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Lia

Festas são legais mas a parte pior é sem duvidas quando se envolve a socialização.

A mini balada caseira do Gabriel aconteceu, e bem, desde o momento não o vi. Ele realme sabe como da uma festa.

A baixa iluminação da luz vermelha dava um contraste a mais para todo o ambiente. A sala e o hall principal foram orgazinados estrategicamentes para o mini bar e algumas poltronas, a pista de dança ficou sendo onde o sofá estava até então. Fora que algumas pessoas circulavam por toda casa.

Tinha até um DJ conhecido da Nanda tocando.

Estava em um canto observando tudo ao redor, na verdade não queria socializar mesmo. Por ora não. Quem me visse iria pensar que eu estava julgando até a alma de todos ali.

—Toma– escutei uma voz conhecida, virei e encontrei Elisa.

Ela segurava um copo me oferecendo. A olhei de sombrancelha erguida.

—Não me olha assim– disse–, pra te tranquilizar eu não coloquei nenhum boa noite cinderela ou algo assim– deu de ombros.– Se não quiser é só não beber.

Continuei a encarando com a sombrancelha erguida. Peguei o copo da mao dela bebendo o líquido cor ambar. Por que não?!

Só não contava com o fato daquilo descer pela minha garganta como se fosse rasgar-la.

Deixei o copo de lado me voltando pra ela.

—Que bebida é essa?– Perguntei indignada.

—Ah, é rum. Meio forte pra quem não é acostumado a tomar– respondeu com o tom de voz pleno.

Me ofereceu outro gole mas recusei, fiquei somente no coquetel sem álcool. Não sou muito de ingerir esse tipo de bebida, forte.

Nanda se aproximou de nós muito animadinha, possamos dizer que ela estava em um momento intimo. Batom borrado e roupa amarrotada.

—Ok, sei que sou nova por aqui mas me falem um pouco sobre– movimentei o dedo em circulo dando a entender que queria saber sobre o pessoal.

—Começando pelo Kevin– Elisa começou a falar.

Segundo ela, o loiro é um dos mais animados, trabalha em uma empresa enquanto ainda não chega os estágios da faculdade de medicina veterinária.

E bem, Elisa só usou uma palavra pra descrever ele no final de tudo: doido. De acordo com ela Kevin é o que menos bate bem da cabeça.

Depois me contou sobre Jackson, não foi muito porque  dele eu já sabia até o endereço da casa dele pelo fato dela ter me contado sobre ele em um outro dia.

Já do Samuel, novamente não me contou muito coisa.

—Gabriel também falou para que eu não me aproximasse muito do Samuel– Nanda a essa altura não estava mais com a gente.

Elisa assentiu sem dizer mais uma palavra sequer.

—Já ia esquecendo da Amanda– apontou pra uma loira que estava conversando com o Kevin.– Se você um dia quiser agradá-la, dê à ela um gato de estimação– disse em um quase grito devido a música alta.

Bebi mais una drinks que me deram disposição suficiente para dançar. Arrastei as meninas e logo outras garotas e garotos se juntaram a nós.

Assim que a música CUFF IT começou a tocar ignorei todos ao meu redor e comecei a me sentir como a própria Beyoncé.

(…)

Regra número 1: nunca em hipótese alguma beba mais doses do que você é acostumado ingerir.
Regra número 2: não entre em um quarto sem bater antes.

Vou resumir o poquê dessas regras.

Primeiro, dancei como nunca mais tinha dançado na vida. Depois disso desci do salto dando ao meus pés o poder de descansarem um pouco, estavam doloridos demais.

Após isso tomei uns shot a mais e subi para o quarto para calçar um sapato mais confortável, só que no estado em que estou acabei errando o quarto e entrando em outro. Basicamente em um dos quartos de hóspedes.

Estava de cabeça baixa murmurando coisas que nem eu conseguiria entender, rindo das minhas próprias piadas internas. Assim que abri a porta dei um grito quando encontrei Gabriel e uma garota desconhecida por mim, é, digamos transando.

Digamos não. Eles realmente estavam fazendo tal ato.

Sai dali pelo mesmo rastro ignorando o fato de ter tido o desprazer de ver uma cena daquela.

Finalmente encontrei meu quarto e segui pro closet pegando um tênis.

Se passava das uma da manhã e a festa só estava no auge. Alguns meninos quiseram se insunar pro meu lado– obviamente pra se aproveitarem do fato de eu estar bêbada– mas logo os afastei.

Caminhei até o mini bar que ali foi montado e pedi uma dose de uísque puro. Bebi em um unico gole.

—Vai com calma– escultei uma voz grave ressoar ao meu lado.

Era um amigo do Gabriel, o mesmo de ontem, cujo nome eu esqueci de novo.

—Ah, oi– esbocei um sorriso.– É Jackson não é?– Perguntei e as palavras sairam emboladas, mas entendiveis.

—Sim. Lia seu nome né?– assenti.– Então, Lia, é melhor você ir com calma nisso ai– apontou com o queixo pro copo que ia de encontro ao meus lábios.

Bebi o líquido, Jackson também pediu uma dose de uísque e me acompanhou. Conversamos, rimos e obviamente bebemos.

Pois bem, me simpatizei com ele que até passei meu número pra podermos conversar. Mas é claro que logo tanto ele quanto eu vamos esquecer este evento caótico.

Já não sabia mais que horas eram só sei que Elisa, Nanda, Jackson e todo resto que conhecia já tinhando dado no pé.

Peguei uma garrafa de bourbon e segui para área da piscina.

Precisava ficar sozinha.

Mas como sempre nesta casa nunca consigo ficar em paz nos meus próprios pensamentos.

Alguém gritava meu nome sem parar nem fiz esforço para ver de quem se tratava.
Foquei meus olhos na água cristalina da piscina apreciando o restante de bourbon que continha na garrafa.

XXXXX

Essa cena da Lia tendo o desprazer de ver atos libidinosos me fez lembrar da conversa que tive agora a pouco com meu amigo😰 kkakkkk

Gnt, se até daqui a pouco não postar o outro é pq acabei indo dormir.

E antes que fiquem dizendo que ta indo rápido. Vou dar um spoiler: a história já ta toda pronta e não é enorme 🤡

O Filho Do Meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora