Capitulo 10

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Pov Lucas

— E quem é você? — me finjo de sonso.

— Lucas Olioti não me faça perder a paciência. Vamos agora — Felipe falou em meu ouvido.

— Porque você está de máscara e touca seu retardado?

— Porque será em Lucas? Talvez porque não podemos ser vistos juntos.

— Oie tudo bom? — Diego disse parando em meu lado.

— Não, tem nada bom aqui não. — disse Felipe bravo. — Anda luc...Felipe vamos agora.

— Eu não vou. — eu disse desafiando.

— Desculpa me intrometer mas oque vocês são um do outro?

— Amigos. — eu disse

— Seu rabo que somos amigos. — Felipe falou em um sobre salto.

— Pera então vocês namoram? — Disse Diego preocupado. Provavelmente achou que éramos namorados.

— NAO. Nós não somos nada um do outro. Agora vamos.

— Calma. — Eu me virei para o Diego. — Pega seu celular e anota meu número.

Ouvi Felipe suspirar mas não  liguei.

Falei o meu número, na verdade o de Felipe, e sim eu decorei o número dele.

— Acabou Jessica?

— Estressado. — mostrei o dedo do meio para ele. — tchau Diego. — dei um selinho rápido nele.

Não deu nem tempo deu me virar para andar e Felipe já foi me puxando para longe daquela multidão.

Ele tentava a todo custo achar um lugar que tinha menos gente, mas era quase impossível. Até que finalmente ele encontrou um lugar mais afastado.

— VOCÊ TA LOUCO? PORQUE BEIJOU AQUELE MENINO PORRA? ALGUEM PODERIA TER FILMADO. — ele baixou a máscara que estava usando.

— Ou abaixa o tom de voz aí.

— BAIXAR O TOM DE VOZ COM VOCÊ? — ele colocou o dedo no meu peito. — Você não sabe o quanto eu te odeio garoto. — Ele deu uma pausa e depois de alguns segundos começou a falar novamente. — Alguém poderia ter gravado esse beijo.

— Foda-se o problema não é meu.

— Mas é o meu corpo em que você está. E o meu corpo nao é seu Lucas. Você poderia ter acabado com a minha vida seu infeliz, eu Felipe Neto beijando um menino, imagina se isso sai na mídia?

— Tá tá desculpa, eu sei que você é hetero e isso pode ser um problema para você. — Eu disse desviando meu olhar para o chão.

— Esse é o problema Lucas eu não sou hetero. — o olhei imediatamente.

A cara do Felipe nesse momento é de quem não deveria ter falado isso.

— Esquece oque eu acabei de dizer, aliás você está bêbado então nem vai se lembrar.

— Eu tô bêbado mas nem tanto. — dei um sorriso de lado.

— Anda logo vamos para casa. — ele pegou na minha mão e saiu me puxando.

— Para de me puxar Caralho.

— Fica quieto e me obedece porra.

Felipe ia me puxando pela multidão tentando encontrar a saída da balada, mas a multidão não ajudava muito.

Ouvia vez ou outra Felipe reclamando e falando alguns palavrões.

Fomos em direção à pista passando por algumas pessoas, até que alguém sinto alguém me puxando e me levando para longe de Felipe.

— Eita porra, que isso?

Vi uma menina de cabelos longos e castanhos, um pouco alta deveria ter um 1,68 no máximo. Tentei ver seu rosto mas não estava conseguindo, até que eu puxo meu braço para trás me desfazendo do seu toque.

— Caralho porque todo mundo fica puxando meu braço. — Falei olhando para meu braço um pouco vermelho. — Quem é você? E porque puxou meu braço?

— Tá se fingindo se sonso Felipe?

— Desculpa eu realmente não sei quem é você. Eu preciso ir — falei quase me virando, mas a menina puxou meu braço de novo.

— Para de puxar meu braço por favor, já está vermelho.

— Felipe por favor vamos ficar juntos novamente, eu sinto sua falta.

— Eu nem te conheço menina tá louca? — ela fez uma cara feia. E só aí entendi que poderia ser ex do Felipe. — Olha seja lá oque aconteceu com a gente mas eu não vou voltar com você, me desculpa.

— Você vai se arrepender disso.

Não falei nada para ela, só me virei e sai. O Felipe deve estar a ponto de voar no meu pescoço, mas foda-se também eu não devo nada a ele.

Antes de eu ir encontrar o Felipe passei mais uma vez no mini bar e pedi 3 copos com whisky, vodka e limão. Provavelmente o Felipe vai me dar sermão então melhor ouvir bêbado do que sóbrio.

O barman terminou minhas bebidas e deixou em cima do balcão.

Os copos não eram tão grandes deveria ter uns 150ml de bebida dentro.

Peguei o primeiro copo e bebi em questão de segundos, senti minha garganta queimando mas nem liguei. Peguei o segundo e virei de uma vez.

— Porra. — fiz uma cara feia.

Peguei o último copo e virei mais uma vez.

Eu acho que exagerei um pouco na dose, não precisava de tanto assim.

Fiquei alguns minutos sentado na cadeira tentando me recuperar da merda que eu acabei de fazer.

— LUCAS LEVANTA E VAMOS AGORA PARA O CARRO.

— Não precisa gritar.

— PRECISA SIM. ANDA LOGO. — comecei a rir. — porque está rindo?

— Eu sei lá. — continuei rindo.

— Entendi agora. — ele olhou as bebidas na minha frente. — o álcool está fazendo efeito. Bom vamos logo para o carro.

Felipe veio até mim e me ajudou a levantar.

Ele foi por uma caminho que tinha pouca gente, ouvia ele pedindo para as pessoas dar passagem para nós. Depois de alguns segundos achamos a saída, e saímos da balada.

— Pronto agora você sabe se virar sozinho. — ele me deixou na porta da balada e foi em direção ao carro.

— Porque você está indo pa...para meu carro — me enrolei um pouco com as palavras.

— Você quis dizer meu né? Eu vim pra cá de uber.

— ahhhh

— Entra no carro, Vamos.

Sai andando em direção ao carro abri a porta e fechei a mesma. Vi Felipe entrando e dando partida no carro.

Coloquei minha cabeça no vidro e fiquei vendo o movimento.










[Contínua...]

sim eu sou indecisa, falei que ia postar sexta mas acabei postando hoje KKKKKKKKK

( pode conter erros ortográficos)

Meu corpo não é seu - T3lipeOnde histórias criam vida. Descubra agora