Capítulo 5: Rengoku's Family

669 92 313
                                    

  Sanemi parou seu carro na rua, atrás das diversas viaturas no local, incluindo uma ambulância parada no local. Tomioka foi obrigado por Sanemi a ficar no carro enquanto ele conversava com os outros policiais. Mais uma criança havia sido atacada e morta por Nikuya, mesmo da janela do carro Tomioka conseguia ver o que estava acontecendo, as vozes estavam abafadas por conta do vidro, mas não era difícil saber o que estava acontecendo.

Tomioka pulou do banco do passageiro para o do motorista, abrindo a porta do lado de Sanemi e saindo do carro, o rapaz andou um pouco escondido ouvindo agora melhor a conversa de Sanemi com as pessoas que estavam ali. Sanemi e mais um policial conversavam com um homem e uma mulher, a mulher de longos cabelos negros chorava baixinho, o homem tentava se manter forte, mas Giyuu conseguia ver o brilho das lagrimas em seu olhar.

— Desgraçado... – O Homem com cabelos de fogo limpava novamente as lágrimas grossas que escorriam por seu rosto. – Nós saimos pra jantar, não imaginavamos que algo assim fosse acontecer.

— Nosso filho mais velho, Kyojuro faz faculdade, nós deixamos ele com a babá e... – A mulher se agarrou ao marido, chorando em seus braços.

— Senhora Rengoku, por favor...pode me dizer o nome da babá? – Sanemi perguntou para a mulher, vendo o marido responder em seu lugar.

— Mitsuri...Kanroji Mitsuri. – O Homem respondeu fungando, acariciando a cabeça da esposa abalada.

Giyuu aproveitou da distração de Sanemi para andar um pouco mais, a casa era cercada por uma cerca de madeira alta, decorada com trepadeiras com flores pequenas. Tomioka andou pelo corredor que dava acesso a parte de trás da casa, encontrando um homem loiro ajoelhado ao lado do corpo por uma lona preta. O Homem chorava copiosamente em cima do corpo, os punhos fechados fortemente, o olhar de ódio.

Tomioka se aproximou em silêncio, removendo a lona, revelando a cabeça decepada do garotinho. Ele era idêntico ao pai e o ao que Giyuu achava ser seu irmão mais velho, o cabelo loiro e as pontas vermelhas que lembravam uma fogueira, um de seus olhos havia sido arrancado por Nikuya, mas o outro ainda brilhava em medo e lágrimas, um lindo olho amarelo e vermelho.

— Tomioka eu não disse pra você ficar no... – Sanemi achou estar vendo um vulto quando viu um vulto passando atrás dele, se calando quando Tomioka de repente começou a andar. – Carro.

Tomioka Giyuu não era mais Tomioka Giyuu, ele era Senjuro Rengoku, o garotinho de dez anos em sua casa. Senjuro brincava com alguns bonecos de herói na frente da televisão, uma mulher de cabelos rosa estava sentada no sofá atrás dele, falando no telefone. O garotinho então pede a mulher para brincar lá fora, ela permite e Senjuro atravessa a casa alegremente carregando consigo uma bola de futebol. Senjuro chutava a bola pela grama, fazendo embaixadinhas e passes contra adversários invisíveis quando sua boca foi tapada por uma luva preta. Senjuro se debateu e tentou gritar, lágrimas escorrendo por seu rosto enquanto Nikuya arranca seu olho direito com as garras em sua mão. O corpo de Senjuro é derrubado no chão ainda com a boca coberta, a máscara branca coberta por respingos de sangue, enquanto Nikuya usava uma serra para cortar os braços do garoto, a dor tomando conta de seu corpo completamente.

Sanemi viu Giyuu abrir seus olhos novamente quando já estava na sala, respirando profundamente enquanto olhava para Sanemi com lágrimas nos olhos. O detetive foi até o rapaz, o puxando para um canto enquanto conversavam, Tomioka explicou ao Shinazugawa oq havia acontecido.

— Você pode me achar louco, mas eu vi o modo como o Senjuro foi morto pelo Nikuya. – Giyuu disse para Sanemi, o olhar do detetive não era de julgamento ou estranheza, Sanemi acreditava em Tomioka. – Ele estava jogando bola na parte de trás da casa quando o Nikuya o atacou, tem uma passagem da rua para os fundos da casa.

Memórias daquele dia - Sanemi × GiyuuOnde histórias criam vida. Descubra agora