04. Toc-Toc, quem é? O amor?

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🪁

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🪁

Sunoo uma vez leu uma fanfic de nome estranho, conteúdo pior ainda, origem duvidosa, mas acredita que é só a cabeça perturbada de quem escreveu. A observação não mostra o sentido de ser ruim, explicando, e sim de tão bom que se torna meigo. Acredita estar no seu top cinco fanfics delícias, segundo lugar, porque em primeiro está a sua vida.

Os três meses se passaram voando, tipo RedBull te dá asas ou toc-toc, quem é? o tempo já passou. Estranhamente-estranho, fora do comum, principalmente porque, diferente de todas as outras vezes passadas, Riki não se afastou, não lhe abandonou, não faz piadas sobre suas maluquices e pelo contrário! parece super interessado nelas — bem mais que na Avril Lavigne, vale ressaltar, e se ela estiver mesmo morta, se revira no caixão tamanha traição que Nishimura está fazendo — sempre perguntando sobre como Lorota e Helga estão; faz companhia no almoço, no tempo vago, é colega de mesa nas aulas de química (porque, dias de quinta, sua turma e a do japonês se unem).

É bizarro. Sunoo nunca se sentiu gostado por outra pessoa que não seja seu pai. Se sente inseguro, porque se Riki o considera como algo, talvez não esteja sendo bom o suficiente. Deve sorrir mais? Ser mais prestativo? Deixar seu lado conselheiro de lado e entregar-se ao sou apenas alguém normal? É tão complicado. Fora de casa é moldado à porcelana, frágil, qualquer coisa arranha, quebra. Lhe deram armadura de Lego. O Kim nunca fora de se sentir tão triste e confuso, mas agora ele está. Isso o mata por dentro aos poucos, o faz querer chorar.

Nem as estrelas parecem tão brilhantes como antes, com tantos sentimentos conflitantes dentro do rapaz. As piadas de seu pai ainda menos engraçadas. Helga parece não estar mais tão presente e o gato, Lorota, preocupado, deixado de lado, abalado. A maçã já não é mais cortada em quatro partes, Sunoo a come diretamente porque pensa demais, de modo que nem se ligue de que há poucos dias, estava separando sementes e escutando as histórias de traquinagem de Riki. O bolo sem cobertura, agora tem cobertura de chocolate e granulados coloridos de festa, tem cenoura na receita.

— Por que você tá tão triste?

— Eu só tô pensativo.

— Helga fez alguma coisa de errado? Ou Lorota?

E Riki sempre está tão sorridente, tão contente, principalmente na sua presença. Parece tão encantado, acomodado, completo. Se não há mais motivos para achá-lo chato, todas as coisas que quando o conheceu, por que ainda se sente estranho? Aprecia a companhia; o tem como amigo, mesmo que não diga. Às vezes seu coração bate acelerado, como bate forte o tambor, eu quero é tic, tic, tic, tic, tac, e há borboletas poti-poti dançando em seu estômago, mas acredita que se dá ao fato de morrer de vontade de encontrar o Nishimura e provocá-lo, de vê-lo gargalhar, ou o olhar que lança ao Kim, com tanto apreço, com tanto amor.

Made in Japan: Amor de Boina | SunKiWhere stories live. Discover now