"Bullying, traumas e farsas são as realidades que Do Hyung-Ju, Kim Ye-Joon e Marcelo Souza conhecem desde que se lembram. Do Hyung-Ju, um garoto rico, mas recluso e desprezado por sua aparência acima do peso, enfrenta riscos devido a problemas famil...
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Os pais de Hyung-Ju não voltaram para casa na noite anterior, o que é compreensível. As notícias sobre o estado de seu avô chegaram durante a madrugada, e dessa vez seu pai ligou, mostrando-se tão apático como costumava ser na maioria dos dias do ano. Ji-Yeon atendeu o telefone, preocupada com a condição de sua mãe. Ela podia parecer cruel na maioria das vezes, mas se importava com a mãe à sua maneira, considerando o tempo que passavam juntas, mais do que com suas próprias amigas, um tipo de ligação honesta que as unia. É um dos traços da filha preferida. Ji-Yeon tentou enviar mensagens para saber como a mãe estava, mas a mulher não teve tempo para mandar uma resposta, pois estava ocupada com o avô, então a ligação do pai foi um alívio.
O AVC foi severo, deixando metade do rosto e do corpo do avô paralisados quase que completamente. No entanto, ele já estava acordado, algo que os médicos não esperavam que iria acontecer tão cedo devido a gravidade, ele tentava até mesmo falar ou se levantar, mas os médicos obviamente o impediram. Uma informação que foi passada é que ele estava caçando com um amigo quando tudo aconteceu. O avô sempre amou caçar vários tipos de animais, como javalis.
Isso parece estranho para uma pessoa comum, principalmente porque ele caçava de uma maneira diferente do convencional e em uma idade avançada. Ou talvez fosse apenas a imaginação infantil de Hyung-Ju mexendo com suas memórias outra vez.
— Ei, seu porco! — Hyung-Ju voltou para a escola naquele dia, mesmo após receber a notícia e ainda estar baqueado. — Dá para se organizar direito? Você vai acabar me derrubando, caralho! — Suas costas doem, assim como seu braço, pois está apoiado no chão bem no processo de recuperação, Hyung-Ju está tentando se segurar para não cair com Jinwoon sentado em cima dele desde que chegará, provocando-o. E ele está na posição estúpida de um cachorro.
— Sinto muito. — Hyung-Ju respondeu, a voz baixa e trêmula refletindo pela sala como um lamento.
— Sinto muito é o caralho, você me irrita. O que vou fazer com um idiota como você, hein? Vai ficar me servindo para sempre, Hyung-Ju? — Ele não disse nada em resposta, algo que já se tornou habitual, Jinwoon continua a provocá-lo se divertindo com as expressões que o garoto faz toda vez que um choque de dor passa pelo seu corpo. — Ei... Que tal você grunhir para mim, hein? Pelo menos pode fazer a gente rir um pouco. Porra... Hyung-Ju.
