"Observem-me o Deuses! Eu
serei tão conhecida como vos."
Skade foi a garotinha dos olhos de Ragnar no momento em que ele a viu. Ela sendo a gêmea mais nova, um pequeno e precioso bebê, sua primeira filha mulher, a qual ele jurou proteger, cuidar e...
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O MAR FOI CRUEL COM eles no início, mas depois Skade percebera que de alguma forma Thor, que empunhava seu martelo e causava os raios no céu, não estava com raiva deles, mas sim festejando sua bravura em navegar para o desconhecido. Os Deuses não estavam furiosos, mas sim felizes que eles estivessem fazendo o que seu povo nascera para fazer, navegar, explorar e saquear.
Skade se sentiu ameaçada no início, era a única mulher em um barco lotado de homens grandes e fortes, mas que não se atreviam a olhá-la de maneira maliciosa, graças as três figuras que estavam ao seu lado. Seu tio Rollo era intimidador, um homem tão alto e forte quanto um urso, Floki que por mais inofensivo que parecera, era um completo lunático, brincando com uma faca enquanto olhava atentamente para qualquer homem que ousasse se aproximar de Skade, enquanto seu pai, bem, qualquer um que ousasse olhar para sua filha de maneira vulgar perderia a cabeça.
Eles chegaram em terra firme depois de quatro dias no mar aberto, muitos estavam quase perdendo a esperança, mas quando viram o pedaço de terra se animaram, eles tinha conseguido.
Os gritos de comemoração foram ouvidos, enquanto alguns agradeciam aos deuses, outros apenas gritavam em alegria.
— Conseguimos! Nós conseguimos.- Ragnar gritou, enquanto abraçava seu irmão.
Skade sorria de orelha a orelha, enquanto alguns homens remavam com todas suas forças para chegar em terra firme.
Ela sentiu mãos rodearem sua cintura, erguendo-a do chão de madeira do barco, e gira-lá alegremente, era Floki.
— Parece que você estava certa criança, os Deuses estão contigo.- Floki riu feliz.
Skade apenas sorriu, e ao invés de responder o homem, ela lhe abraçou fortemente, abraço que Floki retribuiu, de maneira desengonçada.
— Obrigada por me deixar vir, Floki, lhe devo muito.- Skade agradeceu.
Se não fosse pela ajuda do homem, ela nunca teria sido capaz de entrar naquele barco, e muito menos poder ver que seu pai estava certo, que havia terras ao oeste e que o lorde era apenas um homem velho e tolo.
— O que não faço pelos filhos de Ragnar.- Ele deu de ombros, como se o gesto não tivesse sido grande coisa.
Eles chegaram em terra firme, a âncora sendo lançada ao mar por Floki. Os homens e Skade desceram do barco, ela observou seu pai e tio tirarem um grande baú, onde continha muitas espadas, machados e facas.
Ela observou os homens se prepararem, colocando suas armaduras, empunhando seus escudos, e escolhendo suas armas, ela se sentiu levemente fora de lugar, sem saber exatamente o que fazer.
Ela se afastou um pouco, observando os homens, então viu seu pai se aproximar dela, um balde com sangue em suas mãos.
Ragnar se ajoelhou na altura de Skade. Ragnar sempre se ajoelhava na altura de seus filhos em momentos importantes, era sua forma de dizer que os via como iguais e que falaria com eles como iguais.
