Era algo muito maior do que sua troca de corpos, ou o estado de saúde de Taehyung, ou o afastamento de Namjoon. Os dois haviam nascido novamente depois de quase apodrecerem profundamente dentro de um corpo que não era o deles.

Era muito para sentir e absorver, e poder restaurar a si mesmos era ainda mais.

Entretanto, ainda tinha muita coisa a ser resolvida, e as perguntas que rondavam a cabeça de Yoongi precisavam ser externadas para o Park. Mesmo que fosse muito pouco, era algum lugar para começar.

Talvez, com as perguntas certas, eles chegassem a algum lugar e até mesmo tivessem algo concreto que pudesse fazer Taehyung voltar ao normal.

O telepata precisava falar com o ex-possuidor de almas o quanto antes, mas, naquele momento, iria aproveitar o pouco de paz que ainda lhe restava antes de conversar sobre algo que machucava profundamente Jimin.

[...]

Jungkook estava ansioso. Chanyeol era uma pessoa de difícil leitura, o que deixava quase impossível saber o que se passava em sua cabeça.

A carta que havia o entregado não saía de suas mãos há alguns dias, era como se a notícia que ele tinha um filho estivesse sendo processada muito lentamente, e isso não era bom para os planos de Jungkook.

Eles precisavam agir logo. Existia muita coisa em jogo e o feiticeiro não poderia arriscar mais uma vez perder tudo de novo, não era hora para sentimentalismo barato. Sanggi havia morrido para aquele bruxo puro-sangue estar ali, parado, pensando em tudo e nada. Jungkook havia ido parar nas Terras Esquecidas e, bom, alguém quase literalmente virou poeira para que tudo ocorresse certo.