Made in Japan: Amor de Boina | SunKi

05. Conto cem estrelas pra te iluminar.

🪁

Se perguntarem a Sunoo o que aconteceu nos últimos meses e o que marcou ele imensamente, com certeza responderá que foi conhecer Nishimura Riki, um made in Japan, rapaz de altura igual Torre Eiffel e que quando percebe, cresce ainda mais, grande fã da morta-viva Avril Lavigne, tanto amor que guarda e transborda, mas acima de tudo, seu melhor amigo e pseudo-namorado.

O laço entre Sunoo e Riki só fortalece com o tempo, desde quando o Kim deixou-se chorar na frente do outro e mostrou que por detrás de toda a (antiga) marra, há uma casca rasa e, portanto, em seu interior, com o bastante a oferecer. Cada segundo é uma aventura, não parecida com Dora Aventureira, longe dessa chatice, mas é repleta de risos, piadas internas e momentos compartilhados. Eles são inseparáveis, uma dupla dinâmica que enfrenta o mundo de mãos dadas e sem medo.

Juntos, enfrentam momentos difíceis e celebram os sucessos, encontram conforto e força nos braços um do outro. A amizade deles é um porto seguro, um refúgio em meio ao caos do mundo exterior.

É que Sunoo também deixa de ser um ser apavorado, aprende sempre com o outro a como enfrentar o mundo. Chega a ser estranho. O Kim sempre fora mente aberta, usava armaduras pesadas e rebatia com garras e dentes, mas do que adiantou se não conhecia verdadeiramente as coisas? Quando abriu os olhos e percebeu que não era tão simples quanto uma parte de sua cabeça o fazia crer ser, Riki estava segurando suas mãos e explicando por onde deviam começar a ultrapassar barreiras; ensinando para uma criança. Sunoo precisou aprender do zero mais uma vez, mais uma perspectiva, e na verdade, está tudo bem, ele não está sozinho, não precisa lidar com o caos como antes.

Porque, Riki, com seu sorriso caloroso e personalidade carismática, conquistou e ainda conquista o coração de Sunoo de uma maneira única. Seus olhos brilham sempre quando fala de algo novo que aprendeu, que viu, que fez e que pretende fazer. O Kim acha a coisa mais amável do mundo, e se perde nas palavras rápidas, meios emboladas e erradas, como um bobo apaixonado que é, sentindo seu coração bater rápido e muitas Helgas em seu estômago dando cargas de eletricidade por estar contente.

Sunoo se pega pensando durante as noites no telhado de seu quarto enquanto conta as estrelas coisas meigas. Fofoca com Helga, Lorota — porque aprendeu a fazer visitas — e sua mãe, que tornou-se uma pequena nuvem carregada de água sobre sua cabeça cantando chove, chuva, chove sem parar.

— Conto quase cem estrelas nas orbes escuras de Riki, mais cem desenhadas no céu sempre que penso nele. — é o que o menino de boina comenta, fechando os olhos ao que sente a brisa fria bater contra sua pele. — Eu finalmente encontrei alguém verdadeiramente especial.

— Falando assim até parece que não tô do seu lado. Pior! Parece até aquelas falas de filmes que o um dos personagens principais tá morrendo, sabe?

Mas Riki está com Sunoo agora. Estão lado a lado no telhado da casa do Kim, contando estrelas e sonhos.

— Fica na tua!

O fato de serem "pseudo-namorados" é uma brincadeira interna entre eles que Sunoo inventou depois de negar o pedido descarado de namoro do Nishimura, apenas para amenizar a cara de quem chupou limão e não gostou dele, acima de tudo, para não fazê-lo pensar que não está interessado. Embora não estejam oficialmente em um relacionamento romântico-super-amoroso, o amor e a devoção que sentem um pelo outro é inegável. Mesmo com Sunoo não estando cem por cento certo de entrar em um relacionamento agora.

Eles se apoiam mutuamente em todas as situações, compartilham seus sonhos, medos e desafios.

Com o passar dos meses, o carinho que Sunoo sentia por Riki evoluiu para algo ainda mais profundo. Ele percebe que o que tem com Riki é um amor que transcende rótulos e definições convencionais. É uma conexão pura e genuína, construída sobre confiança, apoio mútuo e, acima de tudo, alegria.

Sunoo deixou claro todos os seu sentimentos pelo outro quando tiveram o primeiro encontro deles. A tarde estava meio nublada, demasiadamente fria, mas não impediu eles de saírem e tomarem bons copos de sorvete e depois xícaras e xícaras de chocolate quente.

O Kim sabia que precisava expressar o que estava em seu coração e deixar de ser um pouco cabeça dura, então, ele soltou tudo de uma única vez, e como resposta, recebeu um longo selar nos lábios e vários outros por todo o rosto, além de Riki pulando sem parar pelos cantos e falando para todas as pessoas que passavam por ele como estava imensamente contente.

— Você disse que ia parar de me tratar assim. — Riki comenta, mudando o tom de voz para uma carregada de tristeza, o que não passa de pura encenação.

Se soubessem o quão bom ator ele pode ser, com certeza estaria com contrato assinado e fazendo as novelas mais dramática dos país, superaria as mexicanas, quem sabe, as indianas. E superar as novelas indianas nessa atualidade está sendo um sacrifício imenso.

— Tô te tratando normal. — Sunoo responde, abrindo um pouquinho o olho esquerdo, apenas para encarar o outro com a visão periférica.

— Você é um bobão!

— E você tá esperando o que pra me abraçar e esquentar? — no segundo seguinte, Sunoo abre finalmente os dois olhos e encara o mais novo com olhos pidões.

Nishimura não consegue negar o pedido, porque adora estar com o Kim em seus braços, sentindo o cheiro doce, prestando atenção na respiração calma e de como, do absoluto nada, ele começa a cantar com um português duvidoso — não que ele seja fluente no idioma — Pra Iluminar, de Leila Pinheiro. Riki adora a voz de seu pequeno amor, tão dengosa, melodiosa e apaixonante.

Quer dizer, não há nada no outro que não encante.

🪼

E nós chegamos no último capítulo de MIJ:ADB.

Sei que disse no último capítulo que haveria muito amor daqui pra frente, mas eu tava lelé da cuca e não percebi que já tava terminando a fanfic.
Sempre tive em mente fazer uns cinco capítulos, então.

Deixo a maravilhosa playlist de cinco músicas da fanfic, é só tirar print e pesquisar como foto no Spotify e tudo certo, é só escutar logo depois, panterinhas.

Espero que tenham gostado dessa coisa lelé da cabeça, dos personagens e da história em si. Fiz com carinho.

Até logo!

Este capítulo contém 980 palavras.