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•| Lua point of view|•
sábado, 02:42, 02/09/23

Já era madrugada, acho que umas 02:42, minha mãe já estava drogada o suficiente para estar apagada no quarto.
Agora seria a hora perfeita para fugir.

— Você fica aqui, Rob.- coloco meu ursinho na minha bolsa.

Calcei meus tênis e saí pela janela do quarto, se for pra fugir, tem de ser com emoção.
Na frente da minha janela, havia uma árvore, eu sempre ficava lá, então seria fácil descer ali.

Ah, e só pra ressaltar, eu estou usando um conjunto de moletom, com uma camisa por baixo do moletom.

Meu celular estava bem carregado, tudo estava no esquema para que eu fosse embora.
Até carregador portátil estou levando.

Fui até a garagem de casa, abri o pequeno portão de madeira que havia ali, e saí com a moto, sem liga-lá para que não fizesse barulho.

Minha mãe tem um carro, e uma moto, a moto ela nunca usou, então está parada a um tempo.
Eu saí com ela andando, e por sorte estava com a gasolina na reserva.
Suficiente para que chegasse no posto e eu abastecesse.

Chegando na esquina de minha rua, olhei para trás mais uma vez, tendo certeza de que ninguém estava me vendo, subi na moto e liguei a mesma, indo e direção ao posto mais próximo.

(...)

— Certo, pode por 70 reais de gasolina comum, por favor.- digo ao frentista que me olhava desconfiado.

— Tem idade para estar de moto?!- ele me olha enquanto coloca a quantidade de gasolina no painel.

— Não, mas eu só vim abastecer mesmo, moro aqui perto.- digo em um sorriso meigo, fazendo que o semblante de desconfiança do homem sumisse.

— Então tá certo.- ele põe a bomba de gasolina na moto, e eu aproveito para passar na conveniência para comprar algo para comer e beber.

Entro no local, e havia apenas uma mulher no caixa, me dirigi até o freezer pegando um energético e duas garrafas de água.
Fui até o corredor de snacks, e peguei um Doritos e um pote de batata sabor cebola e salsa, todos sabem que é a melhor.

Fui até o caixa, tirando o dinheiro do bolso, a moça apenas me olhou enquanto passava os produtos.

— 10.90.- ela diz com um tom de voz entediado.

Não disse nada, apenas lhe entreguei 20 dólares inteiros, e saí dali com minhas coisas.
O moço já havia colocado gasolina na moto, estava apenas esperando que eu voltasse.

—Muito obrigada moço, tenha um bom restante trabalho.- digo lhe entregando o dinheiro, e logo saio dali subindo na moto.

Logo parei em um acostamento, pegando meu celular para ligar para Rue.
A mesma atendeu no segundo toque.

O que faz acordada essa hora, Rue?- digo após a ligação ser aceita.

Oi, não é a Rue, eu sou o Fezco, quem fala?- a voz familiar de um garoto soa através do celular.

Sou a amiga dela, cadê a Rue?- pergunto um pouco nervosa.

Drogada.- o menino diz normalmente.— É importante?

Sim, eu acabei de fugir de casa, eu devia estar indo para casa dela agora, sabe em quanto tempo ela fica sóbria?- digo com pressa dessa vez.

Bem, você está perto?- o menino diz parecendo calmo.

Não, acabei de sair de casa na verdade, acho que chego daqui 1 hora e meia...porra, vai demorar pra caralho.- meu tom de voz muda após me dar conta do horário.

Through Bullets - Ashtray O'neill Where stories live. Discover now