"Bullying, traumas e farsas são as realidades que Do Hyung-Ju, Kim Ye-Joon e Marcelo Souza conhecem desde que se lembram. Do Hyung-Ju, um garoto rico, mas recluso e desprezado por sua aparência acima do peso, enfrenta riscos devido a problemas famil...
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O sabor de Tteokbokki é qual Ye-Joon consegue reconhecer como o melhor do mundo, o gosto desce desoladamente por sua garganta, inundando suas papilas com o seu sabor que o faz lembrar de sua infância, é como se ele estivesse devorando a comida feita pelo melhor cozinheiro que já pisou nesse mundo. Hyung-Ju consegue perceber isso facilmente, pois o garoto não emitiu mais nenhuma palavra desde que a comida ficou pronta, pois sua boca se viu completamente ocupada, com os ingredientes a preenchendo, mesmo que estivesse quente. Hyung-Ju até se surpreende em como alguém com o seu físico consegue comer tanto em tão pouco tempo sem lhe causar muitos efeitos negativos.
— Caramba, Ye-Joon, se segura aí um pouco, o prato não vai fugir de você, cara. — O cozinheiro, um homem que cumprimentou Ye-Joon com um ar de familiaridade assim que os dois se aproximaram da barraca o repreende, discretamente achando graça enquanto o garoto se empanturra com a sua comida, o que lhe dá orgulho, não pode mentir sobre isso.
— Merda, tá uma delícia, senhor Song! — Ele responde, com as bochechas ainda gordas pelo preenchimento, quase se engasgando no processo, o que o força a receber alguns tapinhas nas costas pelo homem.
Hyung-Ju quase não tocou no prato de Tteokbokki, não que esteja ruim, na verdade é uma das refeições mais gostosas que colocou em sua boca, entretanto se sente envergonhado de comer na frente das outras pessoas, pelo menos da maneira como come quando está em casa, e isso é o suficiente para que se segure para não imitar Ye-Joon, que ao contrário dele, nem se importa. Hyung-Ju está saboreando com pequenos contatos.
— Ei, não fale "merda" na frente da comida! Você sabe que é falta de respeito com ela! — O homem limpa sua testa com o antebraço, o ar quente da pequena cozinha o aquece, contribuindo com o sol escaldante do dia.
— Desculpa, é que é tão bom!
— Como se você não viesse vir aqui comer com frequência, né, espertão?! — Ele coloca a sua mão na cintura, fitando os dois com os uniformes escolares, seu único olho que funciona está bem alerta contra eles, é possível notar a cegueira, pois o olho se encontra completamente branco. — Inclusive, garotos, vocês não deviam estar na escola agora?
