1. Pedido De Desculpas

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Todo último domingo do mês, a família de Harry se reunia para fazer um almoço. Era sempre uma barulheira, crianças correndo por todo o lado, tias fofoqueiras e velhos chatos. Mas bem, Harry não podia reclamar, ele amava sua família.

E era isso o que estavam fazendo naquele dia. O almoço de domingo do mês. Acontece que ele tinha convidado Zayn, e embora o moreno fosse seu melhor amigo, parecia que seu maior hobby era zoar Harry. Como estava fazendo agora.

- É sério, tia! Infelizmente não podia gravar, mas você tinha que ver, ele parecia um zumbi. - O alfa enfiou um pedaço de carne na boca, gesticulando. - Ficou dando em cima do enfermeiro.

- O quê? - Anne, a mãe de Harry, arregalou os olhos, virando a cabeça pra encarar o filho. - Isso é verdade, Harry?

- Mãe, eu não me lembro. - Harry bufou, lançando um olhar fulminante a Zayn, que somente riu.

- É verdade, tia. Ele falou que os dois iam se casar, pediu até o número dele.

- Harry Styles! Foi essa a educação que eu te dei? - A matriarca grunhiu, apontando o dedo para o alfa, que encolheu os ombros. - Você vai até lá pedir desculpas pra esse enfermeiro!

Harry arregalou os olhos. - Não mãe, por favor, não me faz passar essa vergonha. Já faz um mês, ele nem deve se lembrar. E além do mais, eu tava sedado, pesquisei na internet e vi que é comum de acontecer.

- Sabe o que também é comum de acontecer? Assédio contra os ômegas. - Anne cerrou os olhos, negando com a cabeça. - Você vai pedir desculpas sim.

Harry bufou, notando que a mãe não ia ceder. Ela tinha esse princípio, e o alfa foi criado dessa maneira, até porque sua mãe era ômega, então ele somente concordou com a cabeça, bufando baixo.

Se ele sequer lembrasse do rosto do enfermeiro... Ele só se lembrava do nome, e de olhos azuis como o céu.

Louis.

- Relaxa Hazza, não pode ser mais vergonhoso do que já foi. - Zayn o tranquilizou, rindo quando o alfa mostrou o dedo do meio, sendo repreendido rapidamente pela sua mãe.

-💉-

Harry fechou a porta de sua padaria, equilibrando em seus braços um saco com pães frescos (feitos pelas suas próprias mãos), e um café quente em sua mão.

Aos 26 anos, ele se sentia muito orgulhoso em ter conquistado sua padaria. Ele batalhou bastante pra isso, trabalhando dois turnos por dia, e economizando tudo que podia.

Ele abriu a mão de uma vaga na faculdade pra se empenhar em abrir seu próprio negócio, então sim, tinha trabalhado muito até chegar ali. Faziam apenas alguns meses que finalmente tinha conseguido abrir o lugar, e ainda sim estava deslanchando bem, pra sua surpresa. Os clientes se tornaram fiéis, e finalmente ele estava tendo lucro.

Ele contava com a ajuda de Zayn algumas vezes, quando o moreno não estava ocupado em seu próprio trabalho - ele era ilustrador - e com a ajuda de Niall, um ômega loiro que ele conhecera a pouco tempo, mas que já considerava como um grande amigo, e tinha conquistado toda a sua família de primeira.

O alfa caminhou até seu carro, que estava estacionado em frente a padaria, entrando no automóvel e deixando as coisas que estavam em suas mãos no banco do passageiro. Ele se sentou em seu lugar, suspirando brevemente e então pegando o celular, colocando o endereço do hospital no gps, sentindo suas mãos suarem em antecipação. Ele tomou seu café em um só gole, sentindo o sabor amargo em sua língua e gemendo em satisfação.

O Bom Enfermeiro | Larry Stylinson A.B.Oحيث تعيش القصص. اكتشف الآن