𝐏𝗅𝖺𝗒 𝗐𝗂𝗍𝗁 𝗆𝖾

𝟢𝟤𝟨.

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Eu não sabia se estava disposta a aguentar mais coisas de Kim Tae Hee, mas eu estava disposta a descobrir o porquê de ela ter vindo me procurar, e dessa vez, não fui eu que importunei alguém, então ela terá que escutar.

Finalmente, entro no carro e me sento no banco, ao lado da mãe de Taehyung. Mesmo que eu não quisesse estar ao lado daquela pessoa desagradável, estávamos dentro de um carro, então seria necessário.

— Olá, senhora Tae Hee. Posso saber por que veio me procurar? — falo, tentando ser educada e gentil, mesmo que não quisesse.

— Vamos deixar as formalidades de lado, pois não quero perder tempo conversando com você. Minha disponibilidade é preciosa.

Suspiro, afinal, era preciso de uma grande quantidade de paciência para aguentar aquela mulher, e os meus nervos já estavam á flor da pele.

— Como quiser.

— Estou aqui para falar de Taehyung.

Oh, sim. Claro que ela estava aqui para falar de Taehyung. Por que mais ela estaria aqui, não é mesmo?

— Pode falar.

— Bem, então eu vou ser direta... quero que fique longe de Taehyung, mocinha.

— Como? Está aqui para dizer o que eu devo fazer e o que eu não devo? Desculpe-me, senhora Tae-Hee, mas eu já sou uma mulher adulta, e não preciso que certas pessoas ditem minhas escolhas, ou até mesmo, se intrometam em minha vida.

— Acontece que essa não é apenas a sua vida, pois também envolve a vida de meu filho! Acha mesmo que eu irei deixá-lo envolver-se com uma funcionária qualquer como você?

— Uma funcionária qualquer? Quer dizer, "uma funcionária qualquer que não é rica como o meu filho e está a baixo de nossa família", não é? — ela abre a boca para falar algo, mas logo a interrompo e continuo com o que estava dizendo — Kim Taehyung não é mais uma criança! Ele é um adulto, um homem, e também tem direito de fazer suas próprias escolhas. Como mãe, a senhora não deveria se meter em sua vida pessoal, afinal, isso só diz respeito a Taehyung, e, consequentemente, a mim.

— Sua pequena ordinária! Quem pensa que é para me dar lições de moral?

— Eu sou Jennie Kim. Aliás, a senhora que me chamou aqui, eu jamais lhe procurei em momento algum, portanto, acho que estou no direito de falar o que penso e me defender como pessoa, pois não?

Ela respira e olha para a janela do carro, como se não acreditasse naquilo. Kim Tae Hee achou mesmo que eu era uma simples garota que se deixa levar por qualquer coisa? Então, eu acabei de lhe mostrar um pouco da verdadeira Jennie que existe por trás de mim.

— Tudo bem, parece que não vai ceder com pequenas palavras, huh? — ela questiona, mas não demora muito para abrir a sua bolsa de grife e tirar um cheque de dentro. Um cheque que parecia estar cheio, com uma grande quantia de dinheiro — Essa é a primeira parte. Quando deixar Taehyung em paz, lhe darei uma quantidade ainda maior. — diz, oferecendo o cheque para mim, com uma cara de sonsa que me deu ânsia.

— Você.. você está oferecendo dinheiro para mim?

— Isso mesmo. Não é isso que quer? Deixe-me lhe contar algo... pessoas como você têm um certo valor, não é mesmo? Por isso que estava tão autoritária no começo! Mas não se preocupe, pois eu conheço muito bem todas as pessoas.

Sem acreditar naquilo, eu resolvo colocar um belo sorriso em meu rosto, e pego o cheque que agora estava estendido em sua mão. Logo, vejo a mesma dar um sorriso de convencida.

— Escute... eu posso até ser uma "mera funcionária" , mas você não deixa de ser uma megera fria e intolerante! — sem pensar duas vezes, eu rasgo o cheque em minha mão e jogo os pedaços que restaram na janela do carro, e sem demoras alguma, o papel se desfaz com o vento. — Da próxima vez, tenha mais respeito comigo, e se achou mesmo que eu perderia a minha dignidade por um simples dinheiro como esse, se enganou.

Depois daquilo, sentia-me revigorada, então eu abro a porta do carro de luxo com tudo, mas não antes de olhar para a mesma e vê-la totalmente ofendida com o que eu havia falado. Ou diria que talvez, estaria sem palavras para retrucar sobre algo.

— Aliás, pare de se enganar! Em sua cabeça, você acha que Taehyung é uma criança inocente, por acaso? Mal sabe das habilidades escandalosas que o seu filho tem na cama. Ele faz sexo tão bem! — digo rindo, e percebendo que ela estava boquiaberta com minhas palavras. Eu nunca havia me sentido tão leve como agora.

Fechando a porta do carro, eu começo a caminhar lentamente para longe do local, mas ouço a voz irritante da mulher novamente: — Não se iluda, garota atrevida! Taehyung só está lhe usando como um brinquedo. Não percebeu que você é apenas a nova diversão dele? Não irá demorar tanto para que ele possa lhe descartar como um ser insignificante, pois é o que você é. E tome cuidado, pois as pessoas ao seu redor também podem ser arrastadas para a sua imaginação fértil e suja. — refere a mulher, quando entra novamente no carro depois de dizer aquilo tudo. O que ela quer dizer com isso? Ela está me ameaçando? Ameaçando as pessoas que eu gosto e conheço?

Não. Eu não deveria pensar nisso, afinal, palavra tem poder, e eu não quero que suas palavras horríveis se manifestem. Eu não quero que Taehyung me descarte da pior forma possível, não quero ser apenas a sua diversão de alguns momentos, ou o seu brinquedo momentâneo... e pior ainda, não quero que as pessoas ao meu redor se machuquem por minha causa.

Vejo o carro preto passar em minha frente com tudo, e mesmo depois de quase me atropelar, sumir na estrada. Quanto mais dinheiro, mais rude a pessoa é, e isso de aplicava perfeitamente para Tae Hee!

Sem querer pensar no que havia acontecido, eu começo a andar em direção a minha casa, mas no caminho, acabo avistando uma pequena farmácia que se encontrava no meu bairro, então, a cena em que eu vomitava no banheiro e meu estômago embrulhava vem a minha cabeça, e mesmo hesitante, eu decido entrar no local e procurar por um teste.

Sim, um teste de gravidez. Uma gravidez era o que eu menos precisava naquele momento, mas eu simplesmente não posso fechar os olhos para o que havia acontecido hoje mais cedo, em suma, trata-se de algo sério.

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﹫thvrubyj