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NOAH U.

— Só mais dois passos. — falei enquanto mantinha minhas mãos sobre os olhos de Any. — E aqui está! — deixei que ela visse.

— Mas... Que diabos!? — ficou boquiaberta.

Estávamos diante de um modelo Porsche que ainda nem havia sido lançado. Como uma forma de ajudar no marketing do carro, a Porsche estava convidando pessoas da elite e famosos para testarem o novo modelo em um autódromo de corrida.

— Nós vamos correr um pouco hoje. — avisei.

— Nem fodendo! — ela riu. — E se acontecer um acidente?

— Eu dirijo muito bem. Além disso, estamos em um local com uma segurança muito forte, não vai acontecer nada com você.

— Se você me matar, eu volto e te mato. — apontou seu dedo indicador para mim em um tom claro de ameaça.

— Ok. — ergui minhas mãos e ri.

— Quando você disse que teríamos um domingo quente não foi bem isso que se passou na minha cabeça. — foi dizendo enquanto caminhava em direção à porta do carona.

— Minha apressadinha. — agarrei sua mão e a fiz virar de frente para mim, mantendo-a encostada contra o carro. — O domingo ainda não acabou. — falei sugestivamente.

Ela umedeceu os lábios, passando a língua entre eles e depois me puxou pelo colarinho, me arrancando um beijo.

Abri a porta do carona e ela se acomodou no banco. Dei a volta para ir até o lado do motorista e entrei, ligando o carro em seguida.

— Que ronco maravilhoso! — falei, passando minhas mãos sobre o volante.

— Eu duvido que essa coisa ande a menos de oitenta quilômetros por hora. — com a voz temerosa, Any mostrou que não estava gostando da ideia.

Vi ela conferir o aperto do cinto de segurança umas três vezes antes de eu pisar no acelerador. A pista era perfeita para que eu corresse o quanto quisesse, então eu aproveitei isso e fui o mais rápido possível, deixando o carro deslizar nas curvas.

— Céus... Céus... — Any fechou os olhos e segurou as laterais do assento com força.

— Relaxa! — ri alto. — Abre os olhos, você vai gostar da sensação.

Devagar, ela abriu os olhos e ofegou olhando para a pista enquanto eu continuava a acelerar. De repente ela foi se soltando mais, abrindo sorrisos toda vez que eu entrava em uma curva. Eu estava indo tão rápido que o cabelo de Any se espalhava na frente do seu rosto.

Quando finalmente perdeu o medo, ela começou a rir de maneira divertida, o tipo de risada que alguém daria em uma montanha russa.

Baixei o capô do carro e agora sim eu pude ver o vento agir sobre ela, fazendo seus fios loiros flutuarem enquanto eu corria. Eu intercalava o olhar entre a pista e ela, querendo ver a expressão de felicidade no rosto de Any a cada segundo.

Em dado momento, ela ergueu os braços e abriu um sorriso satisfeito enquanto estava de olhos fechados. E eu que nem estava pensando em comprar um carro novo me vi tentado a ter aquele modelo só para poder sair com Any mais vezes.

Depois de fazermos todas as voltas, parei o carro no mesmo lugar do início e nós dois saímos.

— Isso foi muito legal! — ela disse dando pulinhos animados.

— Sim, foi. — ri, passando as mãos pelos cabelos dela que estavam bem fora do lugar agora. — Eu sabia que você iria gostar.

— Sabia? — ergueu a sobrancelha.

Estúpido Cupido! ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora