Davina olhava admirada para a praia a sua frente, a brisa oceânica batendo suavemente em seu rosto a fez fechar os olhos e suspirar.
— Você gosta do mar? — Klaus questionou ao seu lado.
Eles haviam decidido que era hora de os quileutes conhecerem seu novo alfa, por isso, todos os originais, junto com Charlie e Bella, estavam na reserva La Push. Todos iam com tranquilidade para o encontro com os líderes, quando Davina viu a praia e pediu, não, exigiu que parassem.
— Eu nunca havia visto o mar, sentido essa areia. Minha mãe, ela não se importava comigo. Para ela, a única coisa que bastava era que eu aprendesse magia. — a jovem confessou tocando seu ventre — Eu agora sou mãe e não entendo como ela conseguia fazer isso.
Klaus puxou a bruxa para um abraço e suspirou ao sentir o calor de sua companheira. Ele olhou para trás e viu o olhar sério de seu irmão, só pôde assentir.
— Amor, por mais que eu queira que você viva essa experiência, nós temos uma reunião com o conselho — ele informou e Davina assentiu dando uma última olhada na paisagem diante de seus olhos, antes de ir com ele.
O conselho quileute não era bem o que os outros imaginavam, era formado por três pessoas. Billy Black, Velho Quil e Harry Clearwater, juntos estavam todos os lobos da reserva. Entre eles, havia uma jovem. Aos olhos de Elijah Mikaelson, que vivia por séculos e já viu milhares de mulheres, aquela era a mais bela.
Ele poderia confessar que jamais havia se envolvido com uma indígena. Mas aqui estava ele e quando seus olhos se encontram, seu mundo parou. Todas as antigas mulheres de sua vida, perderam a importância para ele. Nem Tatia, nem Celeste e muito menos Hayley.
— Olá senhorita, posso saber seu nome? — Elijah questionou puxando a mão da loba para si e dando um beijo.
Ela corou ainda pasma por estar diante de sua marca. Por muito tempo, achou que jamais teria um companheiro , alguém disposto a ser tudo para ela.
— Leah Clearwater e o senhor é? — questionou vendo o sorriso do homem.
— Elijah Mikaelson, irmão de seu novo alfa — ele informou e todos se entreolharam.
— Então é verdade? Você é o alfa agora? — o velho Quil perguntou com receio para o híbrido original. Klaus abriu um sorriso malicioso.
— Certamente — respondeu adorando finalmente ter uma matilha.
— E o que isso significa para nós da reserva? — Harry questionou e Klaus finalmente notou.
Eles estavam com medo, não, apavorados, por ficar sem proteção. O lobo dentro do original rugiu, uma necessidade gritante por proteger cruzou seus ossos.
— Vocês são minha matilha. Meu povo e eu protege aqueles que me pertencem — o alívio foi coletivo e ao ver o olhar admirado de Davina, ele soube que havia feito o certo.
— Nós temos que decidir o que faremos com os Cullens — Elijah declarou se forçando a desviar o olhar da loba.
— Eles não teriam voltado, se a amante dos sanguessugas ficasse quieta — rosnou Paul Lahore.
— Cuidado com seu tom menininho — a original mais nova bradou — Ela é nossa irmã e portanto, nossa protegida. Seria bom, que você soubesse exatamente seu lugar.
O lobo engolia sua saliva a seco, ele podia sentir que a loira era poderosa, o lobo dentro de sua mente choramingou ao sentir o poder.
— Bella, querida. Você sabe algo sobre eles? — Davina questionou e Bella corou com a atenção.
— E..eles são vegetarianos, como todos sabem. E.. e — ela parou para pensar, até que lembrou de algo — Eles não são tão unidos quanto querem aparentar.
— Como assim? — Sam questionou.
— Do tempo que passei com eles, eu pude notar que Jasper, Rose e Emmett, não concordam com as decisões do clã, na verdade, Emmett uma vez me falou, que só estavam com eles, pois não havia um refúgio para eles irem. — Bella revelou apertando o punho.
Ela realmente odiava como funcionava as coisas com os Cullens, agora, livre do encanto do frio, ela podia ver o quão manipulador Edward e também Alice haviam sido.
— Isso torna mais fácil para nós — sob o olhar confuso dos outros, Klaus continuou — Dividir e conquistar.
— Mas Klaus, eles são pessoas, não meios para um fim — Davina falou estreitando os olhos e o homem engoliu a seco.
— Eu sei amor, eles precisam de um refúgio certo? Vampiros desse tipo, necessitam de um clã e podemos dar isso a eles. — ele falou erguendo as mãos com um sorriso.
— Se aliar com frios? — Jacob falou com nojo.
— Infelizmente não tem como eles mudarem quem são — Bella disse com um suspiro.
— O que você quer dizer minha filha? — Charlie questionou suavemente, ainda se acostumando com esse novo mundo.
— Bem, eles absolutamente odeiam o que são. Rose e Jasper principalmente, um por não ter controle e o outro pelo que isso significa — a Swan mais velha revelou.
— Bem, eu acho que o que temos que fazer agora, é marcar uma reunião com os Cullens, deixar claro que estamos aliados aos lobos e que os Swans estão sob nossa proteção — Elijah falou e deu uma olhada profundo na sua companheira — A senhora gostaria de ir conosco como minha acompanhante?
Leah corou e assentiu.
— Antes, eu gostaria de fazer algo e para isso, gostaria da autorização dos anciões — Davina começou com receio.
Todos a encararam com confusão.
— Autorização para o que minha jovem? — Harry questionou inclinando o corpo para frente.
Ela suspirou.
— Pude notar que suas terras são sagradas, eu sinto a magia saindo por todos os lados. Eu... eu tenho um ritual para fazer, para trazer Finn e Kol Mikaelson do outro lado — ela revelou e continuou apressada — Esse tipo de magia fortalecerá a magia protetora dessas terras.
— Isso é verdade? — Billy questionou ansioso para ter sua terra e seu povo mais protegido.
— Eu juro senhor, eu terra é abençoada pelos deuses. A magia circula por entre esse lugar, magia suficiente para eu estabilizar a minha magia e a de Freya, a irmã bruxa dos Mikaelsons, e sermos capazes de trazê-los de volta.
Os anciões se entreolharam, sua decisão comum sendo formada antes de assentirem.
— Quando pretendem fazer isso? — Harry questionou.
— Na próxima lua cheia. No caso, amanhã — declarou antes de encarar Klaus — Nós vamos conseguir.
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Golpe de sorte
VampireDavina não sabia que o ato de fugir mudaria sua realidade. Mas permanecer no lugar onde tudo deu errado em sua vida seria pura burrice. Por isso não olhou para trás, não quis saber o que estava deixando. Mas também não sabia o que estava levando.