14. CHUVA

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Outro capítulo em tão pouco tempo?
É pra agradecer de pé, igreja!!!
Hahaha

Mas e ?

T u d o b ã o?

Sobre o capítulo de hoje eu tenho algo a dizer: confiem nessa autora que vos escreve!!!

Nem tudo que reluz é ouro.
Nem tudo que parece ser, é!

Eu escrevi esse cap ouvindo "What Was I Made For?" da Billie. Então sintam-se à vontade para ouvir enquanto ler...

Erros eu corrijo depois, ou não hahaha

Narrador POV

Naquela noite elas se amaram de uma forma que nunca se amaram antes. Luiza enxergava nos olhos de Valentina a dor, o sofrimento e um brilho de esperança, mas que refletia uma desesperança.

Os seus corpos sentiam que era a última vez, e tremiam de prazer e um choro interno. Era o amor da despedida, e despedidas doem, machucam, ferem, cortam...

No silêncio do início da madrugada só eram ouvidos os sussurros que saíam de seus lábios, proferindo "Eu te amo por toda a eternidade", e os corações batendo em angústia profunda. Elas não se olhavam, não tinham coragem, sabiam que ao abrir a realidade viria a tona. Só repetiam uma para outra o tamanho desse amor.

Se há um dúvida sobre toda a humanidade, ela com certeza não é sobre o amor que elas sentem, pois ele é verdadeiro, é intenso e eterno.

Suas mãos estavam entrelaçadas, seus polegares faziam movimentos circulares no dorso da mão uma da outra. As formas como elas expressavam esse amor não eram apenas com palavras e sexo, era com as almas, com as lágrimas silenciosas que caiam. Luiza sabia que quando Valentina partisse mais uma vez, e dessa vez pra sempre, ela levaria a sua vida, o seu ser, a sua alma, o seu coração, e Valentina sabia que com ela seria igual, a partir do momento que ela saísse por aquela porta.

Esse amor é único e verdadeiro, já suportou tantos desencontros, tantas adversidades, tantas noites em claro, tantos dias sem brilho. É como se apesar do sol durante o dia somente trevas fosse visível, quando estavam juntas era diferente, borboletas pelo estômago, tanto faz ser dia ou noite, há uma luz entre elas, há algo que ilumina aquele momento, aquele amor, mas basta um suspiro, um piscar de olho, basta apenas um até logo, um tchau, um adeus... só é necessário ambas saberem que não irão mais se ver e o mundo torna a ficar sem brilho.

Lá fora as folhas ainda caem, o mundo ainda gira, os cachorros latem, os pneus cantam... lá fora ainda há esperança, mas dentro delas apenas dor.

- Lu, meu amor. Meu único e eterno amor. O tempo sempre foi nosso arqui-inimigo, ele nunca curou nossa dor, nosso amor. Eu preciso partir, mas antes eu quero te pedir algo - Ela não esperou que Luiza lhe desse um sinal para prosseguir, ela apenas continuou, não queria perder a oportunidade de dizer aquilo. - Eu quero que você guarde o nosso amor como uma boa saudade, como o único que nos feriu e nos curou. Eu parto com a dor, mas quero que você fique como o amor.

- Não fale assim, por favor. Eu quero que você volte. Ou melhor, não vá.

Ela se senta sobre a cama, retira os lençóis e Valentina acompanha seus movimentos.

- Vamos fugir - Luiza olha para sua amada, as lágrimas não atrapalham sua fala, mas ela sente uma sensação de sufocamento. - Foda-se tudo e todos. Vamos embora daqui, eu, você e o Léo.

VOCÊ AINDA É TUDO - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora